Bronisław Malinowski: diferenças entre revisões

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Segundo o antropólogo [[Ernest Gellner]], Malinowski tomou uma posição original em relação aos conflitos de ideias do seu tempo. Ele não repudiou o nacionalismo, uma das ideologias nascentes e marcantes do século XIX. Mas ele fusionou o [[romantismo]] com o [[positivismo]] de uma nova maneira, tornando possível investigar as velhas comunidades mas ao mesmo tempo recusando conferir autoridade ao passado. Ele rejeitou a especulação evolucionista e a manipulação do passado para fins do presente, pecados vulgares do seu tempo.
 
Sem dúvida, a principal colicacontribuição de Malinowski à antropologia foi o desenvolvimento de um novo método de investigação de campo, cuja origem remonta à sua intensa experiência de pesquisa na Austrália, inicialmente com o povo Mailu (1915) e posteriormente com os nativos das Ilhas Trobriand (1915-16, 1917-18).
 
== Introdução. Vida e obras, pesquisas e críticas ==
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Bronislaw Malinowski nasceu em 1884 na [[Cracóvia]] (Polônia). Inicialmente, se formou em Ciências Exatas, mas abandonou e, parado, dedicou a ler ''The Golden Bough'' (tr. ''O Ramo Dourado'') de [[James Frazer]]<ref>[[#frazerGoldenBough1890|FRAZER (1890).]]</ref>. Tal leitura iria direcionar sua pesquisa de campo por toda vida, assim mostra o conteúdo de suas obras: expressões da espiritualidade humana; compreensão do funcionamento da mente primitiva; reflexões sobre a vida e a morte, a humanidade e a animalidade, divindade e imortalidade; a magia como forma de controlar a natureza e garantir a sobrevivência humana; a influencia do sexo sobre a vegetação; o Tabu e os perigos da alma (precauções que protegem o indivíduo e a sociedade); a coerência lógica entre os “selvagens”; os sistemas de regras que se combinam formando um todo bastante completo e harmonioso e etc. Todos os relatos trazidos por Malinowski sobre os nativos em suas obras deixam nítidos as influencias que herdou do pensamento de James Frazer.
 
Em [[Leipzig]] (Alemanha) foi orientado por [[Karl Bücher]] e [[Wilhelm Wundt]] para então ir à [[London School of Economics]] em 1910. Mais tarde publicou a primeira obra: ''[[#malinowski1913familyaustralianaborigines|The Family among the Australian Aborigenes]]'' (1913) onde criticou duramente o evolucionismo e provou conhecimento teórico. Para Malinowski, o evolucionista [[Morgan]] havia desorientado por gerações a pesquisa antropológica com o sistema classificatório de termos para parentes quando o demonstrou como aquilo que já foi e hoje já não é mais [[#Durham1986BronislawMalinowski|MDUHAN (1986)]]. Da mesma forma, Gräbner, outro evolucionista, teria desenvolvido uma abordagem antifuncional imbecil, que não estabelecia relação de objetos com propósitos e uso pessoal (Ibidem).
 
[[Morgan|organ]] havia desorientado por gerações a pesquisa antropológica com o sistema classificatório de termos para parentes quando o demonstrou como aquilo que já foi e hoje já não é mais [[#Durham1986BronislawMalinowski|DUHAN (1986)]]. Da mesma forma, Gräbner, outro evolucionista, teria desenvolvido uma abordagem antifuncional imbecil, que não estabelecia relação de objetos com propósitos e uso pessoal (Ibidem).
 
A crítica contra a abordagem antifuncional presente em Malinowski foi desenvolvida devido a uma grande influência absorvida da obra de [[Durkheim]] (tipo primitivo da divisão do trabalho social e a análise da religião e magia), essa mesma influência causada pelas ideias de Durkheim em Malinowski foi provocada em [[Radcliffe-Brown]] acerca do [[funcionalismo]] e com isto os Antropólogos costumam dizer que Malinowski e Radcliffe-Brown são os precursores do funcionalismo na antropologia. Todavia Malinowski atribui investigações antropológicas funcionais na época evolucionista: [[Edward Burnett Tylor|Tylor]] (no seu livro de 1871: ''[[#tylor1871primitiveculture|Primitive culture]]'') e a correlação dos aspectos do parentesco antigo com a vida econômica; Robertson Smith e a noção da indispensável dimensão sociológica para se compreender a fé primitiva; Summer e a classificação das primeiras normas de comportamento; Bücher e a relação de trabalho na economia primitiva com as canções rítmicas, entre outros (1986: 170). Assim, as considerações de Malinowski levam a crer que ele não se situa como o pai do funcionalismo, mas como o pioneiro de um “Funcionalismo Etnográfico” ou “Etnografia Funcionalista” na antropologia, até porque Radcliffe-Brown era Estrutural-Funcionalista.