Maria de Cléofas: diferenças entre revisões

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{{esboço-biografia}}
{{Info/Santos
|nome = Santa Maria de Cleofas
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Contudo, os protestantes interpretam como outra situação, eles acreditam que haja tanto 'primos' quanto 'irmãos' biológicos. E não acreditam na Perpétua Virgindade de Maria, seguindo os princípios do montanista Tertuliano de Cartago (Sec. II), e do dito herege por Jerônimo: Helvídio.
 
== Nos Escritos Patrísticos ==
São Papias de Hierápolis ( 70- 155), foi um dos primeiros a comentar sobre Maria de Cleofas, e introduzir a lista dos 'irmãos de Jesus' como sendo, lista de filhos de Maria de Cleofas em seus fragmentos, que estão presentes e guardados na ''Patrologia Graeca'', livro 5, de Migne:
 
"Maria, a mãe do Senhor; Maria, a esposa de Cléofas ou Alfeu, que era mãe de Tiago, bispo e apóstolo, de Simão, de Tadeu e de um dos que se chamavam José; Maria Salomé, esposa de Zebedeu, mãe de João, o evangelista, e Tiago; e Maria Madalena. Estas quatro mulheres são encontradas no Evangelho. Tiago, Judas e José são filhos de uma tia do Senhor. Maria, mãe de Tiago, o menor, e José, esposa de Alfeu, era irmã de Maria, mãe do Senhor, e que João liga a Cléofas; eram irmãs por parte de pai, por parte da família do clã ou por outra ligação qualquer. Maria Salomé é chamada simplesmente por Salomé por causa de seu marido ou de seu vilarejo. Alguns afirmam que ela é a mesma pessoa que Maria de Cléofas, já que teria se casado duas vezes."<ref>{{citar web|URL = http://www.apologistascatolicos.com.br/obraspatristicas/|título = Papias, Fragmentos|data = |acessadoem = |autor = |publicado = }}</ref>
 
Já São Jerônimo de Estridão ( 347-420), ainda no século IV, escreve uma obra somente falando sobre os 'irmãos de Jesus', contra um herege chamado Helvídio que dizia que a Virgem Maria tivera outros filhos além de Jesus. A Obra ficou conhecida como: ''Da Virgindade Perpétua de Maria'', onde Jerônimo falava com exclusividade que Maria de Cleofas fora a mãe destes ditos 'irmãos de Jesus':
 
"A única conclusão é que a Maria que é descrita como a mãe de Tiago o menor era a esposa de Alfeu e irmã de Maria, a mãe do Senhor, aquela que é chamada por João Evangelista "Maria de Cléofas", seja por filiação, seja por parentesco, seja por outra razão.
 
Mas se você julga que são duas pessoas porque em outro lugar lemos: "Maria a mãe de Tiago menor" e aqui: "Maria de Cléofas", você terá a aprender ainda que era costume na Escritura dar diferentes nomes ao mesmo indivíduo. Raguel, sogro de Moisés, é chamado também de Jetro. Gedeão, sem nenhuma outra razão aparente para a troca, de repente se torna Jerubbaal. Ozias, rei de Judá, tem, como nome alternativo, Azarias. O Monte Tabor é chamado Itabyrium. Igualmente, o Hermon é chamado pelos fenícios Sanior, e pelos amorreus Sanir. O mesmo pedaço do país é conhecido por três nomes: Negebb, Teman e Darom, em Ezequiel. Pedro é também chamado Simão e Cefas. Judas, o zelote, em outro Evangelho é chamado Tadeu. Há numerosos outros exemplos que o leitor pode por si mesmo colecionar, em toda a Escritura.
 
Agora aqui temos a explicação do que eu me esforcei por mostrar, como foi que os filhos de '''Maria, a irmã da mãe de Nosso Senhor''', que anteriormente eram tidos por não crentes, e que depois passaram a acreditar, '''podem ser chamados irmãos do Senhor'''."<ref>{{citar web|URL = http://www.apologistascatolicos.com.br/obraspatristicas/|título = Da Perpétua Virgindade de Maria, Jerônimo|data = |acessadoem = |autor = |publicado = }}</ref>
 
''Da Virgindade Perpétua de Maria 15-16''
 
Nesta obra, ele explica como os filhos de Santa Maria de Cléofas, foram chamados de 'irmão'.
 
