António Reis (cineasta): diferenças entre revisões

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Tendo sido membro activo do Cineclube do [[Porto]], iniciou-se na actividade cinematográfica como assistente, nomeadamente no filme ''[[Acto da Primavera]]'', de [[Manoel de Oliveira]] (1962). Um ano depois, em 1963, realizou o seu primeiro [[documentário]], encomendado pela Câmara Municipal do Porto, ''Painéis do Porto''. Manteve-se no documentário com ''Alto do Rabagão'' (1966), ano em que assinou o argumento de ''Mudar de Vida'', filme de [[Paulo Soares da Rocha|Paulo Rocha]].
 
A curta-metragem ''[[Jaime (filme)|Jaime]]'' ([[1974]]) viria a chamar a atenção para a sua actividade de [[realizador]], ao ser premiada no ''[[Festival de Cinema de Locarno]]'' desse ano como o melhor filme de curtas-metragens (ver filmografia). Após a [[Revolução dos Cravos]], em Abril de 1974, António Reis e a sua mulher, a [[psiquiatra]] [[Margarida Cordeiro]], co-realizadora de uma parte importante dos seus filmes, enveredaram por um cinema não convencional, de vertente lírica, baseado em elementos da cultura popular de locais isolados do interior do país, como [[Trás-os-Montes]]. ''Trás-os-Montes'' (19751976), que participou em catorze festivais internacionais, incluindo o de [[Festival de Cinema de Roterdão|Roterdão]] e o de [[Festival de Cinema de Veneza|Veneza]], foi a primeira dessas obras, a que se seguiu ''Ana'' ([[Festival de Veneza|Veneza]], 19841982). António Reis e Margarida Cordeiro retratam nestes filmes locais em que o [[Revolução dos Cravos|25 de Abril de 1974]] não impediu o êxodo rural. ''Rosa de Areia'' (1989), estreado no [[Festival de Cinema de Berlim|Festival de Berlim]], de carácter mais ficcional, foi o seu último trabalho.
 
Tal como [[António Campos]], [[Manoel de Oliveira]], [[João César Monteiro]], [[Ricardo Costa]] ou [[Pedro Costa]], é um dos cineastas portugueses que se inspiraram no conceito de [[antropologia visual]] para criar obras de forte expressão poética.