Demagogia: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Terminado ajuste de referências
Mais uma informação para retirar uma ambiguidade que estava no texto.
Linha 10:
 
No livro "A Política", Aristóteles aponta que a demagogia seria para a democracia o que a tirania seria para a monarquia, explicando como possível dismorfia do ato altruísta da [[política]] para uma posição centrada em interesses pessoais ou grupais de forma isolada e não em conjunto, fazendo uso da lisonja e da oratória torcida e falaciosa. Porém, mesmo neste contexto, não se aponta como necessariamente negativa ou enganosa.<ref>{{citar livro|autor=ARISTÓTELES|título="A Política"|ano=2008|editora=Hemus|página=12-72|ISBN= 8528905659}}</ref>
 
Para Aristóteles, o que hoje denominamos "demagogia", ele chamava "democracia", pois tinha para si a profunda corrupção do governo popular no tempo que escreveu. E o que denominamos "democracia", ele designava como [["politia"]]. À [[monarquia]] denominava "realeza" e à [[tirania]], chamava [["despotia"]].<ref>{{citar livro|autor=AZAMBUJA|título=Introduçao à Ciência Política
|ano=1973|editora=Globo Livros|página=234|ISBN= 8525045748}}</ref>
 
Posteriormente, na Idade Média e Renascentismo, o conceito vai adquirindo outras conotações, à medida que o Estado vai sendo consolidado, não raro fazendo uso dessas estratégias como forma de manipulação de massas. [[Maquiavel]] discute que o Estado é a única organização cuja ação mobiliza todos, visto que dispõe de todos os meios e bens materiais de gestão e coação. O Estado é um meio de cooptação e coerção que age sobre a sociedade e os indivíduos. Desta forma, instrumentalizar-se-ia o ato de manipulação de massas que serviriam a um propósito.<ref>{{citar livro|autor=MAQUIAVEL, N.|título="O Príncipe": Com comentários de Napoleão Bonaparte|ano=2003|editora=Elsevier Editora Ltd.|edição=7ª|página=33-92|ISBN= 8535213023}}</ref>