Ensaio: diferenças entre revisões

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== Origens ==
Surgidos no final do século XVI, ensaios são simples opiniões, pensamentos que não devem ser levados muito a sério. Foi isso que o escritor e filósofo francês [[Michel de Montaigne]] ([[1533]]-[[1592]]) idealizou ao escrever seus ''essais'' (1580; Ensaios). Ele queria dizer que aquilo eram tentativas, simples esboços literários (o significado original do termo francês "essai"). Na [[Inglaterra]], o filósofo [[Francis Bacon]], primeiro grande ensaísta inglês, publicava ''essays'' (1597; Ensaios). Porém, o que Michel de Montaigne criaria, junto com Bacon, séculos mais tarde se tornaria um dos principais gêneros literários dos [[criticacrítica literarialiterária|críticos]] e filósofos, além de influenciar radicalmente a [[história]].
 
== Divisões ==
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== Ensaios modernos ==
Depois de Montaigne e Bacon lançarem as bases do ensaio, ele ficou esquecido durante o [[século XVII]] quase todo, sendo que poucos foram os que dele lembraram. Em 1666, o filósofo empirista [[John Locke]] publicou ''Essay Concerning Toleration'' (Ensaio sobre a tolerância). Mas o reformador do ensaio inglês foi o poeta [[Abraham Cowley]], com ''"Several Discourses by Way of Essays"'' ("Vários discursos à maneira de ensaios") e ''"Of Myself"'' ("Sobre mim mesmo"), incluídos em ''Essays'', só publicados em 1906.
 
Em princípios do século XVIII, o ensaio informal invadiu o [[jornalismo]] inglês, com [[Daniel Defoe]]. Estava aberto o caminho para a contribuição decisiva de [[Joseph Addison]] e [[Richard Steele]], que levaram o gênero à perfeição estilística e a um êxito sem precedentes nas páginas dos periódicos The Tatler (1709-1711), The Spectator (1711-1714) e The Guardian (1713), que eles próprios fundaram e dirigiram, e em cujas páginas brilharam os poetas [[Alexander Pope]] (o único a produzir ensaios em verso) e [[John Gay]]. Addison e Steele influenciaram toda uma geração de mestres ingleses, ao longo dos séculos XVIII e XIX. Outro notável ensaísta inglês do século XVIII foi [[Samuel Johnson]], que, praticamente sozinho, fundou e dirigiu as revistas The Rambler (1750-1752), Adventurer (1752) e The Idler (1759). Destacaram-se também [[Henry Fielding]] e [[Oliver Goldsmith]], autor de ''Citizen of the World'' (1760; Cidadão do mundo).