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[[Ficheiro:Pedro_Berruguete_Saint_Dominic_Presiding_over_an_Auto-da-fe_1495.jpg|thumb|250px|direita|[[Pedro Berruguete]]: ''[[São Domingos]] Presidindo a um auto-de-fé'' (1475). Visões artísticas que retratam o tema geralmente apresentam cenas de tortura e de pessoas queimando na fogueira durante os eventos/procedimentos, o que é historicamente difícil de se comprovar por documentos que façam referência a este tipo de violência da instituição que realizava e organizava a [[Santa Inquisição]].]]
 
'''Auto-de-fé''' ou '''auto-da-fé''' refere-se a eventos de [[penitência]] realizados publicamente (ou em espaços reservados para isso) com humilhação de [[heresia|Judeus, heréticos]] e [[Apostasia|apóstatas]] bem como punição aos cristãos-novos pelo não cumprimento ou vigilância da nova [[fé]] lhes outorgada, postos em prática pela [[Inquisição]], principalmente em [[Portugal]] e [[Espanha]].
 
As punições para os condenados pela Inquisição iam da obrigação de envergar um ''sambenito'' (espécie de capa ou [[tabardo]] penitencial), passando por ordens de prisão e, finalmente, em jeito de [[eufemismo]], o condenado era ''relaxado à justiça secular'', isto é, entregue aos [[carrasco]]s da Coroa (poder [[Secularismo|secular]], em oposição ao poder sagrado do [[clero]]). O estado secular procedia às execuções como punição a uma ofensa herética repetida, em consequência da condenação pelo tribunal religioso. Se os prisioneiros desta categoria continuassem a defender a heresia e repudiar a [[Igreja Católica]], eram [[Execução na fogueira|queimados vivos]](400.000 judeus foram queimados). Contudo, se mostrassem arrependimento e se decidissem reconciliar com o catolicismo, os carrascos procederiam ao "piedoso" acto de os [[estrangulamento|estrangular]] antes de acenderem a pira de lenha.
 
Os autos de fé decorriam em praças públicas e outros locais muito frequentados, tendo como assistência regular representantes da autoridade eclesiástica e civil.