Esquerda Verde: diferenças entre revisões

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{{Info/Partido Políticopolítico dos Países Baixos
|cor_partido = lightgreen
|nome = EsquerdaVerde <br /> ''GroenLinks''
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| location = Utrecht
| url = http://www.groenlinks.nl/programa
}}</ref> Coloca-se na tradição da [[liberdade]] de amar da [[Esquerda política|esquerda]].<ref name="principles"/>
 
Atualmente o partido está representado por sete assentos na Segunda Câmara do Parlamento (''Tweede Kamer''), quatro na Primeira Câmara (''Eerste Kamer''), e dois no [[Parlamento Europeu]]. A dirigente partidária, e presidente do partido na Segunda Câmara do Parlamento, é Femke Halsema. O partido está na oposição contra o [[quarto gabinete Balkenende]]. O partido tem mais de 100 [[vereador]]es e participa no governo de dezesseis dos vinte maiores municípios dos Países Baixos. Os [[#Eleitorado|eleitores do partido]] estão concentrados em grandes cidades, especialmente naquelas com [[universidade]]s.
 
O partido tem mais de 21.901 membros que estão [[EsquerdaVerde#Organização|organizados]] em mais de 250 diretórios municipais. O congresso do partido está aberto a todos os membros. É um membro do [[Global Greens]] e do [[Partido Verde Europeu]].
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== História ==
=== História anterior a 1989 ===
O EsquerdaVerde foi fundado em 1989 com a fusão de quatro partidos que estavam na [[esquerda política]], em comparação com o social-democrata [[PvdA|Partido Trabalhista]], normalmente o maior partido da ala esquerda nos [[Países Baixos]]. Os partidos de fundação eram: o [[Partido Comunista Neerlandês]] (CPN), o [[Partido Socialista Pacifista]] (PSP), que teve origem no [[movimento pacifista]], o [[Ambientalismo|verde]] [[Partido Político dos Radicais]] (PPR), originalmente um partido progressista cristão, e o [[Partido Popular Evangélico]]. Estes quatro partidos eram frequentemente classificados como "pequena esquerda", para indicar a sua existência marginal. Nas [[Eleições gerais neerlandesas de 1972|eleições de 1972]] estes partidos ganharam dezesseis lugares (de um total de 150), nas [[Eleições gerais neerlandesas de 1977|eleições de 1977]] eles ficaram com apenas seis. Daquele momento em diante, os membros e os eleitores começaram a buscar uma cooperação mais estreita entre eles.<ref name="Koole"/>
 
Desde a [[década de 1980]] em diante os quatro partidos começaram a cooperar em eleições municipais e provinciais. Quanto menos lugares estão disponíveis nessas representações, um maior percentual de votos é necessário para se obter um assento. Na [[Eleição do Parlamento Europeu de 1984 (Países Baixos)|eleição para o Parlamento Europeu em 1984]], o PPR, o CPN e o PSP formaram o Acordo Progressista Verde, que concorreu como sendo um partido único nas [[Eleição do Parlamento Europeu de 1984 (Países Baixos)|eleições europeias]]. Eles ganharam um assento, que rotativamente foi ocupado pelo PSP e pelo PPR. Os membros dos quatro partidos também resolveram reunir-se para participar de protestos populares extraparlamentares contra a [[energia nuclear]] e as [[Bomba atômica|armas nucleares]]. Mais de 80% dos membros do PSP, CPN e PPR participaram de pelo menos um dos dois protestos contra a colocação de armas nucleares nos Países Baixos, em 1981 e em 1983.<ref name="Illusie">{{cite book
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O [[Partido Popular Evangélico]] era um partido relativamente novo, fundado em 1981, formado pela divisão de um grande partido cristão democrático, o [[Apelo Democrata Cristão]]. Durante seu período no parlamento (1982-1986) ele teve dificuldades para se posicionar entre os pequenos partidos de esquerda (PSP, PPR e CPN), o [[PvdA]] e o [[CDA]].<ref name="Illusie"/>
 
A cooperação cada vez mais estreita entre o PPR, PSP, CPN e EVP, e as mudanças ideológicas que a acompanharam, não ocorreram sem dissidências internas nos partidos. A mudança ideológica que o CPN fez do revolucionário [[marxismo-leninismo]] para o "[[Reformismo (marxismo)| reformismo]]" levou a uma ruptura no CPN; e a subsequente fundação da [[Liga dos Comunistas nos Países Baixos]] em 1982. Em 1983, um grupo de [[Ambientalismo|"profundo" Verdes]] deixaram o PPR para fundar [[Os Verdes (Países Baixos)|os Verdes]]. Para participar da eleição de 1986, o CPN e o PPR quiseram formar uma aliança eleitoral com o PSP. Isto levou a uma crise no seio do PSP, em que o presidente do grupo parlamentar [[Fred van der Spek]], que opunha-se à cooperação, foi substituído por [[Andrée van Es]], favorável a ela. Van der Spek deixou o PSP e fundou seu próprio partido, o Partido para o Socialismo e Desarmamento ([[Língua neerlandesa|em neerlandês]]: ''Partij voor Socialisme en Ontwapening'', OSP). A convenção política do PSP em 1986, no entanto, rejeitou a aliança eleitoral.
 
