John Langshaw Austin: diferenças entre revisões

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'''John Langshaw Austin''' ([[Lancaster (Lancashire)|Lancaster]], [[28 de Março]] de [[1911]] &mdash; [[Oxford]], [[8 de Fevereiro]] de [[1960]]) foi um [[filosofia da linguagem|filósofo da linguagem]] [[Reino Unido|britânico]] que desenvolveu uma grande parte da actual teoria dos [[Atos da fala|actos de discurso]]. Filiado à vertente da [[Filosofia Analítica]] interessou-se pelo problema do sentido em [[filosofia]].<ref>''Philosophical papers'' Oxford University Press, [[1979]]</ref>
 
== Biografia ==
Estudou no [[Balliol College, Oxford|Balliol College]] da [[Universidade de Oxford]]. Após servir o [[MI6|serviço britânico de inteligência]] durante a [[Segunda Guerra Mundial]], tornou-se professor titular da cátedra White (Thomas White [1550?-1624]) de Filosofia Moral, em Oxford, considerada a mais prestigiosa cadeira de Filosofia Moral do mundo.<blockquote> <sub>''Acredito que a única maneira clara de definir o objeto da filosofia é dizer que ela se ocupa de todos os resíduos, de todos os problemas que ficam ainda insolúveis, após experimentar todos os métodos aprovados anteriormente. Ela é o depositário de tudo o que foi abandonado por todas as ciências, em que se encontra tudo o que não se sabe como resolver''.<ref> Colóquio de Royaumont – [[1958]]</ref> </sub></blockquote>
 
== Pensamento ==
Na filosofia da linguagem alinhou-se com [[Ludwig Wittgenstein]], preconizando o exame da maneira como as palavras são ''usadas'' para elucidar seu significado. Entretanto, o próprio Austin considerava-se mais próximo da filosofia do [[senso comum]] de [[George Edward Moore|G.E. Moore]]
Elaborou um estudo sobre conceitos de verdade e falsidade, qualificando os atos de fala como sendo verdadeiros ou falsos a depender da descrição que é feita. Iniciou as idéias sobre o ''performativo'', onde falar é fazer, diferenciando atos de meras descrições, porque nada descreviam, nada relatavam, etc. Sobre o ''performativo'', desenvolveu uma teoria que transformava os atos em felizes ou infelizes, ligando o ato da fala a circunstâncias ideais de proferimento. Esse tema é tratado intensamente em sua obra póstuma, ''How to do things with words'' (1962), uma série de conferências realizadas na Universidade de Oxford. Ao contrário do [[Genebra|genebrino]] formalista [[estrutura]]l [[Ferdinand de Saussure]], encontram-se nos objetos pessoais de Austin centenas de anotações escritas a próprio punho somadas a outras informações colhidas de ex-alunos.
 
== John Searle ==
As teorias de Austin foram propagadas nos [[Estados Unidos]] por seu antigo aluno [[John Searle]] pela [[América do Norte]]. Searle com sua obra ''Speech Acts Theory'' (1969)<ref> Os actos de fala: um ensaio de filosofia da linguagem (Coimbra: Livraria Almedina, 1981)</ref>,. levaTambém aoo conhecimentofilósofo americano[[França|francês]] as[[Jacques filosofiasDerrida]] austinianasdesenvolve euma propagateoria aindada maislinguagem obaseada nomeno dessetrabalho grandede estudiosoAustin<ref> da linguagemCornelia peloVismann, Jurisprudence: A Transfer-Science, 10 LAW AND mundo.
 
Também o filósofo [[França|francês]] [[Jacques Derrida]] desenvolveu uma teoria da linguagem baseada no trabalho de Austin<ref> Cornelia Vismann, Jurisprudence: A Transfer-Science, 10 LAW AND
CRITIQUE 279-286 (1999)[http://www.germanlawjournal.org/pdfs/Vol06No01/PDF_Vol_06_No_01_005-13_SI_Vismann.pdf]]</ref>.
 
{{Referências}}
 
== Principais trabalhos sobre Austin ==
;inglês
* [[Isaiah Berlin]] et al., ed. ''Essays on J.L. Austin''. Oxford: The Clarendon Press, 1973.
* Cavell, Stanley. ''The Claim of Reason: Wittgenstein, Skepticism, Morality, and Tragedy'' (1979). New York: Oxford University Press, 1990. The major work by one of Austin's most prominent heirs. Takes ordinary language approaches to issues of skepticism, but also makes those approaches a subject of scrutiny.
* Fann, K.T., ed.''Symposium on J.L. Austin''.New York: Humanities Press, 1969.
* Gustafsson, M. and Sørli, R. "The Philosophy of J. L. Austin".Oxford: Oxford University Press, 2011.New anthology of philosophical essays on Austin's work.
* Kirkham, Richard (Reprint edition: 2 March 1995). ''Theories of Truth: A Critical Introduction''. Cambridge, MA: MIT Press, 1992.ISBN 0-262-61108-2. Chapter 4 contains a detailed discussion of Austin's theory of truth.
* Passmore, John. ''A Hundred Years of Philosophy'', rev. ed. New York: Basic Books, 1966. Chapter 18 includes a perceptive exposition of Austin's philosophical project.
* Pitcher, George. "Austin: a personal memoir". ''Essays on J.L. Austin'', ed. Isaiah Berlin et al. Oxford: The Clarendon Press, 1973.
* [[Hilary Putnam]]. "The Importance of Being Austin: The Need of a 'Second Näivetē'" Lecture Two in ''The Threefold Cord: Mind, Body, and World'' New York: Columbia University Press, 1999. In arguing for "naive realism", Putnam invokes Austin's handling of sense-data theories and their reliance on arguments from perceptual illusion in ''Sense and Sensibilia'', which Putnam calls "one of the most unjustly neglected classics of analytics philosophy" (25).
* [[John Searle]] (1969) ''Speech Acts: An Essay in the Philosophy of Language''. Cambridge: Cambridge University Press, 1969. Searle's has been the most notable of attempts to extend and adjust Austin's conception of speech acts.
* [[John Searle]] (1979). ''Expression and Meaning: Studies in the Theory of Speech Acts''. Cambridge: Cambridge University Press, 1979.
* Scott Soames. ''Philosophical Analysis in the Twentieth Century: Volume II: The Age of Meaning''. Princeton: Princeton UP, 2005. Contains a large section on ordinary language philosophy, and a chapter on Austin's treatment of skepticism and perception in ''Sense and Sensibilia''.
* [[G.J. Warnock]] "John Langshaw Austin, a biographical sketch". ''Symposium on J. L. Austin'', ed. K.T. Fann. New York: Humanities Press, 1969.
* Warnock, G.J. "Saturday Mornings". ''Essays on J.L. Austin'', ed. Isaiah Berlin et al. Oxford: The Clarendon Press, 1973.
* Warnock, G. J.''J. L. Austin''. London: Routledge, 1992.
 
== Ligações externas ==
{{Wikiquote}}
* [http://plato.stanford.edu/entries/austin-jl/ J. L. Austin] The Stanford Encyclopedia of Philosophy
* {{IEP|ohn Langshaw Austin}}
 
{{portal-filosofia}}