Vantagem comparativa: diferenças entre revisões

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→‎Teoria: Complemento da Teoria de vantagem comparativa de David Ricardo
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== Teoria ==
 
<ref>''Diferenças Tecnológicas e Vantagens Comparativas: O modelo Ricardiano''</ref><ref>''Diferenças Tecnológicas e Vantagens Comparativas: O modelo Ricardiano''</ref>
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A teoria foi formulada por [[David Ricardo]], que criou uma explicação sistemática no seu livro ''The Principles of Political Economy and Taxation'', usando um exemplo envolvendo [[Inglaterra]] e [[Portugal]]. Em Portugal, é possível produzir tanto [[vinho]] quanto [[tecidos]] com menos trabalho do que na Inglaterra. Entretanto, o '''custo relativo''' de se produzir tecido na Inglaterra é menor do que em Portugal. Ou seja, a Inglaterra tem um custo relativamente maior para produzir vinho e apenas custo moderado para produzir tecidos, sendo que Portugal tem facilidades para produzir os dois bens.<ref>''Diferenças Tecnológicas e Vantagens Comparativas: O modelo Ricardiano''</ref>A partir destas informações podemos notar que, com base nos coeficientes técnicos de trabalho, os quais são dados pela razão entre o período de uma hora e o produto produzido dentro desta uma hora, podemos notar que a Inglaterra possui ambos os coeficientes técnicos menores quando comparados com os de Portugal, de tal modo que isto evidencia as vantagens absolutas do primeiro frente ao segundo. Mesmo que seja mais barato produzir tecidos em Portugal, ainda seria melhor para Portugal produzir vinho e gerar excedente de produção e comprar tecidos fabricados pelos ingleses. A Inglaterra se beneficia deste comércio, pois o seu custo de produzir tecidos permanece o mesmo, mas pode agora obter vinho a custos menores do que antes. Portugal também se beneficiaria da especialização em vinho e também teria ganhos de comércio. Assim concluí-se que nesta forma antiga, que foi apresentada por Adam Smith em 1776, os preços seriam dados por vantagens absolutas de produtividade, para cada país e para cada atividade, isso traria consequências para Portugal, que não teria como competir com o consumidor britânico, ao passo que seria melhor para o consumidor português importar todos os bens da Inglaterra. Porém em ambos os países os preços não se comportam desta forma, e com a ausência de um numerário de preços vemos que o preço do vinho na Inglaterra seria dado pela razão de seu coeficiente técnico de trabalho e o coeficiente técnico de trabalho de Portugal para o mesmo bem, o mesmo ocorrendo para o tecido. Invertendo estas razões chegaríamos a um preço relativo inferior em Portugal para ao menos um destes bens, portanto o comércio internacional seria regido, como demonstrado por David Ricardo em 1831, através das vantagens comparativas e não das vantagens absolutas.
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