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'''Amblypygi'''
== Características e ciclo de vida==
Podendo atingir até 4,5 cm de comprimento e achatado dorso-ventralmente, o corpo dos amblipígios é dividido em [[cefalotórax]] ([[prossoma]]), coberto por uma carapaça única e rígida, pedicelo e abdômen segmentado. O primeiro par de pernas desse animal é extremamente alongado e possui funções sensorial e de comunicação intra-específica; essas pernas são chamadas pernas anteniformes e não são utilizadas para caminhar.Os amblipígios não possuem glândula de veneno, portanto não oferecem perigo aos humanos. Na região anterior da carapaça, possuem um par de [[quelícera]]s bissegmentadas e subqueladas que utilizam para capturar presas com o auxílio dos pedipalpos. Algumas espécies exibem dimorfismo sexual, representado por um pedipalpo maior nos machos.
== Órgãos sensoriais ==
Amblipígios andam sobre seis pernas, isto acontece porque seu primeiro par de pernas tem função sensorial e não são utilizadas como apoio. Este primeiro par de pernas é chamadas de anteniformes, pois se assemelham a antena dos insetos. Estas estruturas sensoriais recebem uma variedade de estímulos químicos e mecânicos do ambiente e sua perda ocasiona a inabilidade de capturar presas e de se orientar no ambiente. Há vários receptores de sinais mecânicos e químicos nestas pernas como as cerdas, as sensilas, as fendas e os tricobótrios. Existem poucos tricobótrios nas pernas anteniformes, mas muitos nas pernas utilizadas para caminhar. Estes são responsáveis por perceber a aproximação de presas e de possíveis predadores<ref>Foelix, R. & Hebets, E., 2001. Sensory biology of whip spiders (Arachnida, Amblypygi). andrias 15: 129-140</ref>.
Amblipígios tem quatro pares de [http://www.google.com.br/imgres?um=1&hl=pt-BR&sa=N&biw=1600&bih=785&tbm=isch&tbnid=HQ7yFMflPewUEM:&imgrefurl=http://www.critterzone.com/animal-pictures-nature/arachnid-whipscorpion-tailless.htm&docid=E4ShuAQ2jSY6LM&imgurl=http://www.critterzone.com/animal-pictures-nature/stock-photos/MXCZIN2112_13.jpg&w=417&h=271&ei=AD1xT4n1Isn3gAewqbhM&zoom=1 olhos], três laterias e um par central. Contudo, esses olhos não são capazes de formar imagem, sendo úteis somente na distinção de claro e escuro (dia/noite, ambiente exposto/ambiente protegido). Muitas vezes esses olhos podem estar ausentes ou reduzidos, principalmente os olhos medianos (os olhos laterais encontram-se ausentes ou reduzidos na maioria das vezes em espécies [[troglóbio|troglóbias]]).
[[File:Charinus vulgaris 1.jpg|thumb|left|Após a eclosão dos ovos, a mãe carrega sues filhotes sobre o abdômen. Na foto, fêmea de Charinus vulgaris com sua prole.]]
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Amblipígios são basicamente predadores de "senta e espera". Quando as pernas anteniformes entram em contato com uma possível presa, essas se retraem e o amplipígio se aproxima da presa. Quando perto o suficiente, o amblipígio abre seus pedilpalpos espinhados e ataca a presa. Esta é puxada pelos pedipalpos e as quelíceras a maceram. Como os amblipígios não possuem glândulas de venenos, a presa pode continuar viva nos momentos iniciais do processo de alimentação. Espécies grandes, como por exemplo as dos gêneros
Em situações de perigo, os amblipígios conseguem soltar uma das pernas de seu próprio corpo para distrair o predador, o que facilita a fuga. Uma vez que a perna é quebrada na articulação patela-tíbia, pode haver regeneração da mesma. Aumenta o número de artículos do apêndice a cada regeneração, sendo que é possível quantificar o número de regenerações da vida de um amblipígio através da contagem destes artículos.
Os amblipígios também se envolvem em disputas territoriais, onde sucedem-se lutas ritualizadas de demonstração de poder. Normalmente, o tamanho do pedipalpo é a medida de força nestes embates.
== História Evolutiva e Filogenia ==
Embora ainda seja um assunto bastante debatido, acredita-se que os primeiros amblipígios tenham surgido na Terra durante o período Devoniano. Os primeiros amblipígios de que se tem conhecimento foram encontrados na Inglaterra e na América do Norte. A disseminação destes animais teve início antes da separação da Pangea e da Gondwana. Hoje, os amblipígios possuem distribuição circumtropical, muito embora diferentes subgrupos sejam encontrados em diferentes continentes.
A linhagem dos amblipígios forma, juntamente com o grupo ''Araneae'' (aranhas), um grande grupo denominado ''Pantetrapulmonata''; este grande grupo é [[monofilético]], o que significa que todos os animais representantes dele surgiram a partir de um único ancestral comum. Estudos mais recentes afirmam que amblipígios também possuem relações de parentesco bem próximas a outros dois grupos de animais, ''Thelyphonida'' e ''Schizomida''.
Amblipígios estão divididos em duas subordens, ''Paleoamblypygi'' e ''Euamblypygi''. ''Paleoamblypygi'' é composta por apenas uma única espécie extinta, anteriormente distribuída pela África; ''Euamblypygi'' engloba quatro famílias, 16 gêneros e cerca de 150 espécies distribuídas pelo mundo todo. Dados mais recentes indicam que o número de espécies extintas foi elevado para 9, com registros na Europa, América do Norte e Brasil<ref>Weygoldt, P., 1996. Evolutionary morphology of whip spiders: towards a phylogenetic system (Chelicerata: Arachnida: Amblypygi)* J. Zoo. Syst. Evol. Research 34 185-202 pp.</ref>.
== Diversidade ==
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