Glauco Mattoso: diferenças entre revisões

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não eram doze mil, eram dois
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Glauco Mattoso é citado por [[Caetano Veloso]] na sua música ''Língua''.
 
Glauco Mattoso em fevereiro de 2008 completou dozedois mil e trezentos sonetos de uma série iniciada em 1999, superando a histórica marca do italiano [[Giuseppe Belli]] (1791-1863), que, em 1849, teria composto, segundo consta, seu [[soneto]] de número 2.279 numa obra produzida mormente entre 1830 e 1839. Mattoso tem com Belli outra afinidade, além da copiosa produção: a [[sátira]] fescenina, que abusa da [[pornografia]] e da [[escatologia]]. Também no aspecto lingüístico há paralelos: Belli versejava no dialeto romanesco <ref>http://en.wikipedia.org/wiki/Romanesco</ref>, falado na periferia da capital italiana, enquanto Mattoso incorpora ao português brasileiro as gírias suburbanas e os neologismos contraculturais da segunda metade do século XX, de mistura com o vernáculo castiço e com o rigor formal, típicos do soneto clássico, composto em decassílabos predominantemente heróicos. A diferença entre ambos os "malditos" está na postura: Belli cedeu às pressões moralistas e aderiu à autoridade católica, renegando o anticlericalismo que caracterizara sua temática; Mattoso se mantém anarquicamente independente de quaisquer ideologias ou fisiologias, fiel unicamente à sua biografia de cego sadomasoquista e fetichista. Belli, mundialmente reconhecido, foi traduzido também para o inglês; Mattoso, que tem sido objeto de estudos acadêmicos na América Latina e nos Estados Unidos, alcança agora as universidades européias.
Glauco também traduziu A Bíblia skinhead - Espirito de 69 de George Marshall, cujo nome original é Spirit of 69' A Bible of Skinhead.