Contador Geiger: diferenças entre revisões

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No entanto, como os elétrons possuem uma massa muito inferior à dos cátions, atingem mais rapidamente o ânodo, podendo, nesse processo, em função da diferença de potencial aplicada, ganhar energia cinética suficiente para provocarem mais ionizações durante o seu trajeto, a chamada ionização secundária. Inicia-se assim um processo de multiplicação de cargas.<ref name=":0" /> Se a diferença de potencial aplicada ao tubo for suficientemente elevada, há a perda da proporcionalidade entre a energia da partícula inicial e a amplitude do sinal de saída. Nessa região, chamada de região Geiger-Müller, que é onde opera esse tipo de contador, mesmo que a partícula incidente produza uma ionização pequena, a ionização secundária espalha-se por todo o gás, produzindo uma avalanche de elétrons e gerando assim um pulso elétrico mensurável(descarga de Geiger). <ref name=":0" />
 
Ainda, se a diferença de potencial aplicada nos eletrodos for muito elevada, pode-se entrar numa região de descarga contínua, o que pode danificar de forma permanente o tubo. Na figura ao lado, observa-se a intensidade do pulso em função da tensão aplicada, demarcando-se as regiões de operação de cada tipo de detector de ionização de gás. <ref name=":2">Centronics, "Geiger Müller Tubes", http://www.centronic.co.uk/downloads/Geiger_Tube_theory.pdf, página visitada em 07/05/2014</ref>
 
Nos detectores Geiger-Müller, logo após uma descarga de Geiger, o campo elétrico no interior do tubo é reduzido devido ao acúmulo de cátions, os quais, por sua maior massa e consequente menor mobilidade, demoram mais para chegar ao cátodo que os elétrons ao ânodo. Durante esse tempo, da ordem de 50 a 100 μs, o chamado “tempo morto” <math> \tau </math>, se outro evento ionizante ocorrer, o novo pulso não será observado pois a multiplicação do gás estará impedida. <ref name=":0" />
 
Além disso, se durante a migração dos cátions o campo elétrico tiver sido restaurado a ponto de permitir uma nova descarga, mas não plenamente recomposto a seu valor inicial, o novo pulso terá amplitude inferior à do pulso inicial e poderá não ser contabilizado. Assim, o tempo necessário para que o contador produza duas descargas de mesma intensidade é chamado de tempo de recuperação <math> t_r </math>. Também, nesse tipo de detector, se uma amostra radioativa é posicionada na janela do tubo e a voltagem do mesmo é varrida lentamente em pequenos intervalos, desde baixas tensões, o tubo não começa a contar imediatamente, apenas quando atinge a “voltagem de partida”, na qual a avalanche de elétrons é capaz de começar a produzir um sinal. Se o potencial for aumentado após esse ponto, a taxa de contagens aumenta a rapidamente e então se estabiliza, na região de potencial conhecida como limiar de Geiger.
 
Nesse tipo de detector, se uma amostra radioativa é posicionada na janela do tubo e a voltagem do mesmo é varrida lentamente em pequenos intervalos, desde baixas tensões, o tubo não começa a contar imediatamente, apenas quando atinge a “voltagem de partida”, na qual a avalanche de elétrons é capaz de começar a produzir um sinal. Se o potencial for aumentado após esse ponto, a taxa de contagens aumenta a rapidamente e então se estabiliza, na região de potencial conhecida como limiar de Geiger. Passada essa região, o aumento na voltagem leva a incrementos muito pequenos na taxa de contagem, constituindo assim um patamar, o qual, idealmente não deve ter uma inclinação apreciável e cujo fim se dá quando o aumento do potencial produz um novo acréscimo acentuado do número de contagens, indicando que a região de descarga contínua foi atingida.<ref name=":2" />
 
contínua foi atingida.
 
== Ver também ==