Fernando Henrique Cardoso: diferenças entre revisões

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[[Imagem:Brazil.FernandoHenriqueCardoso.01.jpg|thumb|left|200px|Fernando Henrique Cardoso <small>(Foto: J. Freitas/[[Agência Brasil|ABr]]) </small>]]
 
Em 1997, FHC privatizou a companhia Vale do Rio Doce, fundada pelo governo federal em 1942, vendendo a parte acionária pertencente ao governo (aproximadamente 27%) e seu controle. Atualmente a Vale do Rio Doce é a maior empresa privada do Brasil, com valor de mercado estimado em 127 bilhões de dólares. Defensores da privatização da empresa alegam que a medida foi benéfica, uma vez que hoje ela gera mais empregos ao país e mais impostos ao Governo Federal do que na época em que ainda era estatal (mantém cerca de 60 000 pessoas empregadas, e recolhe três bilhões de dólares em impostos ao ano. Em 2008, faturou 38,5 bilhões de dólares e foi responsável por metade do superávit primário do Brasil).<ref>[http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2009/10/17/o-pt-quer-engolir-vale-232975.asp Dados da Vale do Rio Doce]</ref><ref>{{citar web|url= http://www.fecilcam.br/nupem/anais_iv_epct/PDF/ciencias_sociais/02_FARIA_HOMIAK_FERREIRA.pdf|titulo=ANÁLISE DO DESEMPENHO DA COMPANHIA VALE DO RIO DOCE ANTES E DEPOIS DA PRIVATIZAÇÃO - IV EPCT|autor=Cláudia Rodrigues de Faria|acessodata=26 de agosto de 2010}}</ref> A privatização da Vale, entretanto, é alvo de muitas críticas e polêmicas até hoje. O senador peemedebista [[Pedro Simon]] considera que a privatização da Vale foi uma "doação da empresa pública a um grupo privado", alegando que o governo FHC vendeu-a por menos do que o governo do Rio Grande do Sul vendeu a Companhia de Energia Elétrica do Estado.<ref name="Simon Vale">{{citar web | autor=| titulo= Pedro Simon defende prévias para escolha de candidatos à Presidência da República | publicado = Agência Senado| url=http://www.senado.gov.br/noticias/verNoticia.aspx?codNoticia=81520&codAplicativo=2| formato= | acessodata=26 de agosto de 2010}}</ref>.
 
FHC continuou o processo de privatização de empresas estatais iniciadas por [[Fernando Collor]]. Enfrentou, por isso, [[greve]]s de servidores dessas empresas. Concedeu à iniciativa privada, por tempo determinado, a operação de algumas rodovias federais, como a Rodovia Presidente Dutra (que liga as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro), e privatizou a maioria dos bancos estaduais responsáveis por grande parte do déficit público bem como o sistema telefônico brasileiro, que gerava altos déficits, cobrava altos preços, atrasava as entregas e mantinha grande demanda reprimida não atendendo nem 10% da população. Em dezembro de 2011, o livro ''[[A Privataria Tucana]]'', do repórter [[Amaury Ribeiro Jr.]] acusa a chamada Era das Privatizações, promovida pelo governo Fernando Henrique Cardoso, por intermédio de seu ministro do Planejamento, ex-governador de São Paulo, [[José Serra]], de uma "verdadeira pirataria praticada com o dinheiro público em benefício de fortunas privadas, por meio das chamadas 'offshores', empresas de fachada do Caribe…".<ref>''A Privataria Tucana'' por Amaury Ribeiro Jr. (2011)</ref>
 
[[Imagem:FHC 15 anos real.jpg|200px|thumbnail|200px|FHC em momento histórico no Congresso Nacional em sessão de comemoração dos quinze anos do [[Plano Real]].]]
 
A presidência de Fernando Henrique Cardoso também se destacou pela reforma do Estado promovida em seus dois mandatos.