Tendo recebido de [[João III de Portugal]] em [[1535]] a [[Capitania do Maranhão]], associou-se a [[Fernando Álvares de Andrade]] e [[João de Barros]], que organizaram uma expedição para colonizar a região norte do Brasil. Em novembro de 1535 a expedição aportou na [[Capitania de Pernambuco]], onde recebeu auxílio de [[Duarte da Costa]]. Rumando para o norte, para a costa do Maranhão, um violento temporal fez naufragar a embarcação, perecendo a maior parte de seus integrantes.
Aires da Cunha juntamente a João de Barros foram responsáveis pela composição do Rio Grande do Norte e Maranhão.
Os capitães por meio da carta de doação, assegurava-se em regime vitalício e hereditário a posse da faixa territorial ao capitão donatário. Por meio do foram, definiam-se os direitos e as obrigações do respectivo donatário.
Ao capitão ficavam asseguradas as salinas, moedas de água e quaisquer outros engenhos da capitania. Podia escravizar índios em número indeterminado, mas teriam que enviar 39 para Lisboa, anualmente. Poderia ainda ficar com a vigésima parte da renda da madeira pau-brasil.
Ao capitão ficava também assegurado o direito de instituir e arrecadar impostos, criar vilas, administrar a justiça e doar sesmaria(lotes de terras que em média possuíam 1,5 a 3 léguas quadradas) na forma de propriedade a quem comprovasse recursos para explora-las. Este último direito assegurava ao capitão donatário um instrumento estratégico utilizado para promover a ocupação do seu espaço territorial.
Em contrapartida, era obrigação do donatário promover a administração e a defesa da faixa com os seus próprios recursos, bem como assegurar a divulgação da fé católica.
