Neurose: diferenças entre revisões

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m Adendo dos reflexos da neurose na família
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S. O. Hoffmann e G. Hochapfel<ref name="Hoffmann"></ref> fazem notar que a atual classificação dos transtornos mentais, por ser meramente descritiva, não faz jus à complexidade dos transtornos mentais, reduzindo-os a seus sintomas observáveis. M. Perrez e U. Baumann<ref name="Perrez"></ref> observam, por outro lado, que, apesar de não corresponderem a essa complexidade, os atuais sistemas representam uma base comum ao diálogo entre as diferentes escolas de [[psicoterapia]].
 
Adendo sobre o neurótico sobre a verdade:
 
A neurose reflete de inúmeras maneiras conforme a personalidade do indivíduo, a forma como ele foi interpretado ao longo dos anos, os fatores que geraram a neurose, dentre outras incontáveis situações, por exemplo, um indivíduo que foi espancado, pode ficar neurótico acreditando que a cada esquina alguém o espera para espancá-lo novamente, ou se tal espancamento não houve motivo claro, poderá ficar imaginando que todos que o cercam podem ter sido os mandantes de tal ação, isso acontece em casos de roubo, abandono, mentiras, traições, relações mal resolvidas, etc. Ou seja, tudo aquilo que o indíviduo acreditava que nunca aconteceria com ele e acaba acontecendo.
 
Difícil para uma pessoa normal ter noção do sofrimento de uma pessoa que sofre de neurose, para ele as coisas são terríveis e pertubadoras, uma simples pergunta não respondida, a existência de alguém que ele julga ser ameaça, a falta de apoio, o desprezo, a insegurança são motivos de quase morte.
 
Mas vamos tratar de um assunto muito em voga hoje em dia: A neurose pela verdade e seus reflexos na família.
 
Em primeiro lugar, o indivíduo deve procurar ou ser encaminhado para uma ajuda especializada, um profissional que o oriente a lidar com tal situação, que poderá ser por terapia, por medicação, ou pelo conjunto dos dois. 
 
A família tem papel fundamental na cura de um neurótico, digamos por exemplo que o neurótico é compulsivo pela verdade, ou seja, para ele todos mentem ou escondem alguma coisa. Sendo assim, as pessoas que o cercam, devem ser totalmente transparentes com ele, falar sempre a verdade, mesmo que essa seja dolorosa, relatos que o neurótico julgue ilógico, pra ele será interpretado como mentira, e ele passará a vida buscando a verdade que ele julga existir.
 
Às vezes mentimos para proteger alguém, até mesmo para proteger a pessoa para qual mentimos, mas no caso da neurose, isso só piora a situação, pois a percepção que ele tem da mentira passa a ser muito apurada, pois a mente dele aprende a ler os sinais da mentira, estudos indicam que os melhores investigadores são neuróticos pela verdade, pois conseguem encontrar a mentira onde outros não conseguem. A omissão é um fator delicado, para um paciente neurótico que descobre algo que poderia ser simplesmente lhe falado antes, será interpretado que tal coisa foi dele escondida por existir toda um repugnante cenário por trás. Isso deve ser evitado.
 
Um caso clássico é aquele que envolve várias pessoas e um determinado fato, se a história que ele vem a saber dos envolvidos não combinarem, com certeza ele irá acreditar que algo está sendo escondido dele, e ele irá se afundar num mar de desespero até conseguir a verdade ou aceitar de vez que todos mentiram pra ele.
 
Perder a paciência com um neurótico, é interpretado por ele de forma automática como se a pessoa está mentindo pra ele, então a família terá que trabalhar o modo como lidar com as constantes questões levantadas pelo paciente. Quanto mais claras forem as coisas, menos o paciente sofrerá e mais chances de cura ele terá. Temos que ter em mente o seguinte, para um paciênte neste estado, não existe mentiras pequenas, todas são imensas e dolorosas. O neurótico geralmente só encontra a cura quando se afasta das pessoas que mentem pra ele, ou quando ele por si descobre a verdade, e isso acontecendo repetidas vezes, ele acaba adquirindo confiança novamente.
 
Um dos fatores mais complicados na vida de um neurótico, são as relações amorosas, pois apesar de ter sentimentos profundos pelo companheiro(a), poderá acontecer que um dia ele descubra uma pequena mentira que seja, com isso um inferno recaíra sobre a relação, pois ele passará a imaginar que seu companheiro(a) não é mais de confiança, e passará a questionar coisas que para a outra pessoa podem parecer normais ou sem importância. O advento da tecnologia, veio complicar esse quadro, pois celulares esquecidos, desligados, descarregados, senhas, redes sociais, são um verdadeiro tormento para o neurótico, a não ser que ele confie plenamente em seu parceiro. Um neurótico não aceita privacidade, pois pra ele isso é apenas um meio de esconder a verdade. Geralmente relações com uma pessoa que sofre com neurose tem poucas chances de dar certo, pois hoje em dia, todas as pessoas tem suas pequenas e grandes mentiras e não aceitam serem controlados, monitorados ou dar satisfações todo o tempo, mas infelizmente só dessa maneira, e com um devido tratamento, um neurótico poderá se tornar uma pessoa normal novamente.
 
O parceiro de um paciente nessas condições não pode fazer questão dessas coisas, pelo menos até que seu parceiro consiga controlar seu distúrbio.
 
Obter a confiança de um neurótico, é algo, difícil, mas não impossível. Depende do quanto o parceiro acha que vale a pena manter a relação.
 
Como estamos falando da neurose ligada à verdade, citarei os piores casos que agravam o quadro de um paciente nessas condições, em uma relação conjugal.
 
-Descoberta de traição, sendo esta perdoada pelo paciente;
 
-Manter contato com amigos não aprovados (homens ou mulheres);
 
-Manter contato com pessoas as quais o parceiro já teve algum envolvimento emocional, sentimental ou sexual, se isso não é aprovado pelo paciente;
 
-Manter contatos com amigos ou pessoas que mesmo sabendo do compromisso firmado entre o casal, insinua desejo, faz cantadas ou elogios;
 
-Recorrência de celulares desligados, fora de área, etc;
 
-Não responder à altura, e de forma clara e pública, que é comprometido(a) quando alguém conhecido ou não lhe corteja ou faz algum elogio inapropriado;
 
-Não ter destino diário certo ou este ser de difícil localização;
 
-Manter contatos com pessoas que não são do conhecimento do paciente;
 
-Fazer questão de privacidade em agendas, celulares e redes sociais;
 
Ou só abrir mão de determinada coisa, se o paciente também o fizer;
 
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