Sixto Henrique de Bourbon-Parma: diferenças entre revisões

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Bruno Siqueira (discussão | contribs)
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|casa = [[Casa de Bourbon-Parma|Bourbon-Parma]]
|pai = [[Xavier, Duque de Parma]]
|mãe = [[:en:Madeleine de Bourbon|Madeleine de Bourbon-Busset]]
|data de nascimento = {{nascimento|22|7|1940}}
|local de nascimento = [[Pau (Pirenéus Atlânticos)|Pau]], [[França]]
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'''Sixto Hnrique de Bourbon-Parma e Bourbon-Busset''' ([[Pau]], [[22 de julho]] de [[1940]]) é um político espanhol, o líder auto-proclamado grupo Comunhão Tradicionalista e onde, para os seus seguidores, ele é o legitimo [[rei da Espanha]] como descendente mais próximo de [[Filipe V da Espanha|Filipe V]]. Embora esse movimento tenha sido integrada no Comunhão Tradicionalista Carlista (CTC), em [[1986]], e o o próprio príncipe ter negado repetidamente não estar interessado em o recuperar, os ''sixtinos'' (seus apoiadores), protagonizam o [[carlismo]] de orientação [[tradicionalista]], de acordo com eles o seu chefe e é ''[[Duque de Aranjuez]], [[Infante de Espanha]], o [[Ducado de Parma e Piacenza|príncipe de Parma e Piacenza]]''.
 
== BiografiaPrimeiros anos ==
Nasceu em Pau (França), em 22 de julho de 1940, e é o segundo filho varão de [[Francisco Xavier de Bourbon-Parma]] e de [[Marie Madeleine de Bourbon-Busset]].
 
Sixto nasceu em Pau, França, sendo o segundo filho do [[Xavier, Duque de Parma|Xavier de Bourbon-Parma]] (então [[príncipe-regente]], mais tarde pretendente ao trono de Espanha e [[Duque de Parma]]) e sua esposa Madeleine de Bourbon-Busset.
Estudou em várias escolas religiosas, completando sua formação em [[Direito]], e posteriormente línguas clássicas, modernas e [[Finanças]].
 
Desde cedo Sixto dedicou-se à causa de [[carlismo]]. Mais tarde, ele fez cursos de direito, línguas clássicas e modernas, e finanças.
Sob o nome falso de '''Enrique Aranjuez''', em [[1965]] juntou-se o terceiro Grão-Mestre, um à [[Legião Espanhola]] e ainda jurou bandeira naquele ano, mas, ao ser descoberta a sua identidade verdadeira foi expulso de lá e da [[Espanha]].
 
Sob o nome de guerra de Enrique Aranjuez alistou-se na [[Legião Espanhola]] em [[1965]]. Em 02 de maio daquele ano, ele jurou lealdade à bandeira espanhola com o juramento então em uso, o que excluía compromisso político (em oposição ao que mais tarde, juraram fidelidade à [[Constituição espanhola de 1978]]). Sixto depois ofereceu com as [[Forças Armadas Portuguesas]] na [[Guerra de Independência de Angola]].<ref>{{cite web|url=http://www.carlismo.es/?p=3958|title=D. Sixto Enrique de Borbón: La voluntad rusa de independencia nos ayudará a reencontrar la nuestra, que está amenazada por la penetración anglosajona|accessdate=09 de agosto de 2014|date=}}</ref>
Após a transferência do controle do partido de seu pai em seu irmão [[Carlos Hugo de Bourbon-Parma]], em [[1972]], as diferenças ideológicas foram acentuadas com ele, especialmente por causa dele ter evoluído para o socialismo. Finalmente, os sectores mais conservadores próximos de Sixto se separaram. A ruptura foi tornada pública através de uma carta de seu irmão Sixto, o 22 de setembro de [[1975]], no qual acusou o sobrinho de trair os ideais carlistas.
 
== Reivindicação carlista ==
Na primavera de [[1976]], na peregrinação de [[Montejurra]], um grupo heterogéneo "Sistino", composto por membros da primeira Comunhão Tradicionalista (não o atual CTC), a Irmandade de Veteranos da [[União Nacional Espanhola]] e da [[Fuerza Nueva]], acompanhado por homens armados da extrema-direita espanhola, argentina, italiana e francesa, atacaram os membros partidários de Carlos Hugo, resultando em duas pessoas mortas. Estes incidentes não conseguiram alterar o partido carlista maioritário que apoiavam Carlos Hugo, ratificado no ano seguinte.
 
