José de Mascarenhas da Silva e Lencastre, Duque de Aveiro: diferenças entre revisões

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'''D. José de Mascarenhas da Silva e Lencastre''', 5.º [[marquês de Gouveia]], 8.º [[conde de Santa Cruz]] e 8.º [[duque de Aveiro]], ([[Lisboa]], [[2 de Outubro]] de [[1708]] – [[Santa Maria de Belém]], [[13 de Janeiro]] de [[1759]]), fidalgo da Casa Real, titular de uma das mais aristocráticas e poderosas famílias portuguesas e um dos condenados no [[processo dos Távoras]]. Foi barbaramente executado no lugar de Bélem, então uma povoação dos arrabaldes de Lisboa, num patíbulo expressamente erigido para punir os indiciados no processo dos Távoras.
 
Apresentou-se ao litígio pela morte do duque de Aveiro por ser descendente do 3º Duque de Aveiro, pois sua filha D. Maria de Lencastre tinha-se casaco com um Marquês de Gouveia). Frei Gaspar, primeiro ministro do rei D. [[João V]], favoreceu sua pretensão, pois eram tio e sobrinho. Conseguiu em [[1749]] sentença a seu favor, confirmada três anos mais tarde pela Relação de Lisboa; D. José tomou posse da casa e ducado de Aveiro, de que foi o 8º e último Duque.
 
==Biografia==
José de Mascarenhas nasceu em Lisboa aem 2 de Outubro de 1708, filho segundo do 3.º [[marquês de Gouveia]] e 6.º [[conde de Santa Cruz]], D. [[Martinho de Mascarenhas]], e de sua mulher, D. Inácia Rosa de Távora, filha de António Luís de Távora, 2.º [[marquês de Távora]].
 
Sendo filho segundo, foi destinado por seu pai para a vida eclesiástica, pelo que foi porcionista do colégio de S. Pedro da [[Universidade de Coimbra]], seguindo uma formação que o deveria ter mantido afastado da vida política e da corte. Contudo, o seu irmão mais velho, D. João de Mascarenhas, o 4.º marquês de Gouveia e 7.º conde de Santa Cruz, apesar de casado, apaixonou-se por uma mulher também casada e fugiu com ela para o estrangeiro (Inglaterra), já que o crime de adultério era então severamente punido. Foi assim forçado a renunciar à sua casa e títulos a favor do seu irmão D. José de Mascarenhas, ficando este com uma posição de destaque na corte que lhe não estava destinada.
 
Casou em 1739 com D. Leonor de Távora, filha do 2.º [[conde de Alvor]], e irmã do 3.º [[marquês de Távora]], também de uma das mais poderosas famílias da aristocracia portuguesa., acumulando assim um imenso poder e influência política.
 
SendoComo filho segundo, foi destinado por seu pai para aà vida eclesiástica, pelo que foisendo porcionista do colégio de S. Pedro da [[Universidade de Coimbra]], seguindo umaa formação que o deveria ter mantido afastado da vida política e da corte. Contudo, o seu irmão mais velho, D. João de Mascarenhas, o 4.º marquês de Gouveia e 7.º conde de Santa Cruz, apesar de casado, apaixonou-se por uma mulher também casada e fugiu com ela para o estrangeiro (Inglaterra), já quepois o crime de adultério era então severamente punido. Foi assim forçadoForçado a renunciar à sua casa e títulos a favor do seu irmão D. José de Mascarenhas, ficando este ficou com uma posição de destaque na corte que lhe não estava destinada.
Esse poder foi ainda grandemente aumentado quando, por falecer solteiro e sem filhos legitimados, o 7.º duque de Aveiro, D. Gabriel de Lencastre Ponce de Leon, D. José de Mascarenhas conseguiu em [[1749]] obter sentença que o habilitou como herdeiro daquele titular, reunindo assim na sua casa os títulos de marquês de Gouveia, marquês de santa Cruz e de duque de Aveiro.
 
EsseCasou em 1739 com D. Leonor de Távora, filha do 2.º [[conde de Alvor]], e irmã do 3º [[marquês de Távora]], de uma das mais poderosas famílias da aristocracia portuguesa., acumulando assim um imenso poder e influência política. O poder foi ainda grandemente aumentado quando, por falecer solteiro e sem filhos legitimados, o 7.º duque de Aveiro, D. [[Gabriel de Lencastre Ponce de LeonLeón]], D. José de Mascarenhas conseguiu do tio, em [[1749]] obter, sentença que o habilitou como herdeiro daquele titular, reunindo assim na sua casa os títulos de marquês de Gouveia, marquês de santaSanta Cruz e de duque de Aveiro.
A sucessão neste último título, o de duque de Aveiro, foi conseguido numa grande demanda entre um sobrinho do falecido duque, D. António de Lencastre Ponce de Leon, e D. José de Mascarenhas, que se apresentava com direito à casa e ducado de Aveiro, por ser descendente do 3.º duque daquele título, cuja filha, D. Maria de Lencastre, casara com o 1.º marquês de Gouveia. A pretensão foi favorecida por seu tio, frei Gaspar da Encarnação, então o principal ministro de D. João V. O título foi-lhe confirmada em 1752 pela Relação de Lisboa.
 
A sucessão neste último título, o de duque de Aveiro, foi conseguido numa grande demanda entre um sobrinho do falecido duque, D. António de Lencastre Ponce de León, e D. José de Mascarenhas, que se apresentava com direito à casa e ducado de Aveiro, por ser descendente do 3.º duque daquele título. A pretensão foi favorecida por seu tio, frei Gaspar da Encarnação, então o principal ministro de D. João V. O título foi-lhe confirmada em 1752 pela Relação de Lisboa. Com tudo isto, D. José de Mascarenhas tornou-se senhor das vilas, morgados e comendas das casas de Gouveia e de Santa Cruz, mordomo-mor da casa de D. [[João V de Portugal|João V]], que o nomeou presidente do Desembargo do Paço, com posse a [[30 de Agosto]] de [[1749]], e ainda da casa e ducado de Aveiro, na qual exigiu que lhe fossem dadas as importantes comendas que, embora sem fazerem parte da casa de Aveiro, tinham sido administradas pelos duques seus antecessores
 
Tornando-se excessivamente orgulhoso a altivo, projectou casar seu filho D. Martinho Mascarenhas, marquês de Gouveia, com a filha mais velha do [[duque de Cadaval]], projectando a possibilidade de reunir no seu herdeiro essas duas nobilíssimas e poderosas casas. O seu imenso poder e tais pretensões tornaram-no num sério rival da casa reinante, com a qual rivalizava em riqueza e influência.
 
Consciente do poder que o 8.º duque de Aveiro acumulara, o rei, e particularmente o seu ministro [[Sebastião José de Carvalho e Melo]], mais tarde [[conde de Oeiras]] e [[marquês de Pombal]], colocaram sucessivas dificuldades na realização do enlace do filho com a herdeira da casa de Cadaval.