Decadentismo: diferenças entre revisões

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'''Decadentismo''' é uma corrente [[arte|artística]], [[filosofia|filosófica]] e, principalmente, [[literatura|literária]] que teve sua origem na [[França]] nas duas últimas décadas do [[século XIX]] e se desenvolveu por quase toda [[Europa]] e alguns países da América. A denominação de decadentismo surgiu como um termo depreciativo e irônico empregado pela crítica acadêmica, mas terminou sendo adotada pelos próprios participantes do movimento.
 
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O decadentismo foi a antítese do [[parnasianismo]] e de sua doutrina (inspirada no ideal clássico da "[[arte pela arte]]"), apesar de que Verlaine, um dos expoentes máximos do decadentismo, havia sido em suas origens parnasiano. A fórmula pictórica e escultórica dos parnasianos (''ut pictura poesis'', segundo a lição de [[Horácio]]), é substituída no decadentismo pelo ideal de uma poesia que "tende à forma de música".
 
O decadentismo arremete contra a moral e os [[burguesia|costumes burgueses]], evoca a evasão à realidade quotidianacotidiana, exalta o heroísmo individual e infeliz, e explora as regiões mais extremas da sensibilidade e do [[inconsciente]].
Seu esteticismo foi acompanhado, em geral, de um exotismo e interesse por países distantes, especialmente os orientais, que exerceram grande fascinação em autores como o francêsfrancés [[Pierre Louÿs]], em sua novela "Afrodita" (1896) e em seus poemas "As canções de Bilitis" (1894). Assim como no também francês [[Pierre Loti]] ou no inglês [[Richard Francis Burton]], explorador e tradutor de una polémicapolêmica versão de "[[As mil e uma noites]]".
 
Mas a máxima expressão do decadentismo é constituída pela novela "A rebours" ("Contra a corrente"), escrita em 1884 pelo francês [[Joris-Karl Huysmans]], que é considerado um dos escritores mais rebeldes e significativos do fim de século. A novela narra o estilo de vida esquisito do duque Jean Floressas des Esseintes, que se tranca em uma casa de campo para satisfazer o propósito de "substituir a realidade pelo sonho da realidade". EstaEste personagem converteu-se numconverteu em um modelo exemplar dos decadentes, de tal maneira que se consideram descendentes directosdiretos de Des Esseintes, entre outrasoutros, personagenspersonagenes como [[Dorian Gray]], de [[Oscar Wilde]], de [[Andrea Sperelli]], de [[Gabriele D'Annunzio]]. "A rebours" foi definida pelo poeta inglês [[Arthur Symons]] como "o breviário do decadentismo".
 
Também são considerados decadentes os pós-[[simbolismo|simbolistas]] franceses [[Jean Lorrain]], [[Madame Rachilde]], [[Octave Mirbeau]] e, de certa maneira, também [[Auguste Villiers de L'Isle-Adam]], [[Stéphane Mallarmé]] e [[Tristan Corbière]].