Jean de Montreuil: diferenças entre revisões

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Em 1390, tornou-se secretário do rei [[Carlos VI de França|Carlos VI (1368-1422)]], onde permaneceu durante 30 anos, até a sua morte. Em 1394 se tornou reitor do capítulo de São Pedro de Lille e também cônego de [[Beauvais]] e de [[Rouen]], que lhe proporcionou uma receita significativa. Durante a sua longa carreira, participou de várias embaixadas, na [[Inglaterra]], na [[Escócia]], na [[Itália]], e também com o novo papa [[Antipapa João XXIII|João XXIII]] em 1412; em [[Avignon]] em 1404; e também como embaixador da França junto ao Duque de Borgonha, [[João, Duque da Borgonha|João Sem Medo]], em 1413.
 
Em 1394, Nicolas de Clémanges escreveu duas cartas ao papa de Avignon, [[Antipapa Clemente VII|Clemente VII]], em nome da [[Universidade de Paris]], o cardeal Galeotto Tarlati de Pietramala<ref>{{en}} [http://thesaurus.cerl.org/record/cnp00559176 CERL Thesaurus]</ref> lhe responde elogiando seu talento literário, acrescentando que ele era uma exceção ao julgamento global justo de Petrarca em carta datada de 1368, onde este rogava ao [[Papa Urbano V]] a volta para Roma (Extra Italiam nec poetæ nec oratores quærantur). Nicolas de Clémanges, em duas cartas, e Jean de Montreuil, em outra, respondem defendendo o valor e a originalidade da cultura francesa diante da Itália. Esta troca marcou o início de uma tradição entre os humanistas franceses e sua admiração pelo humanismo italiano, além das afirmações sobre o patriotismo francês e das tradições particulares dessa nação.
 
A partir de 1390 ele constitui com Gontier Col (1350-1418)<ref name=gontier>{{fr}} [https://fr.wikipedia.org/wiki/Gontier_Col Gontier Col (1350-1418)]</ref> e seu irmão Pierre Col, cônego de Paris, também conhecido como Colli de la Riole<ref>{{fr}}[http://books.google.com.br/books?id=lol_4mW9ejAC&pg=PA118&lpg=PA118&dq=Pierre+Montreuil+1390&source=bl&ots=owJgaLzosl&sig=QUr3CpQz6UNikLSUNkxcVKIkQcI&hl=pt-BR&sa=X&ei=iH29UtyYI7KvsASm2YD4DQ&ved=0CFwQ6AEwBjgU#v=onepage&q=Pierre%20Montreuil%201390&f=false Gontier et Pierre Col et l'humanisme en France au temps de Charles VI] - Alfred Coville.</ref>, Nicolas de Clémanges, Laurent de Premierfait (1380-1418)<ref>{{fr}} [https://en.wikipedia.org/wiki/Laurent_de_Premierfait Laurent de Premierfait (1380-1418)]</ref>, um pequeno grupo de literatos, a representar as sementes do humanismo francês. No vestíbulo do hotel onde se instalara, mandou afixar as dez leis de Licurgo, citadas pelo historiador latino [[Justino]], tendo a propósito uma discussão com Laurent de Premierfait que se opunha às rugas estéreis e a inércia verbal de [[Licurgo]]<ref>{{la}} steriles nugas et inania verba Lycurgi</ref> em detrimento das Sagradas Escrituras. Ele, Nicolas de Clémanges e Gontier Col tornam-se adeptos de um milanês chamado d'Ambrogio dei Migli, que havia chegado a Paris numa comitiva simples por volta de 1390, e que tinha grande apreço pelos autores clássicos. Conseguiu o cargo de secretário do Duque de Orléans, porém, algumas discussões em torno de [[Cícero]] e de seus méritos comparados aos de [[Virgílio]] e de [[Ovídio]] se deterioraram, vindo eles a se desentenderem, causando, posteriormente, trocas de correspondências entre o grupo, chegando a zombar da conversão cristã de [[Ambrósio de Milão|Ambrósio]], por ter ele um conhecimento epicurista e céptico em matéria religiosa. Ele e Gontier Col também passaram a fazer parte da socieda galante em torno da rainha [[Isabel da Baviera, Rainha de França|Isabel da Bavária]], e da famosa "corte amorosa" bem como os "excessos amorosos" onde todos chegavam a compor uma balada, e se entregavam aos "procedimentos amorosos".
 
== Obras ==