Fernando Pessoa: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 47:
Fernando António foi baptizado em [[21 de Julho]] na Basílica dos Mártires, ao [[Chiado]], tendo por padrinhos a Tia Anica (D. Ana Luísa Pinheiro Nogueira, tia materna) e o General Chaby. A escolha do nome homenageia [[Santo António de Lisboa|Santo António]]: a família reclamava uma ligação genealógica com Fernando de Bulhões, nome de baptismo de Santo António, tradicionalmente festejado em Lisboa a 13 de Junho, dia em que Fernando Pessoa nasceu.
 
As suas infância e adolescência foram marcadas por andorinhas e factos que o influenciariam posteriormente. Às cinco horas da manhã de [[24 de Julho]] de 1893, o pai morreu, com 43 anos, vítima de [[tuberculose]]. A morte foi anunciada no [[Diário de Notícias]] do dia. Fernando tinha apenas cinco anos. O irmão Jorge viria a falecer no ano seguinte, sem completar um ano.<ref name="Gomes"/> A mãe vê-se obrigada a leiloar parte da mobília e muda-se para uma casa mais modesta, o terceiro andar do n.º 104 da Rua de São Marçal. Foi também neste período que surgiu o primeiro [[heterónimo]] de Fernando Pessoa, [[Chevalier de Pas]], facto relatado pelo próprio a Adolfo Casais Monteiro, numa [[wikisource:pt:Carta de Fernando Pessoa para Adolfo Casais Monteiro|carta]] de 1935, em que fala extensamente sobre a origem dos heterónimos. Ainda no mesmo ano, escreve o primeiro poema, um verso curto com a infantil [[epígrafe]] de ''[[wikisource:pt:À Minha Querida Mamã|À Minha Querida Mamã]]''. A mãe casa-se pela segunda vez em 1895 por procuração, na Igreja de São Mamede, em Lisboa, com o comandante João Miguel Rosa, cônsul de Portugal em [[Durban]] ([[África do Sul]]), que havia conhecido um ano antes. Em África, onde passa a maior parte da juventude e recebe educação inglesa, Pessoa viria a demonstrar desde cedo talento para a literatura.
 
=== Juventude em Durban ===