Dulcídio Wanderley Boschilia: diferenças entre revisões
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Começou a carreira de árbitro profissional em 1964, depois de ser [[goleiro]] em um time de várzea, conhecido como Wand.<ref name="placar814">"A hora do apito final", Roberto Salim, ''Placar'' número 814, 27 de dezembro de 1985, Editora Abril, págs. 38-41</ref> Nessa época, quase foi levado por [[José Poy]] para o [[São Paulo Futebol Clube|São Paulo]].<ref name="placar864-1" /> Quando era policial, apitou partidas de futebol na [[Casa de Detenção de São Paulo|Casa de Detenção]], em São Paulo, algumas vezes envolvendo detentos que ele tinha prendido, mas era respeitado por eles apesar disso. "Até me cumprimentavam", contou, em 1986. "Diziam que eu era gente. Isso, na linguagem da bandidagem, falando de um tira, é altamente significativo."<ref>"'Coragem é competência'", Ari Borges, ''Placar'' número 864, 15 de dezembro de 1986, Editora Abril, págs. 9-10</ref> Apesar de ter passado pelo [[DOI-CODI]] entre 1970 e 1972, na época da [[ditadura militar]], não participou de torturas.<ref name="placar864-2" /> "Eu nunca dei um tapa sequer em alguém", dizia, sobre o período no órgão militar. "Minha função era burocrática."<ref name="placar814" /> Também fez parte da [[Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar|ROTA]].<ref name="placar814" />
Na [[década de 1960]]<ref>José Jorge Farah Neto e Rodolfo Kussarev Jr., ''Almanaque do Futebol Paulista 2000'', Panini, 2000, págs. 338 e 360</ref> apitou um jogo entre [[Clube Atlético Penapolense|Penapolense]] e [[Associação Atlética São Bento (Marília)|São Bento de Marília]], em [[Penápolis]], pela [[Campeonato Paulista de Futebol - Série A3|Terceira Divisão
Em 1973, um caso curioso: um repórter da revista ''[[Placar]]'' flagrou um bandeirinha aplicando laquê nos longos cabelos de Dulcídio. "Tem que usar", defendeu-se o juiz. "Senão os cabelos atrapalham a visão."<ref>''Placar'' número 1.101, março de 1995, Editora Abril, pág. 15</ref> No mesmo ano, emocionou-se e foi às lágrimas depois de apitar um jogo entre [[Sport Club Corinthians Paulista|Corinthians]] e [[Associação Portuguesa de Desportos|Portuguesa]], quando foi elogiado pelos dois lados.<ref name="grandenoite" /> "No intervalo o próprio [[Wladimir Rodrigues dos Santos|Wladimir]] veio me cumprimentar, dizendo que o [[Cabinho]] não estava mesmo impedido e que eles tinham reclamado apenas para forçar uma situação", comemorou, depois do jogo.<ref name="grandenoite" /> No ano seguinte, foi chamado à [[Federação Paulista de Futebol]] para ser comunicado que seu nome tinha sido aprovado para os quadros da [[Fifa]], mas, no dia seguinte, deu uma entrevista criticando o [[cartão amarelo]] e, coincidência ou não, seu nome foi retirado da lista pouco depois.<ref name="placar814" /> Em 1983, aceitou um cheque de 300 mil [[Cruzeiro (moeda)|cruzeiros]] para usar como prova de suborno, mas não só sua denúncia não deu em nada como ele quase foi processado por corrupção.<ref name="placar814" />
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