Phytolacca americana: diferenças entre revisões

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* ''Phytolacca vulgaris'' Crantz
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'''''Phytolacca americana''''' <small>[[Carolus Linnaeus|L.]]</small>, conhecida pelo nome comum de ''uva-de-rato'', é uma planta [[herbácea]] [[vivaz]] da [[família (biologia)|família]] [[Phytolaccaceae]], nativa do leste da [[América do Norte]], mas actualmente encontrada na generalidade das regiões de clima temperado, onde por vezes é uma [[planta invasora|invasora]]. Embora em geral não exceda 1&nbsp;m de altura, em condições muito favoráveis cresce até aos 3&nbsp;m. Apresenta ramos brandos e caules endurecidos, verdes a roxos, produzindo no final do Verãoverão e no Outonooutono [[cacho]]s de [[fruto]]s de cor negra a azulada. Apesar de ter partes comestíveis, a planta produz diversas toxinas, algumas das quais fatais quando ingeridas por humanos.
==Descrição==
Esta é uma espécie de planta grande e forte (até 3 m de altura), [[caule]]s avermelhados, [[folha]]s grandes e inteiras e [[flor]]es esbranquiçadas em [[inflorescência]]s [[racemo]]sas lineares, inicialmente erectas, caindo gradualmente à medida que os [[fruto]]s amadurecem. A [[flor]]es têm em geral 10 [[estame]]s e 10 [[carpelo]]s. Os [[fruto]]s são [[baga]]s carnudas, pretas a azuladas, com [[epicarpo]] enrugado quando maduros, resultantes da coalescência dos [[carpelo]]s na maturação.
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Apesar das variedades com folhas listradas ou manchadas amarelo-rosa serem utilizadas como ornamentais e das folhas jovens serem comestíveis quando sujeitas a [[branqueamento]] e cozidas<ref name=feuil/>, a introdução e cultivo da planta na Europa e em outras regiões temperadas e subtropicais deve-se essencialmente aos usos medicinais e tintureiros das suas bagas. As bagas maduras fornecem por maceração um [[corante]] [[roxo]] ou [[carmesim]] em tempos muito valorizado em [[tinturaria]] e para realçar a cor de vinhos tintos considerados pálidos. Em medicina, os frutos, aos quais eram retiradas as sementes tóxicas, eram usadas como [[catártico]] (no sentido de [[laxativo]]).
 
A utilização medicinal era comum entre os [[ameríndio]]s norte-americanos, sendo rapidamente adoptadaadotada pelos colonos europeus naquele continente e depois trazida para a [[Europa]], onde a planta foi incluída na ''[[Pharmacopeia]]'' comum, passando a ser cultivada com esse fim.
 
A toxicidade da [[baga]] está comprovada, devendo-se ao seu elevado conteúdo em [[saponina]], apesar de ser consumida em grande quantidade pelas aves, sem qualquer efeito tóxico detectáveldetetável. A toxicidade das folhas é controversa <ref name=feuil>Na obra de J. Montegut, ''Pérennes et vivaces nuisibles à l'agriculture'', afirma-se que as folhas são comestíveis.</ref>, mas existem relatos de serem, por vezes, fatais para os cavalos.
 
Os usos medicinais da planta são variados. O uso interno da raiz, sob a forma de uma tintura, é prescrito em doses baixas para tratar várias infecçõesinfeções respiratórias, [[angina]]s, [[artrite]] e [[reumatismo]]s. Externamente, na forma de [[pomada]] ou [[emplastro]], pode tratar problemas de pele, como certas [[micose]]s, [[acne]] ou [[sarna]]. São-lhe também atribuídas propriedades anti-inflamatórias, antivirais e [[mitogénico]]s. No entanto, o seu uso ainda é discutível, podendo ser tóxica em grandes doses. Seu uso não é recomendado em crianças e mulheres grávidas.
 
O Dr. [[Aklilu Lemma]], da [[Universidade Haile Selassie]] de [[Addis-Abeba]] (actualmente [[Universidade de Addis-Abeba]]), descobriu que as bagas fornecem uma substância eficaz na luta contra a [[bilharziose]] pois apresentam propriedades [[detergente]]s e são tóxicas para os [[molusco]]s hospedeiros do ''[[Schistosoma mansoni]]''.
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[[Categoria:Phytolacca]]
[[Categoria:Plantas venenosastóxicas]]
[[Categoria:Phytolaccaceae]]
[[Categoria:Flora dedos PortugalEstados Unidos]]