Nova Zembla: diferenças entre revisões

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A ''[[Tsar Bomba]]'' foi detonada às 11:32, aproximadamente 73.85° N 54.50° E [1] sobre o campo de testes na Baía de Mityushikha, ao norte do Círculo Polar Ártico na ilha de Nova Zembla. Ela foi lançada de uma altitude de 10.500 metros, e programada para detonar a 4.000 metros acima da superfície terrestre (4.200 metros acima do nível do mar) por sensores barométricos.
 
A “Tsar Bomba” era uma [[bomba de hidrogênio]] de estágios múltiplos com uma potência em torno de 50 [megatons] (Mt). O design inicial trifásico ([[fissão nuclear|fissão]]-[[fusão nuclear|fusão]]-[[fissão nuclear|fissão]]) era capaz de liberar aproximadamente 100 Mt, mas o resultado seria um excesso de resíduos e partículas [[radioactividade|radioativas]] liberadas na atmosfera. Para limitar os efeitos dos resíduos radioativos, o terceiro estágio, que consistia de uma couraça para a fissão de [[Urânio 238]] (o que ampliava muito a reação, fissionando [[átomo]]s de [[urânio]] com [[neutrão|nêutrons]] mais rápidos da reação da fusão anterior), foi trocado por uma de [[chumbo]]. Isso eliminou a rápida [[fissão nuclear|fissão]] dos nêutrons resultantes da [[fusão nuclear|fusão]] (estágio 2), de forma que aproximadamente 97% do total da energia seria resultado apenas do estágio de fusão. Houve forte incentivo para a redução de potência, já que a maioria dos resíduos radioativos resultantes do teste da bomba acabaria chegando ao próprio território soviético.
 
O peso e o tamanho da Tsar Bomba limitaram o alcance e a velocidade do bombardeiro especialmente modificado que a carregava, o que a tornou impossível de ser carregada por um [[ICBM]] (''Intercontinental Ballistic Missile''). Muito de sua alta potência era ineficientemente irradiada pelo espaço. Foi estimado que, se detonada no seu design original de 100 Mt, o montante de resíduos radioativos seria correspondente a 25% de toda a radiação emitida na [[Terra]] desde a invenção das armas nucleares. Os soviéticos chegaram à conclusão de que um teste de tamanha potência criaria uma catástrofe nuclear e tinham a certeza de que o avião bombardeiro que a lançasse não alcançaria um lugar seguro após a detonação.