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eu acrescentei a historia de Glorinha desde os primórdios em 1906 até a fundação do município
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'''Glorinha''' é um [[município]] [[brasil]]eiro do [[Unidades federativas do Brasil|estado]] do [[Rio Grande do Sul]].
 
== História ==
<strong>1906: A CAPELA DE NOSSA SENHORA DA GLÓRIA ABENÇOA O NASCIMENTO DE UMA POVOAÇÃO</strong>
 
Em 1834, o Município de Gravataí Região Metropolitana de Porto Alegre - dividia-se em três distritos: Costa de Sapucaia, Freguesia da Aldeia dos Anjos e Passo Grande, mais tarde também conhecido como Rua da Glória. Nas laterais dessa "rua" - em verdade, uma estradinha ainda com traçado bastante primitivo, formava-se uma pequena vila, habitada por agricultores e pecuaristas, em sua maioria descendente de colonos portugueses.
 
Este singelo núcleo de moradores movimentava-se num cenário composto por meia dezena de casas de comércio (açougue, armazém de secos e molhados, quitandas com frutas e verduras, etc.), um clube recreativo, uma escola e uma primeira Capela Católica, construída pelos próprios colonos, onde, aos fins de semana, assistiam às missa e celebravam festas religiosas.
Em 1906, essa capelinha original é praticamente reconstruída e batizada como Igreja Matriz Nossa Senhora da Glória, com o Distrito de Passo Grande experimentando avanços importantes no seu desenvolvimento, pois por ali cruzava a estrada que era o único elo de acesso entre a Capital e o Litoral Norte, passagem obrigatória para os ousados "veranistas" que faziam sua longa viagem a caminho das praias.
A Rua da Glória também era rota tradicional de tropeiros, caixeiros-viajantes e carreteiros, que aproveitavam a sombra de inúmeras figueiras - às época já centenárias e comuns na região- para o seu descanso e pernoite, criando uma aconchegante e movimentada pousada ao ar livre.
 
<strong>PASSO GRANDE - RUA DA GLÓRIA - VILA DA GLORINHA - NOSSA SENHORA DA GLORINHA</strong>
 
Por volta de 1910, a povoação começou ser corriqueira e carinhosamente identificada como a Vila da Glorinha - o nome de sua Santa Padroeira passa, de modo curioso, a representar, ao mesmo tempo, a denominação do próprio vilarejo: Nossa Senhora da Glorinha.
E é como Glorinha que logo depois transforma-se em Distrito, subordinado administrativamente às Prefeitura de Gravataí. Seu território já abriga outras etnias, além dos pioneiros portugueses/açorianos, dos contingentes de negros libertos da escravidão e dos descendentes de índios missionados que por ali viviam: são os alemães e italianos, cuja característica habilidade para a agricultura e a pecuária gera resultados muito produtivos, como a acentuada cultura da mandioca, que chegou a ser, por várias décadas, a principal riqueza da economia da região. A fabricação dos derivados da mandioca disputava espaço com outras indústrias caseiras, como os engenhos de cana-de-açúcar e alambiques.
 
Aos poucos, os alemães diversificaram suas atividades, instalando serrarias, selarias, sapatarias, ferrarias, e melhorando a agricultura de subsistência, do que se originou, por parte das outras etnias, uma forte assimilação quanto ao modo de trabalhar e de desenvolver uma rica gastronomia típica.
No início do século XX, edificou-se a Capela Evangélica de Confissão Luterana, na localidade de Rincão de São João e,em 1932, a Capela Nossa Senhora da Glória foi, finalmente, elevada às categoria de Matriz.
Em 1936, a pioneira estrada de chão batido que cortava a Vila da Glorinha desde os tempos em que era chamada Passo Grande, é inaugurada como a primeira via asfaltada do Estado - a RS-030.
A partir da primeira década de 1960, com a diversificação gradual da economia brasileira, Glorinha passou a ser a mais importante bacia leiteira do Rio Grande do Sul, com o leite e seus derivados despontando e consolidando-se como principal fonte de riqueza do Distrito, ao lado da comercialização de produtos derivados do leite de cabra, engenhos de arroz, atafonas, atividade agrícola desde hortifrutigranjeiros - cultivados em estufa - às piscicultura e às pecuária de corte, somando-se a emergentes indústrias de lacticínios e ao grande potencial natural da região, próprio para o desenvolvimento do turismo rural e ecológico.
 
<strong>TEMPOS DIFÍCEIS PARA O DISTRITO DE GLORINHA</strong>
 
Toda esta pujança no entanto, pouco representava em retorno para o progresso específico do Distrito, distante de sua sede, Gravataí.
 
Em 1972, com a construção da auto-estrada BR-290 (a primeira freeway do país, ligando Porto Alegre a Osório em sentidos expressos, os antigos viajantes da Rua da Glória - depois a estadual RS-030 - mudaram de trajeto e Glorinha ficou como que esquecida, sofrendo um impacto negativo em seu mercado de serviços e na comercialização dos produtos típicos gerados por centenas de pequenos trabalhadores rurais da região. 
Este período recessivo é ainda mais agravado pelo crescimento vertiginoso da região metropolitana, com Gravataí - chamado então de município-mãe de Glorinha - tornando-se tipicamente urbano e investindo em políticas administrativas voltadas para uma industrialização frenética, em detrimento de sua zona rural, desprezada em atenção e recursos.
Foi exatamente este impasse, estabelecido em pleno início da primeira década de 1980 entre a população e as inquietas lideranças do cada vez mais empobrecido Distrito de Glorinha, que provocou a centelha de um sonho de "independência", a busca ansiada da autodeterminação, a construção do próprio caminho e a decisão de um futuro mais digno.
A nascente palavra-de-ordem tinha um significado e peso mais do que absoluto: EMANCIPAÇÃO!
Esta conquista histórica aconteceu em 4 de maio de 1988, há exatos quinze anos. Pela Lei n° 8590, assinada pelo então governador Pedro Simon, nascia o Município de Glorinha, hoje um dos mais prósperos do Estado do Rio Grande do Sul.
==Geografia==
Pertence à [[Mesorregião Metropolitana de Porto Alegre]] e à [[Microrregião Porto Alegre]]. É um município que conta com as águas dos rios Gravataí e[[rio dos Sinos| dos Sinos]].