Também, Eusébio de Cesaréia (265- 339) fala sobre esta santa em sua obra ''A História Eclesiástica'', ao referir-se sobre o martírio do filho desta: Simão.
 
"O mesmo autor diz que inclusive os próprios carrascos foram presos quando se procuraram os
 
descendentes da tribo real dos judeus, já que também eles o eram. Com um pouco de cálculo 
 
pode-se dizer que também Simão viu e ouviu pessoalmente o Senhor, baseando-se na longa 
 
duração de sua vida e na menção que o texto dos evangelhos faz de Maria de Cléofas, de quem 
 
já se demonstrou que Simão era filho.
 
O mesmo escritor diz que também outros descendentes de um dos chamados irmãos do Salvador, 
 
de nome Judas, sobreviveram até este mesmo reinado, depois de ter dado testemunho de sua fé em 
 
Cristo sob Domiciano, como já referimos anteriormente."<ref>{{citar web|URL = http://www.nazarenopaulista.com.br/estudos/Historia_Eclesiastica_Eusebio_de_Cesareia.pdf|título = Eusébio de Cesaréia, A História Eclesiástica|data = |acessadoem = |autor = |publicado = }}</ref>
 
''A História Eclesiástica, Livro III, XXXII, 4-5''
 
Além disso, outros defensores, de que Maria de Cleofas fora 'mãe dos irmãos de Jesus' foi Agostinho de Hipona<ref>Santo Agostinho dizia:
 
"Quando vocês ouvirem falar dos 'irmãos do Senhor', pensem logo que se trata de algum parentesco que os une a Maria, sem imaginar ter ela tido outros filhos" (Comentário do Evangelho de João XXVIII,3).
 
Além disso, também comentou sobre isso no Capítulo X,2 de seu livro.
</ref>, também no século IV. Após o século IV, sucedeu-se de obras e teólogos que afirmavam o pensamento de Jerônimo e Papias de Hirápolis, até virar a posição oficial da Igreja Católica Apostólica Romana, sobre os ditos 'irmãos de Jesus'<ref>{{citar livro|título = CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA 500|sobrenome = |nome = |edição = |local = |editora = |ano = |página = |isbn = }}</ref>.
 
== Parentesco com Maria, a Mãe de Jesus ==
O Evangelho de João nos diz: ''"E estavam junto à Cruz de Jesus, sua mãe, '''a irmã de sua mãe''', Maria [mulher] de Cléofas" (Jo 19,25).'' Para uma boa parte dos Exegetas e historiadores, não há como aceitar que essa irmandade seja biológica. Escritos dos primeiros séculos, falam que os pais de Maria eram estéreis<ref>''Protoevangelho de Tiago''</ref>, e portanto, Maria nasceu de um milagre. Esta tradição é utilizada até hoje, tanto nas Igrejas Católicas Romanas, como na maioria das denominadas ortodoxas. Seria ilógico que os pais de Maria, colocassem em sua filha, o mesmo nome da primeira. Além do mais, para uma boa parte de exegetas católicos, o versículo de Ct 6,9; refere-se a Maria; como filha única de sua mãe.
 
Embora alguns apócrifos mais tardios do que aquele que foi tirado a tradição de Maria ser filha de estéreis, digam que eram irmãs<ref>Evangelho do Pseudo-Mateus</ref>, a maior parte dos exegetas a interpretam no sentido de parenta próxima, no caso, uma concunhada. Eusébio, disse em sua obra ''A História Eclesiástica:''
 
"Depois do martírio de Tiago e da tomada de Jerusalém, que se seguiu imediatamente, é tradição
 
que os apóstolos e discípulos do Senhor que ainda viviam reuniram-se de todas as partes num 
 
mesmo lugar, junto com os que eram da família do Senhor segundo a carne (pois muitos deles 
 
ainda viviam), e todos celebraram um conselho sobre quem seria considerado digno de suceder a 
 
