Fluxo gênico: diferenças entre revisões

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{{Evolução2}}
 
'''{{PBPE|Fluxo gênico'''|fluxo génico}} é uma [[migração]] de [[gene]]s entre populações. O efeito destas transferências de genes entre populações depende da diferença nas freqüências do gene nas duas populações e da proporção de [[indivíduo]]s migrantes. Na realidade, o fluxo gênico é uma medida da [[fertilização]], no caso de [[pólen]], ou estabelecimento de indivíduos férteis, no caso de [[sementes]], em razão da distância percorrida da fonte até o local onde a dispersão ocorreu. Quando um indivíduo migra de uma população para outra, ele carrega genes que são característicos de sua [[população]] ancestral para população recipiente. Em caso de sucesso em seu estabelecimento, e realização de cruzamentos, ele irá transmitir esses genes entre as populações. Caso os genes migrados confiram alguma vantagem seletiva aos indivíduos receptores, a [[seleção natural]] também pode atuar a favor de elevar freqüências dos [[alelo]]s inseridos. Genes que não oferecem vantagem competitiva ou evolutiva no meio em que se encontram estas populações, portanto genes neutros, não devem causar um grande impacto, visto não haver pressão seletiva atuando no sentido de aumentar ou diminuir suas freqüências. No caso de genes desfavoráveis, ou seja, [[mutações]] desvantajosas, se a freqüência de inserção for inferior à seleção natural contra estes genes, eles devem ser eliminados em algumas gerações. Mas, se a inserção for superior à seleção natural, a mesma nunca poderá eliminar totalmente o gene, pois ele continuará reaparecendo por [[mutação]]. Nesse caso poderíamos determinar a freqüência em equilíbrio da mutação entre a criação do gene mutante, por meio de sua mutação recorrente e a sua eliminação por seleção natural.
 
O fluxo gênico tende a unificar as freqüências gênicas entre populações rapidamente, em termos evolutivos. Se não atuar a seleção natural, a migração tem grande força para igualar as freqüências gênicas de populações em uma espécie. Se a taxa de migração for positiva, as freqüências irão, eventualmente, igualar-se. Mesmo que apenas um migrante bem-sucedido se mova para uma população a cada geração, o fluxo gênico direciona de forma inevitável a freqüência gênica da população para a media da espécie. De certo modo, o fluxo gênico atua para manter as espécies unidas.
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'''Barreira de isolamento''': uma barreira de isolamento é uma propriedade evolutiva de uma espécie, que impede o intercruzamento. Quando duas populações estão separadas geograficamente, o fluxo gênico cessa apenas porque os membros das populações não se encontram. Essas duas populações ainda não desenvolveram uma diferença genética. A evolução de uma barreira de isolamento exige que alguma característica nova, por exemplo, um novo [[canto]] de cortejo, evolua em pelo menos uma das populações. Essa nova característica precisa ter o poder de impedir o fluxo gênico. Na teoria da [[especiação alopátrica]], a cessação do fluxo gênico entre as populações alopátricas leva, com o tempo, à evolução de barreiras profundas de isolamento entre elas.
 
A '''barreira física''' reduz o fluxo gênico ([[migração]]) entre as populações. Esta barreira pode aparecer por mudanças geológicas e geomorfológicas ([[riosrio]]s, cursos d'de água, cadeias de [[montanhas]], [[deriva continental]], [[vulcões]], etc.) ou por eventos de dispersão (deslocamento de populações para locais distantes, dispersão provocada pelo [[vento]], [[correntes marinhas]], etc.)
 
Aqui estão algumas das barreiras ao fluxo gênico. Elas resultam da seleção natural, seleção sexual ou deriva genética: