Galeão (bairro): diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 27:
[[Ficheiro:Aeroporto do Galeão visto da Igreja da Penha.jpg|thumb|left|O Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro-Galeão (ao fundo) visto a partir da [[Igreja da Penha]].]]
A toponímia do bairro deve-se à chamada Ponta do Galeão, assim denominada por ali ter sido localizado o estaleiro que, no século XVII, construiu o [[Galeão Padre Eterno]], na época o maior navio do mundo, pelo governador [[Salvador Correia de Sá e Benevides]].
 
Sua área compreendia a ponta do Galeão, a praia do Galeão e diversas praias com enseadas ao norte da Ilha de Governador, como as das Flecheiras, Porto Santo, Itacolomi (com o saco de Itacolomi) e da Tubiacanga. O nome Galeão tem origem num grande navio, o “Galeão do Padre Eterno”, que na época seria a maior embarcação do mundo, construído num estaleiro montado nessa região da ilha. O “Galeão”, iniciativa de Salvador de Sá e Benevides, fez sua primeira viagem atravessando o Atlântico em 1665, e chegando a Lisboa, impressionou os governantes portugueses por seu porte e qualidade. A Ilha do Governador, anteriormente chamada de Maracajás, do Gato ou Paranapuan, recebeu essa denominação por ter sido terra inicialmente de Salvador Correia de Sá, governador do Rio de Janeiro por volta de 1568. No século XVIII, essa parte ocidental da ilha foi doada aos Beneditinos que construíram a próspera fazenda de São Bento, maior e mais bem organizada do que as anteriores. No século XIX, Dom João VI escolhe a área como campo de caça e cria, por decreto em 1811, a “Coutada Real”. É edificado palacete para abrigar a Família Real e, em 1821, por decisão do príncipe regente Dom Pedro I, a caça é liberada a qualquer pessoa, o que dizimaria a fauna da região. Com o advento da República, é declarada de utilidade pública a parte ocidental da ilha que vai até os limites das fazendas de São Bento e Santa Cruz. Até o final desse século implanta-se na área uma Colônia de Alienados, cujo pai do escritor Lima Barreto foi um de seus diretores. O governo federal assina decreto em 1918, doando à união os terrenos e edifícios da Colônia de Alienados, onde posteriormente seria implantada a escola correcional João Luis Alves, que passaria depois à gestão da FUNABEM. Atualmente, junto à escola, foi construído o Cemasi Stella Maris. No governo Getúlio Vargas foram assinados vários decretos cedendo a parte ocidental da ilha às instalações da Aeronáutica. Anteriormente, em 1920, a aviação naval foi instalada no Galeão, recebendo aviadores famosos como os italianos Ferrarim e Delprete (este vítima fatal de um acidente no local). O ministro Salgado Filho deu novas dimensões à Base do Galeão, projetando a ponte que ligaria a Ilha à avenida Brasil, inaugurada em janeiro de 1948, com a colaboração do prefeito Mendes de Morais. As áreas desapropriadas para a Base Aérea e o Aeroporto, mais os depósitos de munições, chegaram a totalizar 14 milhões de m2 (sendo 33 milhões a superfície da Ilha) e, entre os morros apossados pelo Estado, figuravam os dos herdeiros de Augusto Salgado, Políbio dos Santos e Emanuel Cresta. Figuram como acidentes desaparecidos a praia das Flecheiras, o saco de Itacolomi, os morros de Tubiacanga, Caricó e Itacolomi, modificando completamente a orla ocidental da Ilha do Governador e, em 1952, entra em operação o Aeroporto do Galeão, com novo local para embarque e desembarque, substituindo a precária recepção existente até os anos 1950. Em 20 de janeiro de 1977, foi inaugurado o atual terminal de passageiros número 1, que agregou o que havia de mais moderno e atual na época. Para acessá-lo, foi construída a avenida Vinte de Janeiro, com viaduto sobre a estrada do Galeão, interligada à nova ponte, ligando a Ilha à avenida Brigadeiro Trompowsky. A ampliação das pistas em direção nordeste aterrou e terraplanou grandes áreas ao norte da Ilha, dando feição ao atual contorno da orla norte/ocidental e, em 20 de julho de 1999, foi inaugurado o terminal de passageiros número 2, duplicando a capacidade do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, que com 17,88 km2 de área recebe todos os vôos internacionais e nacionais que servem o Rio de Janeiro, exceto vôos da ponte aérea. Administrado pela Infraero teve seu nome alterado pata Tom Jobim, em decreto de 1999, homenageando Antonio Carlos Jobim, compositor do belo “Samba do Avião” passando a se denominar “Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão – Antonio Carlos Jobim”. O uso residencial do bairro do Galeão se restringe a Vilas Oficiais dos Militares e às comunidades da Vila Joaniza ou “Barbante” (surgida em 1984), a maior, situada na estrada das Canárias, a do Caricó e a da Águia Dourada (de 1994). O restante é ocupado por quartéis, instalações militares e grande reserva florestal, remanescente da vegetação primitiva, situada no morro do Limão, pertencente à Aeronáutica. As principais vias do bairro são a estrada do Galeão (principal acesso à Ilha), a estrada das Canárias e a avenida Brás Crispino (alternativa para os bairros ao norte da Ilha). Na orla, as praias de São Bento e do Belo Jardim possuem quiosques, sendo freqüentadas pelo público, apesar da poluição da Baía de Guanabara. Na extremidade norte do litoral do Galeão fica a localidade de Tubiacanga, corruptela de TAPYACANGA, de TAPY “animal tapir”, ACANGA “cabeça”, portanto a “cabeça do tapir”, devido ao formato da praia e da ponta homônimas. Predominam moradias simples, colônia de pescadores e restaurantes de peixes/frutos do mar, seu acesso é pela estrada de Tubiacanga, contornando a cabeceira das pistas do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. No bairro do Galeão, fica o hospital municipal Nossa Senhora do Loreto, construído pela Aeronáutica, inaugurado em 1952, sendo incorporado 10 anos depois, à rede hospitalar pública. Nota: A denominação, delimitação e codificação do Bairro foi estabelecida pelo Decreto Nº 3158, de 23 de julho de 1981 com alterações do Decreto Nº 5280, de 23 de agosto de 1985
{{-}}
{{RioBairros}}