Linha do Minho: diferenças entre revisões
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[[Ficheiro:Ponte Eiffel em Viana do Castelo.jpg|thumb|left|[[Ponte Eiffel|Ponte rodo-ferroviária Eiffel]], Viana do Castelo, ao PK 83 da Linha do Minho.]]
===Planeamento===
Já durante o planeamento da continuação da [[Linha do Leste]] até à fronteira com Espanha, em 1856, o rei [[D. Pedro V]] defendeu que, em vez de fazer a união fronteiriça por [[Elvas]] e [[Badajoz]], deveria ter sido realizada por [[Vigo]], passando pelo [[Porto]]; argumentou que este traçado ficaria mais próximo da fronteira francesa, do que a passagem por Badajoz.<ref>{{Citar periódico|ultimo=MURIEL|primeiro=Francisco Polo|paginas=41|data=Junho de 1989|titulo=Relaciones Ferroviárias España-Portugal: La Historia de un interés común|jornal=Via Libre|numero=305|
Em 1867, o Governo Português apresentou, após ter efectuado vários estudos, às Câmaras, os projectos para vários caminhos de ferro, em [[bitola ibérica]], que iriam ligar a cidade do
=== Construção até Braga e Valença e ligação às Linhas do Norte e do Porto à Póvoa===
As obras foram, assim, inauguradas em 8 de Maio de 1872, tendo o troço até [[Estação de Braga|Braga]] sido aberto à exploração no dia 20 de Maio de 1875<ref name=Gazeta1684/><ref name=CFP12>''Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006'', p. 12</ref>; a linha chegou a [[Barcelos]] em 21 de Outubro de 1877, a [[Caminha]] no dia 1 de Julho de 1878, a [[São Pedro da Torre]] em 15 de Janeiro de 1879, e até [[Estação Ferroviária de Valença|Valença]] em 6 de Agosto de 1882.<ref name=Gazeta1684/><ref name=CFR12>Martins et al, 1996:12</ref><ref>''História de Portugal em Datas'', p. 227</ref>
Em 5 de Novembro de 1877, foi inaugurado o troço da [[Linha do Norte]] entre [[Estação de Vila Nova de Gaia|Vila Nova de Gaia]] e [[Porto Campanhã|Campanhã]], permitindo desta forma ligar as vias a Norte do Douro entretanto construídas à rede nacional.<ref name=CP>{{citar web|título=Cronologia|publicado=Comboios de Portugal|url=http://www.cp.pt/cp/displayPage.do?vgnextoid=d5433cddefcb7010VgnVCM1000007b01a8c0RCRD
Em 1881, a [[Linha do Porto à Póvoa e Famalicão|Linha do Porto à Póvoa]] foi ligada à [[Estação Ferroviária de Famalicão|Estação de Famalicão]], na Linha do Minho, unindo, assim, esta localidade ao
===Ligação à rede espanhola e construção da Estação de São Bento===
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{{artigo principal|Estação Ferroviária de Porto-São Bento}}
Até à construção da [[Estação de São Bento]], a principal interface ferroviária do Porto era a
===Continuação da linha até Monção===
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O primeiro projecto para a continuação da Linha do Minho a partir de Valença foi apresentado em 22 de Novembro de 1894, quando foi autorizada a construção de uma via de [[Carro americano|Carros americanos]], com 1 metro de bitola; no entanto, em 11 de Janeiro de 1896, data em que foi concedida a utilização de tracção a vapor, ainda não se tinha iniciado a construção.<ref name=Gazeta1684/> Com efeito, os concessionários não lograram obter o apoio das autoridades locais, devido aos reduzidos recursos económicos de que estas dispunham, pelo que tentaram encontrar outras fontes de apoio financeiro, sem sucesso.<ref name=Gazeta343/> Formou-se, então, um sindicato de capitalistas, que entregaram o planeamento da linha ao conceituado engenheiro [[Justino Teixeira]].<ref name=Gazeta343/> O estudo e o ante-projecto do ''Caminho de Ferro de Valença a Monsão'', como era denominado, apresentava cerca de 45 km de comprimento, previa a ligação directa à [[Estação de Valença]], e antecipava desde logo a hipótese de se utilizar tracção eléctrica, que se considerava mais eficiente e económica.<ref name=Gazeta343/> Procurou-se obter fundos a partir de negócios em [[África]], tentativa que falhou.<ref name=Gazeta343/> Mesmo assim, os concessionários formaram uma companhia, e apresentaram uma proposta de lei às [[Câmara Legislativa|Câmaras Legislativas]], que concedia uma garantia de juro de 5% durante 30 anos, sobre os capitais investidos naquele empreendimento.<ref name=Gazeta343>{{Citar periódico|data=1 de Abril de 1902|titulo=Linha do Alto Minho|jornal=gazeta dos Caminhos de Ferro|volume=15|numero=343|paginas=97, 98|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1902/N343/N343_master/GazetaCFN343.pdf|acessadoem=9 de Janeiro de 2013}}</ref>
Este projecto foi incluído, em
