Ernest Henry Shackleton: diferenças entre revisões

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|nome_completo =Ernest Henry Shackleton
|data_nascimento ={{dni|lang=pt|15|2|1874|si}}
|local_nascimento=Kilkea, [[Condado de Kildare]], [[República da irlanda|Irlanda]]
|data_morte ={{nowrap|{{morte|lang=pt|5|1|1922|15|2|1874}}}}
|local_morte =[[Ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul]]
|nacionalidade =[[Reino Unido|Britânico]]
|escola =[[Dulwich College]]
|ocupação =[[Exploração|Explorador]]
|cônjuge =Emily Dorman
|filhos =Raymond, Cecily, Edward Arthur Alexander Shackleton
}}
[[Sir]] '''Ernest Henry Shackleton''', [[Real Ordem Vitoriana| CVO]], [[Ordem do Império Britânico|OBE]], [[Real Sociedade Geográfica (Reino Unido)|Membro da RSG]] (15 de Fevereiro de 1874 – 5 de Janeiro de 1922), foi um explorador polar que liderou três expedições [[Reino Unido|britânicas]] à [[Antárctida]], e uma das principais figuras do período conhecido como [[Idade Heroica da Exploração da Antártida]]. Nascido no [[Condado de Kildare]], na [[República da irlanda|Irlanda]], Shackleton e a sua família anglo-irlandesa {{sfn|BBC, ''Shackleton''}} mudaram-se para [[Sydenham]], uma zona dos subúrbios de [[Londres]], quando ele tinha dez anos de idade. A sua primeira experiência nas regiões polares foi como terceiro-oficial na [[Expedição Discovery|Expedição ''Discovery'']] liderada pelo capitão [[Robert Falcon Scott]], em 1901–04, durante a qual foi enviado para casa mais cedo devido a problemas com [[escorbuto]]. Determinado a dar a volta a este insucesso pessoal, regressou à Antárctida em 1907 à frente da [[Expedição Nimrod|Expedição ''Nimrod'']]. Em Janeiro de 1909, ele e mais três companheiros efectuaram uma marcha para sul que estabeleceria uma nova marca ''[[Farthest South]]'' - latitude 88° 23′ S, a 180 km do [[Polo Sul]]. Por esta conquista, Shackleton recebeu o título de [[cavaleiro]] pelo rei [[Eduardo VII do Reino Unido|Eduardo VII]] quando regressou a casa.
 
Depois da corrida ao Polo Sul ter terminado em Dezembro de 1911, com a [[Expedição de Amundsen ao Polo Sul|conquista de Roald Amundsen]], Shackleton virou a sua atenção para aquele que ele considerava ser o restante grande objectivo da exploração antárctica: atravessar o continente de mar a mar, passando pelo polo. Para prosseguir com este projecto, Shackleton preparou a [[Expedição Transantártica Imperial]] (1914–17). A expedição não correu bem, com o navio, ''[[Endurance (navio)|Endurance]]'' a ficar preso no gelo e, posteriormente, a ser lentamente esmagado mesmo antes da tripulação conseguir desembarcar. Seguiu-se uma série de explorações, e um salvamento ''in-extremis'' sem, no entanto, perdas humanas, que daria o estatuto de herói a Shackleton, embora não tivesse sido imediatamente claro.{{sfn|Barczewski|p=146}} Em 1921, regressou à Antárctida, na [[Expedição Shackleton–Rowett]], com a intenção de levar a cabo um programa científico. Antes mesmo de a expedição ter começado os seus trabalhos de pesquisa, Shackleton morreria de ataque cardíaco enquanto o seu navio, ''[[Quest (navio)|Quest]]'', estava ancorado na [[SouthGeórgia Georgiado Sul]]. A pedido da sua esposa, foi enterrado ali.
 
Fora das expedições, a vida de Shackleton era, geralmente, agitada e unfulfilled. Na sua busca por soluções para o seu bem-estar e segurança, ele criou vários negócios, mas nenhum teve sucesso. Os seus assuntos financeiros eram habitualmente confusos; quando morreu, estava significativamente endividado. Após a sua morte, foi elogiado pela imprensa, acabou por ser, em larga medida, esquecido, enquanto a reputação do seu rival Scott foi mantida por muitas décadas. No século XX, Shackleton foi "redescoberto",{{sfn|Jones|p=289}} tonando-se uma figura de culto, um modelo de liderança que, em circunstâncias extremas, mantinha a coesão na sua equipa numa história de sobrevivência, descrita pela historiadora polar, Stephanie Barczewski, como "incrível".{{sfn|Barczewski|p=295}}