Maria Ana Fernanda de Bragança: diferenças entre revisões

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==Biografia==
Dona Maria Ana era filha de [[Maria II de Portugal|Dona Maria II de Portugal]] e de [[Fernando II de Portugal|Dom Fernando de Sachsen-Coburgo-Gotha]]. Após a morte da sua mãe em 1853, quando Maria Ana tinha apenas dez anos de idade, a infanta tornou-se a dama mais importante da corte, até ao casamento do seu irmão, o rei D. [[Pedro V de Portugal|Pedro V]], com a princesa [[Estefânia de Hohenzollern-Sigmaringen]] em 1858. Embora inicialmente Dona Maria Ana tenha tido uma boa relação com a cunhada, em carta de 1859, já após a morte de Dona Estefânia, dirigida ao príncipe [[Alberto de Saxe-Coburgo-Gota]], D. Pedro V refere que a irmã tecia comentários pouco lisonjeadores sobre a sua esposa "''por vaidade de mulher que se sente descer no seu estatuto (...)''".<ref>Lopes, Maria Antónia, "''Rainhas Que o Povo Amou''", Temas e Debates, 2013, pág. 65</ref>
Dona Maria Ana era filha de [[Maria II de Portugal|Dona Maria II de Portugal]] e de [[Fernando II de Portugal|Dom Fernando de Sachsen-Coburgo-Gotha]].
 
A relação entre as duas cunhadas parece ter oscilado muito entre a chegada de Estefânia em Maio de 1858 e o casamento de Maria Ana em Maio de 1859. A rainha deixou os seguintes testemunhos sobre a infanta: "''Sob todos os aspectos, a que mais se assemelha a Pedro (...)", "É uma pessoa encantadora, boa, generosa, notavelmente ajuizada para a sua idade, sem o menor egoísmo, respeitada e amada por todos nós (...) Jorge da Saxónia achou um verdadeiro tesouro. Ela está feliz e ama-o, mas não consegue falar do momento em que deixará a família sem chorar. O que é certo é que nos deixará um vazio imenso.''" O irmão de Maria Ana, D. Pedro, afirma também nesta altura que esta é "''a pérola do nosso circulo familiar''" numa carta ao príncipe Alberto. <ref>Lopes, Maria Antónia, "''Rainhas Que o Povo Amou''", Temas e Debates, 2013, pág. 66</ref>
Casou-se em Lisboa, no dia [[11 de Maio]] de [[1859]], com o então príncipe [[Jorge I da Saxônia|Jorge da Saxónia]], que se tornou rei em [[1902]]. Tiveram oito filhos, dos quais seis chegaram à idade adulta.
 
Casou-se em Lisboa, no dia [[11 de Maio]] de [[1859]], com o então príncipe [[Jorge I da Saxônia|Jorge da Saxónia]]. A rainha Dona Estefânia tentou dar algum brilho à cerimónia, mas esta acabou por se realizar de forma discreta e não deixou memória nem em Portugal nem na Saxónia. O casal passou os seus primeiros dias de matrimónio no [[Palácio de Belém]]. Durante o curto período que passaram em Portugal após a cerimónia, o príncipe Jorge não deixou uma boa impressão junto da família uma vez que "''mal se dirigia à noiva''" e não esteve presente numa ida ao teatro para a qual tinha sido convidado. Nessa mesma aparição, Maria Ana, de quinze anos, foi vista a chorar. O casal de noivos partiu para a Saxónia a 14 de Maio. Maria Ana não teve permissão para levar damas portuguesas e foi só acompanhada pelo irmão [[Luís I de Portugal|Luís]] na viagem. Sobre o casamento, D. Pedro V escreveu o seguinte: "''celebrou-se com mais pompa do que alegria o casamento da minha irmã com o príncipe Jorge da Saxónia. É desgraçada sina, que persegue este último, não deixar simpatias em parte alguma e despedir quase sempre pouco agradadas dele as pessoas que se lhe aproximam.''"<ref>Lopes, Maria Antónia, "''Rainhas Que o Povo Amou''", Temas e Debates, 2013, pág. 75</ref>
 
Dona Maria Ana faleceu a [[5 de Fevereiro]] de [[1884]], ou seja, antes de o marido ascender ao trono da Saxónia.