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Embora não seja [[panteísta]], segundo a Doutrina [[Espiritismo|Espírita]], não existem milagres na concepção comumente empregada a este termo. Para os [[Kardecismo|kardecistas,]] todos os acontecimentos ocorrem em acordo com o que denominam de Leis Naturais. Segundo a lógica Espírita, sendo essas Leis criadas e mantidas por Deus, e sendo Deus perfeito, não haveria motivo para derrogá-las ou contradizê-las uma vez que elas próprias derivam da perfeição <ref group="Ref." name="Livro_Allan-Kardec"/>.
O Espiritismo segue assim uma doutrina com base [[naturalismo (filosofia)|naturalista]]; contudo considerando os [[Espírito|espíritos]] como entidades reais, integrantes e atuantes do [[universo]] natural. As Leis Naturais - também nomeada Lei Divina - por consequência estendem-se, e abrangem agora leis comportamentais; encontram-se a Lei Divina assim dividida em duas partes: uma parte física e uma parte [[moral]] <ref group="Ref." name="Livro_Allan-Kardec"/>
Tendo em vista que o conhecimento humano atual ainda não é capaz de explicar todos os eventos no [[universo]], para o [[Espiritismo]], tudo aquilo que não encontra, até a presente data, explicação nas leis naturais conhecidas, será um dia explicado mediante o avanço da ciência. A ideia é análoga àquela difundida no [[Comunidade científica|meio científico]] - remetendo às bases do kardecismo estruturado como um misto de [[filosofia]], [[religião]], e em particular, ciência - e similar à encontrada no caso exemplo onde duas pessoas, muito distantes uma da outra, são imaginadas serem vistas conversando por meio de [[Eletrônica|aparelhos eletrônicos]] - digamos [[rádio (comunicação)|radiotransceptores]] - contudo em épocas bem distintas: se para um indivíduo do [[século I]] tal fenômeno classificar-se-ia com certeza como um inegável milagre; para um indivíduo a par da ciência do [[século XXI]], certamente não.
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