História cultural: diferenças entre revisões

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Hoje em dia a Cultura vem perdendo seu conceito. Historiadores e filósofos entendem que a cultura não possui transparência de significação, por isso utilizam descrições e contribuições da Antropologia e da Etnologia. Na realidade a Cultura tem um reconhecimento de um nome aplicável a um campo semântico, e tal como, em contínuo processo de ampliação e complexificação.
 
A história da cultura ou ''Geistgeschichte'' é baseada em conceitos hegelianos de ''Volksgeist e Zeitgeist'' - um é o espirito nacional ou popular e o outro o espirito da época ou tempo, junto com o ''Weltanschauung'' - espirito da visão do mundo. Embora com alguns exageros, a história da cultura era altamente elitista e estetizante. Deixada de lado esta versão tradicional, a história da cultura muda de nome, chamando-se história cultural, tendo as perspectivas ora ambiciosas ora modestas, mas sempre concretas em termos históricos. Suas antigas concepções holístikkkkkcasholísticas, teleológicas e homogeneizantes, passam a ser substituídas pela busca pela concretude e valorização do individual, autores e obras, e por abordagens embasadas na semiótica e teoria literária.
 
A História Cultural não se torna isenta nem imune a significações conflitantes, no qual sua intenção é reviver o caráter historicista entre o mundo natural e o mundo cultural. Os marxistas por sua vez tendem a identificar tal história apenas com estudos das formas de consciência social ou aspectro ideológico de superestrutura. Segundo Falcon (2002, p.75), "No momento atual, os historiadores estão em geral mais interessados na história cultural, inclusive a maioria dos que transitaram da Antropologia para a História e vice-versa. Mas isto não significa a eliminação pura ou simples, de uma história da cultura, como se viu, por exemplo, nos países da Europa Oriental nos anos 70 e 80."