Nas [[Eleições gerais neerlandesas de 1986|eleições de 1986]] todos estes quatro partidos perderam lugares. O CPN e o EVP desapareceram do parlamento. O PPR ficou com dois assentos e o PSP com um. Quando os partidos preparavam-se separadamente para participar das eleições de 1990, a pressão para que houvesse uma maior cooperação entre eles também aumentou. Em 1989, o PPR, o CPN e o PSP participaram nas [[Eleições europeias de 1989|eleições europeias]] com uma lista única, a chamada 'Arco-íris'. [[Joost Lagendijk]] e [[Leo Platvoet]], ambos os membros do conselho do PSP, deram início a um [[referendo]] interno, no qual os membros do PSP declararam apoio à cooperação à ala esquerda (70% a favor; 64% de todos os membros votantes). Suas iniciativas para a cooperação com a ala esquerda foi apoiada por uma carta aberta de membros influentes dos [[sindicato]]s (tais como [[Paul Rosenmöller]] e [[Karin Adelmund]]), dos movimentos ambientalistas (por exemplo: [[Jacqueline Cramer]]) e das [[Artes]] (tais como [[Rudi van Dantzig]]). Na carta, eles chamaram a atenção para a constituição de um único partido progressista do lado esquerdo do [[PvdA]]. Lagendijk e Platvoet haviam participado de reuniões informais entre membros proeminentes do PSP, PPR e CPN, o que favoreceu a cooperação. Outros participantes foram: o presidente do PPR, [[Bram van Ojik]], e a ex-líder do CPN, [[Ina Brouwer]]. Estas conversações foram chamadas de "FC Sittardia" ou Cliché bv.<ref name="Illusie"/>
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== Estilo e campanha ==
O [[logotipo]] do EsquerdaVerde é o nome do partido com a palavra "[[Verde]]" escrita em [[vermelho]] e a palavra "Esquerda" escrita em [[verde]] desde 1994. As cores adicionais utilizadas no logotipo são: branco, amarelo e azul. Um logotipo anterior, utilizado entre 1989 e 1994, mostrava uma variação de um [[Símbolo da paz#A CDN ou Símbolo da Paz|símbolo da paz]] projetado em um triângulo verde no qual estavam escritas as siglas "PPR PSP CPN EVP" e próximo a elas o nome EsquerdaVerde em verde e rosa.
 
Muitos neerlandesas bem conhecidos têm apoiado o EsquerdaVerde nas campanhas eleitorais. Em 1989, a [[Coreografia|coreógrafa]] [[Rudi van Dantzig]] e o [[escritor]] [[Astrid Roemer]] foram os últimos candidatos (''lijstduwer'') na lista do partido.<ref name="DNPP1989">Lucardie, P., I Noomen en G. Voerman, (1990) "Kroniek 1989. Overzicht van de partijpolitieke gebeurtenissen van het jaar 2001" em ''Jaarboek 1989" Groningen: Documentatiecentrum Nederlandse Politieke Partijen</ref> Em 2006, o comediante [[Vincent Bijlo]] partilhou esta posição com a deputada [[Kathalijne Buitenweg]]..<ref>{{Cite web
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=== Estrutura organizacional ===
[[Ficheiro:Pand van GroenLinks in Utrecht.jpg|thumb|200px|A sede do EsquerdaVerde em [[Utrecht (cidade)|Utrecht]]]]
O órgão máximo do EsquerdaVerde é o congresso do partido, que é aberto a todos os membros. O congresso do partido elege o conselho do partido, ele decide sobre a ordem dos candidatos para as eleições europeias e nacionais e ele tem a palavra final sobre o programa do partido. O congresso reúne-se pelo menos uma vez por ano, na primavera ou quando for necessário.
 
O conselho do partido é composto por quinze membros, que são eleitos para um mandato de dois anos. O presidente (''Partijvoorzitter'') deste conselho é a única posição paga no conselho de administração, os outros não recebem remuneração. O presidente, juntamente com outros quatro membros do conselho (o vice-presidente, o tesoureiro, o secretário, o secretário europeu e o secretário internacional) tratam dos assuntos do dia e reúnem-se a cada duas semanas, enquanto os outros dez membros do conselho reúnem-se apenas uma vez por mês.<ref name="statuten">{{Cite web
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Para os meses que o congresso não reúne-se, um conselho partidário assume seu papel. É composto de 80 representantes de todos os 250 diretórios municipais. O conselho do partido e os representantes do partido eleitos nacionalmente são responsáveis pelo conselho do partido. Ele tem o direito de preencher vagas no conselho de administração, proceder a alterações na constituição do partido e cuidar das finanças do partido.<ref name="statuten"/>
 
Os deputados do EsquerdaVerde enfrentam relativamente forte controle: os deputados não são autorizadas a exercer mais de três mandatos e uma percentagem relativamente elevada dos rendimentos dos deputados é tributada pelo partido.<ref name="statuten"/>
 
O EsquerdaVerde tem 250 diretórios em quase todos os [[Municípios dos Países Baixos|municípios neerlandeses]], e em cada uma das [[Províncias dos Países Baixos|províncias]]. Há vários municípios em [[Amsterdã]] e [[Roterdã]], onde todos os [[Deelgemeente|submunicípios]] tem o seu próprio diretório e eles têm diretórios federais à nível municipal. Os diretórios gozam de grande autonomia, e cuidam de suas próprias campanhas, as listas de candidatos e os programas para as eleições. Os congressos provinciais reúnem-se pelo menos todos os anos e os congressos municipais com mais frequência.<ref name="statuten"/> O número total de membros do EsquerdaVerde tem aumentado ao longo dos últimos dez anos, e contava, em janeiro de 2007, com 23.490 membros.<ref>Para uma visão mais completa do DNPP ver {{Cite web
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| accessdate = 01-05-2008 }}</ref>
 
{{ref-sectionreferências}}
 
== {{Ligações externas}} ==