Carl Schmitt: diferenças entre revisões

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Após o término da guerra, foi mantido preso pelos soldados aliados sem seus apontamentos e livros durante dois anos, este período crítico de sua vida foi descrito no livro 'Ex Captivitate Salus' (O Cativeiro Liberta).
 
Segundo suas próprias palavras, tanto russos quanto aliados iniciaram o procedimento de "prisão automática" nos dois anos que se seguiram ao término da guerra. Milhares de altos funcionários do Estado alemão foram presos, sem qualquer ordem judicial, e internados em campos de concentração. Carl Schmitt esteve em Berlim em um desses campos, entre os anos de 1945 e 1946. Em março de 1947, ele foi transladado para Nuremberg para ser interrogado. A curiosidade do direito penal norte-americano, apontada pelo próprio Schmitt, era que ele fora encarcerado como testemunha e possível acusado e não entendia como isto poderia ocorrer com um cidadão alemão que era considerado testemunha dos crimes de guerra.
 
Durante todo o tempo em que esteve no campo de concentração em Berlim e no Tribunal de Nuremberg, nunca foi feita nenhuma acusação formal contra Schmitt, nem mesmo foi comprovada qualquer ação delitiva de sua parte.<ref>SCHMITT, Carl. Ex Capitivitate Salus. Experiencias de la época - 1945-1947. 1ª. Édicion. Minima Trotta: Madrid, 2010, p. 21</ref>
 
Todavia, diferentemente de outros intelectuais alemães que aderiram ao nacionalsocialismo e nunca se explicaram ou se retrataram quanto a isso (tal como Heidegger ou Leni Riefensthal), Schmitt não teve as mesmas 'benesses' destes, permanecendo sendo visto até hoje como o 'jurista de Hitler' ou um intelectual de direita que legitimou os absurdos acontecidos naquela época.