O pai de Sixto, príncipe Xavier de Bourbon-Parma , foi o líder do Conselho Nacional da Comunhão Tradicionalista, a maior facção de espanhóis carlistas, e, assim, alegou ser o legítimo [[Rei da Espanha|monarca da Espanha]] (como ''Xavier I''), de [[1952]] até sua abdicação em [[1972]], o sucessor de Xavier era o seu filho mais velho, [[Carlos Hugo de Bourbon-Parma|Carlos Hugo, Duque de Parma]], que assumiu o título de ''Carlos Hugo I''.
Em [[2001]], publicou um manifesto chamando os carlistas para se reagruparem, em resultado da qual seus seguidores começaram a desenvolver alguma actividades, reactivando a Comunhão Tradicionalista distante da sua rival (CTC). Numa carta do ano [[2002]], mostrou seu apoio líder à francês de extrema-direita [[Jean-Marie Le Pen]]. Em outra, se opôs sem sucesso ao desejo de Carlos Hugo de doar o arquivo carlista ao Arquivo Histórico Nacional espanhol. Ele também participou de uma cerimonia pública em [[Madrid]] contra a [[Constituição Europeia]] e, em [[2006]], escreveu uma carta ao Papa [[Bento XVI]] durante a sua visita a Espanha. A política de secretariado foi liderada por [[Rafael Gambra]] como seu Chefe de Gabinete e, após sua morte, em 2010, assumida por [[Miguel Ayuso Torres]]. Desde então, Don Sixto Enrique mal apareceu na vida pública.
 
No entanto, os desvios de Carlos Hugo da ideologia carlista tradicional - mais notavelmente o seu aval de [[Titoísmo|titoísmo socialista]] - fez muitos carlistas questionarem sua liderança. Após a morte de Xavier em 1977, Sixto apresenta a alegação de ser regente, e levou o título de ''porta-estandarte da Tradição''. A reivindicação Sixto foi apoiada por sua mãe.<ref>{{cite web|url=http://web.archive.org/web/20091025091014/http://geocities.com/montejurra1976/donamagdalena8marzo1977.html|title=Declaración de Doña Magdalena de Borbón|accessdate=09 de agosto de 2014|date=}}</ref> Os últimos desejos de seu pai eram difíceis de discernir.<ref>{{cite web|url=http://web.archive.org/web/20091025144150/http://geocities.com/montejurra1976/donjavier4marzo1977.html|title=Declaración de S.M.C. Don Javier de Borbón|accessdate=09 de agosto de 2014|date=}}</ref> Sixto protestou publicamente quando Carlos Hugo doou os arquivos carlistas para o governo da Espanha em [[2002]].
Actualmente reside em [[Castelo de Lignières]], embora frequentemente viaje para vários países de língua espanhola.
 
Carlos Hugo renunciou ao seu direito ao trono em [[1979]] ou [[1980]], mas reafirmou que em [[2003]].<ref>{{cite web|url=http://www.borbonparma.org/docs/sar.html|title=Palabras de SAR el Príncipe Don Carlos Hugo de Borbón Parma en al acto de imposición de cruces de la Orden de la Legitimad Proscrita, celebrado el domingo día 28 de septiembre de 2003 en Arbonne|accessdate=09 de agosto de 2014|date=}}</ref> Após a sua morte em 2010, seu filho [[Carlos Xavier de Bourbon-Parma|Carlos Xavier, duque de Parma]] sucedeu-lhe aos olhos dos carlistas leais a Carlos Hugo (o Partido Carlista), e afirmou a reivindicação como ''Carlos Javier II''.
 
No entanto, duas outras organizações carlistas (a Comunión Tradicionalista e a Comunión Tradicionalista Carlista) reconheceram Sixto como o legítimo regente. Alguns deles reconhecê-lo como rei, sob o título ''Sixto Henrique I''. Sixto nunca afirmou explicitamente o seu direito ao trono; em vez disso, ele afirmou que ele preferiria permanecer regente na esperança de que um dos filhos de Carlos Hugo podesse retornar à ideologia carlista tradicional. No entanto, ele não se opôs a seus seguidores gritavam ''¡Viva el Rey!'' durante seus discursos.<ref>{{cite web|url=http://hispanismo.org/navarra/773-don-sixto-en-haro.html|title=Don Sixto en Haro|accessdate=09 de agosto de 2014|date=}}</ref>
 
== Vida pessoal ==
 
Sixto esteve presente na ordenação episcopal de quatro bispos que pertencem à [[Fraternidade Sacerdotal de São Pio X]] pelo arcebispo [[Marcel Lefebvre]], em [[30 de junho]] de [[1988]] em [[Écône]], na [[Suíça]], e foi o primeiro a parabenizá-lo publicamente.
 
Sixto tem viajado muito na [[América Latina]], tanto de [[língua espanhola]] e [[língua portuguesa]]. Em janeiro de 2001, enquanto viaja através da [[Argentina]], ele sofreu um grave acidente de trânsito, do qual ainda está se recuperando. Ele tem dificuldades como resultado deste acidente. Como resultado disso, suas aparições públicas foram limitadas.
 
Na eleição presidencial francesa, Sixto endossou a candidatura de [[Jean-Marie Le Pen]], o candidato da [[Frente Nacional (França)|Frente Nacional]].
 
