Arthur Zimmermann: diferenças entre revisões

'''Arthur Zimmerman''' ({{dni|5|10|1864|si|lang=br}} - {{morte|6|6|1940}}) foi [[Ministro do Exterior]] do [[Império Alemão]] durante o período de 22 de novembro de 1916 até sua renúncia em 06 de agosto de 1917. Seu nome é notório pelo caso conhecido como [[Telegrama Zimmerman]] durante a [[I Guerra Mundial]], na [[rebelião irlandesa]] contra o [[Império Britânco]] e na [[Revolução Russa de 1917]].

Como Ministro [[Interino]], participou ativamente no chamado [[Kronrat]], um conselho privado somente para as pessoas que detinham os mais altos cargos de comando e de grande influência no governo alemão. Nas deliberações de 1914 com o [[Kaiser]] [[Guilherme II]] e o chanceler [[Theobald von Bethmann Hollweg]], foi tomada a decisão de apoiar a [[Áustria-Hungria]] após o assassinato do arquiduque em [[Sarajevo]] [[Francisco Ferdinando]], ocorrido em 28 de junho do mesmo ano. Como diplomata, sua última opção era levar a Alemanha para a eclosão de uma guerra. No entanto, foi a opinião do Kaiser que decidiu a discussão. Todavia, Bethmann Hollweg e Zimmermann concordaram com o monarca na declaração de guerra.

Em meados de 1914, Zimmermann recebeu a visita de [[Roger Casement]], um revolucionário [[irlandês]]. Na ocasião, elaboraram um plano para enviar 25.000 soldados no oeste da [[Irlanda]] e 75.000 rifles. No entanto, o Estado-Maior alemão não concordou. Em abril 1916 Casement retornou à [[Irlanda]] em um [[U-boat]] e foi capturado e executado pelos [[britânicos]]. Um navio alemão (o SMS Libau) rebatizado de "Aud" navegava com bandeira [[norueguesa]]. Em outro momento, enviaram 20.000 rifles para a costa sul da Irlanda, mas não conseguiram manter comunicação com os rebeldes. O navio foi afundado. Planejando esse apoio, uma minoria dos republicanos irlandeses lançou na Páscoa, na cidade de Dublin, um ataque contra o [[Império Britânico]]. Embora tenha falhado, seu efeito político levou para a [[guerra anglo-irlandesa]] em 1919-1922 e da formação do Estado Livre Irlandês.

Por causa de sua declaração, houve grande indignação do governo de [[Thomas Woodrow Wilson]]. Embora o presidente [[Woodrow Wilson]] tenha sido reeleito com o slogan de campanha eleitoral: "Ele nos manteve fora da guerra" - tornou-se difícil manter essa posição de neutralidade diante da confissão do ministro. Diante da situação, os [[EUA]] viram-se obrigados a entrar na guerra aliando-se a [[Tríplice Entente]], com envio de tropas para as trincheiras no norte da [[Bélgica]] e [[França]]. Em 2 de abril, o presidente Wilson pediu ao Congresso a autorização para declarar guerra à Alemanha. Em 6 de abril o Congresso aprovou o pedido. A consequência foi à queda da supremacia das tropas do [[kaiser]] [[Guilherme II]] na [[Europa]].