Uma portaria de 5 de Março de 1904, complementada por um despacho de 27 de Setembro do mesmo ano, ordenou a realização dos estudos para a construção em via larga, e um despacho de 30 de Setembro prescreveu a autorização para a linha dos carros americanos, por ter já sido terminado o último prazo para o seu início.<ref name=Gazeta1684/>
As portarias de 11 de Outubro de 1905 e de 1 de Abril de 1911 aprovaram os projectos e os respectivos orçamentos para o troço entre Valença e Monção, e para a estação nesta localidade, tendo a primeira parte, entre
===Século XX===
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Na transição para o Século XX, o tipo de carril dominante nas linhas do Douro e Minho era do tipo ''[[Trilho#partes|vignol]]'' de aço, de 30 kg/m; usava-se junta apoiada, com as travessas intermédias espaçadas em aproximadamente 90 cm.<ref name=Gazeta363/> Em teoria, o trabalho do carril deveria ser de 10,8 Kg/m, mas na realidade este valor era por vezes muito ultrapassado.<ref name=Gazeta363/> Devido ao elevado esforço a que o carril era obrigado, a Direcção do Porto e Minho propôs que o peso do carril fosse aumentado para 36 kg/m; também se alvitrou o alongamento dos carris para 12 metros, ficando, assim, o carril com um peso de 36,4 kg por metro.<ref name=Gazeta363/> As travessas também deveriam passar a ser espaçadas 95 cm entre si, reduzindo o trabalho a 7,9 kg/m.<ref name=Gazeta363/> Os novos carris possuíam almas e sapatas mais espessas e mais largas, mas a cabeça de dimensões iguais aos carris de 30 Kg, para facilitar a ligação entre os dois tipos.<ref name=Gazeta363/> A proposta foi aceite por um despacho ministerial de 1 de Abril de 1901, tendo o novo material sido adquirido por concurso.<ref name=Gazeta363/> A via foi desde logo substituída entre as Estações de Campanhã e Ermesinde, tendo os restantes troços nas Linhas do Douro e Minho sido gradualmente renovados.<ref name=Gazeta363/>
Nos inícios do Século XX, a Linha do Minho era uma das mais atingidas pelos atentados contra os comboios, como tiros e lançamento de pedras contra as composições em marcha, e sabotagem da via com vista a provocar descarrilamentos.<ref>{{Citar periódico|titulo=Selvagerias|paginas=229|data=1 de Agosto de 1902|
Em finais de 1902, já tinha sido enviado, ao Conselho Superior de Obras Públicas, o anteprojecto para a [[Estação de Contumil]], ao quilómetro 2,5 da Linha do Minho, que serviria de entroncamento entre este caminho de ferro e o [[Linha de Leixões|Ramal de Leixões]], e de apoio oficinal a [[Estação de Campanhã|Campanhã]]; estava, igualmente, prevista a duplicação da via entre estas duas estações.<ref>{{citar jornal|data=16 de Novembro de 1902|titulo=Linhas Portuguezas|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|volume=15|numero=358|paginas=346|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1902/N358/N358_master/GazetaCFN358.pdf|acessadoem=9 de Janeiro de 2013}}</ref> Em Fevereiro de 1903, previa-se que as obras de duplicação de via principiassem em poucos meses, logo após a conclusão da ultima empreitada de terraplanagens na Estação de São Bento.<ref name=Gazeta363>{{Citar periódico|autor=[[José Fernando de Sousa|SOUSA, José Fernando de]]
Em 1971, começou a circular, por esta ligação, o [[TER Corunha - Porto]], que, logo no ano seguinte, foi encurtado de Corunha para Vigo; este serviço durou até 1976, ano em que esta ligação passou a ser realizada por automotoras dos [[Caminhos de Ferro Portugueses]].<ref>{{Citar periódico|ultimo=IGLESIAS|primeiro=Javier Roselló|data=Março de 1985|titulo=El TER, Veinte Años Despues (y2)|jornal=Carril|numero=11|paginas=11, 14|local=Barcelona|idioma=Espanhol|editora=Associació d'Amics del Ferrocarril-Barcelona}}</ref>
O troço entre Monção e [[Estação Ferroviária de Valença|Valença]] foi desactivado em 31 de Dezembro de 1989.<ref name=Publico2004>{{citar web|título=Valença-Monção: antiga linha de caminho de ferro reabre como ecopista|data=9 de Novembro de 2004|publicado=Público|url=http://www.publico.pt/Local/valencamoncao-antiga-linha-de-caminho-de-ferro-reabre-como-ecopista_1207979
===Século XXI===
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===Projectos futuros===
Estão em curso uma série de investimentos para a linha do Minho, fruto do aproveitamento de parte desta linha para a linha de alta velocidade
Assim torna-se necessário resolver alguns constrangimentos existentes na linha do Minho; está projectada a quadruplicação da linha entre
==Ver também==
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