Em 2010, Sixto começou a procurar uma ordem judicial para impedir a exposição continuada de obras de arte pelo artista japonês Takashi Murakami no Palácio de Versalhes . Ele já declarou publicamente que "desnatura" cultura francesa.<ref>{{cite web|url=http://www.bbc.co.uk/news/world-europe-11615040|title=Aristocrat's anger at Versailles Murakami 'manga' show|accessdate=09 de agosto de 2014|date=}}</ref>
 
Sixto é um conselheiro municipal da Grande Cruz de Honra e Devoção da [[Ordem Soberana e Militar de Malta]].<ref>{{cite web|url=http://www.borboneparma.it/index.php/it/?option=com_content&task=view&id=40&Itemid=63|title="S.A.R. il Principe Sixto Enrico"|accessdate=09 de agosto de 2014|date=}}</ref>
 
== Ancestrais ==
{{ahnentafel top|width=100%|Ancestrais de Sixto Henrique de Bourbon-Parma}}
<center>{{ahnentafel-compact5
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|1= 1. '''Sixto Henrique de Bourbon-Parma'''
|2= 2. [[Xavier, Duque de Parma|Francisco Xavier de Bourbon-Parma]]
|3= 3. [[Madeleine de Bourbon-Busset]]
|4= 4. [[Roberto I de Parma]]
|5= 5. [[Maria Antónia de Bragança, duquesa de Parma|Maria Antônia de Portugal]]
|6= 6. Jorge de Bourbon-Busset
|7= 7. Marie Joana de Kerret e Quillien
|8= 8. [[Carlos III de Parma]]
|9= 9. [[Luísa de Bourbon|Luísa da França]]
|10= 10. [[Miguel I de Portugal]]
|11= 11. [[Adelaide de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg]]
|12= 12. Henrique de Bourbon-Busset
|13= 13. Adriena Estanislas de Mailly-Nesle
|14= 14. João René de Kerret de Quillien
|15= 15. Maria Leonie de Gautier
|16= 16. [[Carlos II de Parma]]
|17= 17. [[Maria Teresa de Saboia (1803-1879)|Maria Teresa de Saboia]]
|18= 18. [[:en:Charles Ferdinand, Duke of Berry|Carlos Fernando da França]]
|19= 19. [[Carolina de Nápoles e da Sicília|Carolina das Duas-Sicília]]
|20= 20. [[João VI de Portugal]]
|21= 21. [[Carlota Joaquina de Bourbon]]
|22= 22. Constantino José, Príncipe-herdeiro de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg
|23= 23. Maria Inês de Hohenlohe-Langenburg
|24= 24. Eugênio de Bourbon-Busset
|25= 25. Idalie Albertina de Calonne de Courtebonne
|26= 26. Adriano de Mailly-Nesle
|27= 27. Eugénie Henriette de Lonlay
|28= 28. Carlos Fidèle de Kerret
|29= 29. Maria Margarida Lefebvre de La Faluère
|30= 30. Cláudio JJo´se Gautier
|31= 31. Cláudia Benoîte Vespre
}}
{{ahnentafel fim}}
 
== Ver também ==
* [[Carlismo]]
 
{{Referências|col=2}}
 
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|-
! colspan="3" style="background: #FBEC5D;" |Sixto Henrique de Bourbon-Parma<br/>'''[[Casa de Bourbon-Parma]]''' <br/> 22 de julho de 1940
|- style="text-align:center;"
|width="30%" align="center" rowspan="1" | Precedido por:<br />'''[[Xavier, Duque de Parma|Xavier]]'''
|width="40%" style="text-align: center;" rowspan=1|'''[[Ficheiro:Coat of Arms used by the supporters of the Carlist Claimants to the Spanish Throne (adopted c.1942).svg|center|70px]]<br />[[Carlismo|Rei da Espanha]]'''<br /><small>([[Carlismo|Sucessão carlista]])</small><br /><br />Disputado com [[Carlos Hugo de Bourbon-Parma|Carlos Hugo]] e [[Carlos Xavier de Bourbon-Parma|Carlos Xavier]]<br/>[[1977]] - presente
|width="30%" align="center" rowspan="1"| Sucedido por:
|-
|width="30%" align="center" rowspan="1" | Precedido&nbsp;por:<br />'''[[:en:Prince Jaime, Count of Bardi|Jaime, Conde de Bardi]]'''
|width="40%" style="text-align: center;" rowspan=|'''[[Ficheiro:Grand Royal Coat of Arms of France & Navarre.svg|center|70px]]<br />[[Linha de sucessão ao trono francês (legitimista)|Linha de sucessão ao trono francês]]'''<br />42ª posição
|width="30%" align="center" rowspan="1"| Sucedido por:<br />'''[[João de Luxemburgo]]'''
|}
 
{{Pretendentes ao trono espanhol}}