Estrela do Sul (Minas Gerais): diferenças entre revisões

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== História ==
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Estrela do Sul, antigo distrito criado em 1854 com a denominação de Diamantino da Bagagem e subordinado ao município de [[Patrocínio]], tornou-se [[vila]] com a denominação de Bagagem pela Lei Provincial nº 777 de 30 de maio de 1856 e recebeu status de cidade em 1861. A partir de 1901 recebeu a sua denominação atual.
A história de Estrela do Sul se mistura a de várias cidades mais antigas da província de Minas Gerais. No Sertão de Farinha Podre, hoje Triângulo Mineiro é considerada Terra-Mãe, que abrigou tribos e aldeias indígenas. No século XVIII, quando os bandeirantes paulistas desbravavam sertões na rota de São Paulo a Goiás, em 1722, o bandeirante João Leita da Silva Ortiz, genro do nobilíssimo Anhanguera, para num ponto de pouso às margens de um ruidoso e caudaloso rio e descobre diamantes, muitos deles de diversas cores, como rosa, verde e violeta. Com a notícia da descoberta, já em 1800, aventureiros de várias partes do país se aglomeraram ao longo do rio. Como as bagagens eram depositadas em um determinado local, a povoação crescente usou esse ponto como referência e denominou – o como BAGAGEM. Nesse trecho dois conglomerados se formaram. A parte de cima levou o nome de Cachoeira e a de baixo, de Joaquim Antônio. Em 1849 a Bagagem Diamantina já se tornara um próspero povoado com a população acima de trinta mil habitantes, tornando – se um eldorado, com a vinda de aventureiros de todas as partes do país. No chamado rush minerador, o crescimento populacional, típico de cidades mineradoras atingiu o povoado que, dentro de poucos anos se promoveu de povoado à freguesia e de vila a cidade. Em 1853, o mundo deslumbrou – se com um belo achado. Uma escrava de nome Rosa, de propriedade do Senhor Casimiro de Morais, encontra sobre um monte de cascalho, um diamante de rara beleza pesando 254,5 quilates. Esse diamante levou o nome de Estrela do Sul. Lapidado na Europa foi reduzido a 128,8 quilates. Sua fama se deve a propriedade que tem de mudar de cor, do branco ao cor-de-rosa, quando em exposição a luz. A última informação que se tem é de que ele esteve em leilão na 22ª Bienal de Paris, no Museu do Louvre, de 15 a 22 de setembro de 2004. Em 1856 a freguesia recebe emancipação política e em 1861, devido a grande população, recebe denominação de Cidade da Bagagem. Crescendo sempre chegou a ser um dos mais importantes centros comerciais da província. Sob sua administração política estavam Santana da Aldeia do Rio das Velhas (Indianópolis); Brejo Alegre (Araguari); Troncos (Grupiara); Carmo da Bagagem (Monte Carmelo); Crioulos (Pedrinópolis); Espírito Santo do Cemitério (Irai de Minas); Boqueirão (Douradoquara); São João do Rio das Pedras (Cascalho Rico); São Miguel da Ponte Nova (Nova Ponte) e Água Suja (Romaria). Dentre vários aventureiros que vieram em busca do sonho de riqueza está Dona Anna Jacintha de São José, a famosa cortesã do Brasil Império, conhecida como Dona Beija. Aqui ela viveu por mais de vinte anos, até o seu falecimento em 1873. Com a corrida do diamante e o fascínio do sonho de riqueza, o escritor romântico e regionalista Bernardo Guimarães, passou por aqui e colheu farto material num cenário encantador para escrever o seu romance “O Garimpeiro”, em que o protagonista Elias realizou seu sonho de riqueza e de amor, casando – se com a bela jovem Lúcia. Como grande parte da população era escrava, os negros construíram com eles em 1853, a capela de Nossa Senhora do Rosário, a santa padroeira da irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. Posteriormente, a Capela abrigou São Benedito, também protetor do povo negro. Até hoje termos de Congados e Moçambiques festejam seus santos. Em 1870, a cidade começa a viver o seu declínio, causando uma explosiva retirada de aventureiros às suas origens. Os que ficaram procuraram descobrir outras vocações que a terra fértil oferecia, passando a agricultura e pecuária serem fontes de riquezas junto com os aventureiros que ainda persistiam no garimpo. Em 1901, devido a fama que o diamante encontrado pela escrava alcançou no mundo, principalmente da Europa, a cidade decidiu, em homenagem a essa joia, mudar o nome de Bagagem para Estrela do Sul. Hoje Estrela do Sul guarda um acervo histórico e arquitetônico de relevante valor. Tem um número considerável de monumentos como casarões, sobrados, igrejas, e peças tombadas por Lei Municipal. Ao caminhar pelas ruas, ao virar uma esquina, o turista se surpreende com imponentes construções coloniais, sobrados e muros de pedras que o retorna ao passado, da época de Dona Beija e do período áureo da corrida dos diamantes. Na Zona rural imponentes construções de fazenda retratam essa época. Das mãos simples de nossos artistas surgem peças de arte mostrando a riqueza do artesanato, não se esquecendo da hospitalidade que prende o visitante e o torna compromissado do retorno a essa bela terra. A cidade simples e aconchegante está emoldurada por montanhas verdejantes, muitas árvores e um ar puro que fascina e atraí turistas que fogem do mundo atribulado e estressante das grandes cidades. Sua magia se completa com a grande profusão de córregos e nascentes em todo o município com belíssimas cascatas e cachoeiras, ainda preservadas, permitindo à natureza mostrar a sua força. Um prestígio que poucas cidades têm. A sede do município é toda cortada pelo lendário Rio Bagagem, fonte de riqueza, inspiração e de beleza. A tranquilidade do lugar permite que se ouça o som agradável de suas águas sobre as muitas quedas que dão um charme especial à cidade. Estrela do Sul, hoje, é a única cidade do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba que guarda o maior número de construções coloniais.
 
== Geografia ==
 
GEOGRAFIA ESTRELA DO SUL
 
Coordenadas geográficas Estrela do Sul Latitude: -18.7461, Longitude: -47.6926
 
18° 44′ 46″ Sul, 47° 41′ 33″ Oeste
 
Superfície Estrela do Sul 82.245 hectares
 
822,45 km² (317,55 sq mi)
 
Altitude Estrela do Sul 772 m (2.533 ft)
 
Clima Estrela do Sul Clima tropical com estação seca (Classificação climática de Köppen-Geiger: Aw)