Tiago, e todos, por unanimidade, decidiram que Simão, o filho de Cléofas - mencionado também 
 
pelo texto do Evangelho-, era digno do trono daquela igreja, por ser primo do Salvador, ao
 
menos segundo se diz, pois Hegesipo refere que Cléofas '''era irmão de José'''<ref>{{citar web|URL = http://www.nazarenopaulista.com.br/estudos/Historia_Eclesiastica_Eusebio_de_Cesareia.pdf|título = |data = |acessadoem = |autor = |publicado = }}</ref>."
 
''A História Eclesiástica, Livro III, XI,1''
 
Os exegetas interpretam, que devido a impossibilidade de uma irmandade biológica, devido ao próprio nome destas Marias, elas sejam concunhadas, uma vez que os seus maridos eram irmãos biológicos, como mostrado por Hegésipo (Séc. II).
 
A explicação para ela ser chamada de 'irmã' é esta:  Maria falava Aramaico. E no Aramaico, não há a palavra ‘concunhada’, mas, nesta língua a palavra ‘irmã’ (ou 'irmão) era empregado para qualquer tipo de parente próximo. O valor semítico do termo ‘irmão’ e 'irmã' que havia no Antigo testamento, foi preservado no Novo Testamento, já que foi feito o uso do termo ‘irmã’ (no aramaico - “''ha''”. A palavra hebraica "''ha''" e a aramaica "''aha''"), que serve para designar tanto irmãos, como sobrinhos, primos, concunhada, cunhados e qualquer outro tipo de parentes, como era utilizado na Bíblia<ref>'''Lv 10,4; Gn 13,8; Gn 12,5; Gn 11,28-31; Gn 29,13; Gn 29,15; Gn 31,23; Gn 37,16; Gn 39,15; Gn 42,15; Gn 43,5; I Cr 23,22; 1 Cr 15,5; 2 Cr 36,10; 2 Rs 10,13; Jz 9,3; 1Sm 20,29; Tb 8,9; Jó 19,13-14; Jó 42,11'''</ref>.
 
Porém, há quem interprete o sentido literal da palavra: Os pentecostais, geralmente interpretam no sentido literal, rejeitando as variações linguísticas e lógicas da época.
 
== Parentesco com Alfeu-Cléofas ==
A Bíblia não deixa claro a relação de Maria de Cléofas com Cléofas-Alfeu (Já que Alfeu e Cléofas são formas gregas derivadas do mesmo nome em hebraico '''''"Halphai'''"'' e aramaico '''''"Claphai'''"''). Neste caso, há concordância sobre seu parentesco. A Maioria das denominações Cristãs, a interpretam como relação de marido e mulher, uma vez que geralmente, ao casar, a mulher ganhava o nome do marido. Alguns apócrifos nos primeiros séculos, diziam que Cléofas era seu pai, esposo de Ana, mãe de Maria, a mãe de Jesus<ref>''Evangelho do Pseudo-Mateus XLII,1-2''</ref>, outros mais tardios que ela seja a própria mãe de Cléofas<ref>''O Evangelho Árabe da Infância de Jesus'' XXIX, 1-3</ref>.
 
== Nos Apócrifos ==
Maria de Cléofas é pouco citada nos evangelhos apócrifos. É citada pelo ''Evangelho Pseudo-Mateus ''XLII,1-2 numa reunião da família de Jesus. Ela é dita como 'filha' de Cléofas neste apócrifo. Essa ideia é bastante rejeitada por todas as denominações Cristãs. Também é mencionada pelo ''Evangelho Árabe da Infância de Jesus ''XXIX, 1-3; como sendo a mãe de Cléofas e recorrendo a Maria por vingança, contra sua inimiga Azrami e seu filho.
== {{Ligações externas}} ==
* {{Link||2=http://www.universocatolico.com.br/component/option,com_santo/task,view_detail/agid,328/year,2005/month,04/day,09/Itemid,122/ |3=Universo católico}}
 
== {{Ligações externas}} ==
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