Álvaro Lins: diferenças entre revisões

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'''Álvaro de Barros Lins''' ([[Caruaru]], [[{{dtlink|lang=br|14 de dezembro]] de [[|12|1912]]}} — [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], [[{{dtlink|lang=br|4 de junho]] de [[|6|1970]]}}) foi um [[advogado]], [[jornalista]], [[professor]] e [[crítico literário]] [[brasileiro]], membro da [[Academia Brasileira de Letras]]. Foi casadoCasado com [[Heloísa Ramos Lins]], com quem teve dois filhos.
 
==Carreira jornalística==
Filho de Pedro Alexandrino Lins e de Francisca de Barros Lins, Álvaro Lins fez o curso primário em sua cidade natal, mudando-se para cursar o secundário no Colégio Salesiano e no Ginásio Padre Félix, ambos no [[Recife]].
 
Ali ingressou na [[Faculdade de Direito]] da Universidade de Recife em [[1931]], [[bacharel|bacharelando-se]] em [[1935]]. Aos 20 anos, como representante do Diretório de Estudantes, produziu seu primeiro trabalho cultural, chamado ''A universidade como escola de homens públicos''. No período de [[1932]] a [[1940]], foi também professor de [[Geografiageografia]] Geralgeral e de [[Históriahistória]] da Civilizaçãocivilização em várias escolas da cidade.
 
Em outubro de 1934, convidado pelo então [[interventor]] e, mais tarde, [[governador de Pernambuco]], [[Carlos de Lima Cavalcanti]], assumiu o cargo de Secretário do Governo Estadual. Fez parte, em 1936, da chapa do [[Partido Social Democrático (1945-2003)|Partido Social Democrático]] (PSD) de [[Pernambuco]], para concorrer a uma vaga na [[Câmara dos Deputados]]. Contudo, o golpe que instaurou o [[Estado Novo (Brasil)|Estado Novo]] interrompeu as eleições e Álvaro Lins deixou a Secretaria do Estado em novembro de [[1937]] e esqueceu seus planos políticos.
 
Firmou-se, a partir daí, no [[jornalismo]], exercendo-o no Diário da Manhã de Pernambuco, no período de 1937 a 1940, onde foi [[redator]] e [[diretor]]. Transferindo-se para o [[Rio de Janeiro]], iniciou a fazer crítica literária, gênero que lhe deu fama nacional. Ali, foi jornalista do Diário de Notícias, Diários Associados, entre 1939 e 1940, e redator-chefe do Correio da Manhã, de [[1940]] a [[1956]]. Em [[1952]], partiu para [[Portugal]] para lecionar a disciplina Estudos Brasileiros na Faculdade de [[Filosofia]] e [[Letras]] da [[Universidade de Lisboa]].
 
Regressando ao Brasil em agosto de 1954, por causa da crise desencadeada pelo suicídio de [[Getúlio Vargas]], reassumiu o jornalismo e a [[cátedra]] de [[Literatura Brasileira]] no Colégio Pedro II.
 
==[[FicheiroImagem:Lorbeerkranz.png|40px]]Academia Brasileira de Letras==
Em [[5 de abril]] de [[1955]], aos 42 anos, foi eleito por unanimidade para se tornar o quarto ocupante da cadeira 17 da [[Academia Brasileira de Letras]], vaga após a morte de [[Edgar Roquette-Pinto]], sendo recebido pelo acadêmico [[João Neves da Fontoura]] em 7 de julho de 1956.
 
==Governo Juscelino Kubitschek==
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O impasse se tornou insustentável no início de 1959, na ocasião da aceitação do [[asilo político]] por parte do [[Itamaraty]] do líder oposicionista português, general [[Humberto Delgado]], ato que não foi reconhecido pelo governo de Portugal, um "flagrante desacato", nas palavras de Álvaro Lins, ao próprio Juscelino Kubitschek.
 
Com a sensação de ter sido abandonado pelo seu presidente, sem poder contar com ele "para desagravá-lo e desafrontar a representação do Brasil em [[Lisboa]]", o embaixador Álvaro Lins protestou ainda mais veementemente quando Juscelino aceitou o convite de uma comissão portuguesa que desembarcou no Brasil para participar dos festejos henriquinos na condição de co-anfitrião e co-chefe de Estado português, e solicitou que Portugal concedesse asilo ao refugiado ditador [[Fulgêncio Batista]], deposto na [[revolução cubana]] de [[1959]].
 
Algum tempo depois, enviou uma carta rompendo política e pessoalmente com o presidente Juscelino Kunbtschek, acusando-o de "cumplicidade com as ditaduras, de maneira particular com a de [[Portugal]], a do [[Paraguai]] e a da [[República Dominicana]]" e repudiando seu "compromisso com a ditadura salazarista". Em outubro de 1959, Álvaro Lins foi desonerado da embaixada de Portugal, devolvendo antes de deixar o posto em Lisboa a comenda da Grã-Cruz da Ordem de Cristo que havia recebido três anos antes.
 
==Atividade posterior==
Álvaro Lins foi o presidente da 1ª Conferência Inter-americana da Anistia para os [[Exilados]] e Presos Políticos da [[Espanha]] e de Portugal, sediada na [[Faculdade de Direito de São Paulo]], em [[1960]], e diretor do Suplemento Literário do Diário de Notícias entre março de 1961 e junho de 1964. Em 1962, chefiou a delegação brasileira ao Congresso Mundial da Paz, ocorrido em [[Moscou]]. Aposentando-se do jornal em 1964, Álvaro Lins dedicou seus últimos anos a escrever livros.
 
==Obras publicadas==
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*Prêmio Luiza Cláudio de Souza, pelas obras ''Os mortos de sobrecasaca'' e ''Jornal de crítica Sétima série'', 1963
 
=={{Ligações externas}}==
*{{Link|pt|2=http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=199|3=Perfil no sítio oficial da Academia Brasileira de Letras}}
*{{Link||2=http://www.cpdoc.fgv.br/nav_jk/htm/biografias/Alvaro_Lins.asp |3=Biografia da FGV}}
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{{Caixa de sucessão
|título={{nowrap|[[Ficheiro:Lorbeerkranz.png|20px]] [[Anexo:Lista de membros da Academia Brasileira de Letras|ABL - quarto acadêmico da cadeira 17]]}}
|anos=[[1955]][[1970]]
|antes=[[Edgar Roquette-Pinto]]
|depois=[[Antônio Houaiss]]
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{{Caixa de sucessão
|título=[[Anexo:Lista de ministros da Casa Civil do Brasil|Ministro chefe do Gabinete Civil da Presidência da República]]
|anos=[[1956]]
|antes=[[Paulo de Lira Tavares]]
|depois=[[Victor Nunes Leal]]