Arquitetura MIPS: diferenças entre revisões

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Um grupo liderado por David Patterson e Carlo Séquin, em Berkeley, desenvolveu chips processadores, para dar um nome a este conceito eles utilizaram o termo RISC, e deram ao chip desenvolvido por eles nessa filosofia o nome RISC I no ano de 1980. Esse chip foi quase imediatamente seguido pelo RISC II, projetado pelos mesmos dois pesquisadores. Pouco mais tarde, em 1981, John Hennessy, pesquisador de Stanford, universidade situada do outro lado da baía de San Francisco, projetou e fabricou um chip diferente, ao qual ele deu o nome de MIPS. O conceito básico era aumentar muito o desempenho com o uso de pipelines profundos para as instruções, uma técnica que, embora fosse boa, era difícil de fazer. Geralmente um pipeline divide a tarefa de executar uma instrução em diversas etapas, executando, de forma sobreposta, várias instruções ao mesmo tempo. Porém, os projetos tradicionais da época esperavam para terminar uma instrução inteira antes de seguir adiante, deixando assim o processador sem fazer nada por boa parte do tempo enquanto uma instrução era concluída.<ref>TANENBAUM, Andrew S. Sistemas Operacionais Modernos. 2ª ed. São Paulo: Prentice Hall, 2003.</ref>
 
Várias dificuldades surgem no momento da implementação de um processador com pipeline, mas nada preocupava mais do que as medidas de verificação de término de instruções, quando estas duram mais que um ciclo de Clock[[clock]]. Estas medidas impedem o carregamento de novos dados antes da conclusão da instrução, provocando uma pausa no carregamento do pipeline. Isto poderia prejudicar o desempenho no futuro, mas para o projeto MIPS todas as instruções necessárias deveriam ser concluídas em um único ciclo, assim não haveria este problema.
Esta foi uma escolha que simplificou e acelerou o projeto, mas também trouxe desvantagens óbvias, como a eliminação de instruções úteis, tais como multiplicação e divisão que requerem múltiplos passos. Alguns observadores notaram que o projeto MIPS (abrangendo a filosofia RISC), exige que o programador substitua as instruções de multiplicações e divisões com uma série de operações simples e, portanto, a melhoria do desempenho foi eliminada ou reduzida em boa parte.