Panair do Brasil: diferenças entre revisões

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Entretanto, em seu apogeu acabou por ter suas operações aéreas abruptamente encerradas em 10 de fevereiro de 1965, devido a um decreto do governo militar, que suspendeu suas linhas. A opção pela suspensão, ao invés da cassação, foi um mero artifício técnico encontrado pelo governo militar. Assim as operações poderiam ser, na prática, paralisadas de imediato, sem o decurso dos prazos legais de uma cassação. Até hoje suas linhas encontram-se tecnicamente suspensas.
 
Imediatamente após à suspensão, estranhamente os aviões e tripulações da VARIG já se encontravam prontos para operar os principais voos da Panair nos aeroportos do Brasil e do mundo, evidenciando que a Varig havia sido comunicada do processo de cassassãoato antes mesmo do que ada própria Panair do Brasil (SASAKI, 2005).
 
Nos dias seguintes, a empresa entrou na [[justiça]] com um pedido de concordata preventiva, já que possuia boa situação patrimonial e financeira, e uma inigualável imagem de confiança e bons serviços prestados ao londolongo de décadas. Assim a recuperação judicial seria possível caso o decreto do governo fosse revogado. Porém, o Brigadeiro Eduardo Gomes, então Ministro da Aeronáutica, teria interferido no caso, pressionando o juiz responsável pelapelo avaliação do casoprocesso, e, fardado, pressionou-o a indeferir a concordata (SASAKI, 2005). Assim, em um caso inédito na justiça brasileira, deu-se oa indeferimentoimprocedência da ação no prazo recorde de 24 horas do pedido inicial. O magistrado, em sua decisão, alegou que a Panair do Brasil não conseguiriraconseguiria recuperar-se, pois sem a operação de suas linhas não haveria receita. Essa decisão não levou em consideração, pelaevidentemente evidentepela pressão, que a empresa teria receitas provenientes de suas grandes subsidiárias, que atuavam nas mais diversas áreas deda aviação civil, como manutenção de turbinas, ou, ainda, das receitas do conglomerado que a controlava, que incluía desde seguradoras, imobiliárias, fábricas do setor alimentício, exportação de café e telecomunicações.
 
O fechamento total da empresa pela ditadura militar, só se deu definitivamente em [[1969]], através de um ato até então inédito na história do direito empresarial brasileiro, um "decreto de falência" baixado pelo Poder Executivo, durante o governo do [[General Costa e Silva]]. O principal beneficiário deste processo foi [[Ruben Berta]], proprietário da [[VARIG]], que era apoiador do regime militar e amigo pessoal de diversos militares de alta patente, que acabou recebendo as concessões de linhas aéreas internacionais da Panair do Brasil e incorporou parte dos qualificados funcionários da empresa sem custo algum.
 
== História ==