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A história da Marca Dodge.
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{{ver desambiguação}}Os irmãos Horace Elgin e John Francis desde cedo ganharam fama de “consertadores”. Na infância, vivida em Niles, pequena cidade próxima a Michigan, aprenderam com a mãe a usar a máquina de costura e a remendar as roupas, a fim de seguir utilizando-as. Quando a máquina quebrava, eles a arrumavam. Foi o pai, mecânico de motores da marinha, que os iniciou na arte da mecânica. O futuro dos irmãos Dodge estava traçado desde cedo.
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O talento da dupla fez com que em 1896, quando Horace possuia 28 anos e John 32, o primeiro já registrasse sua primeira patente: um inovador rolamento para bibicletas. O crédito, porém, foi compartilhado pelos irmãos.
 
Cinco anos depois, os Dodge começaram a produzir bicicletas completas, mas a grande virada ainda estava por vir. Graças à fama alcançada pela qualidade de seus produtos, os Dodge foram contratados para fornecer componentes para a Oldsmobile, em 1902. No ano seguinte, Henry Ford convidou a dupla para uma parceria na sua nova fábrica. Os irmãos aceitaram ficar com uma participação de 10% na futura empresa e, em troca, forneceriam toda a parte mecânica e o ferramental para a produção de automóveis.
 
Era uma evolução e tanto, mas Horace e John ainda não estavam satisfeitos. Assim, em 1914, os irmãos decidiram sair da sociedade com Ford e fundar a Dodge Brothers Motor Car.
 
O primeiro veículo saiu da linha de produção em novembro de 1914 e já no ano seguinte, a Dodge se tornou a terceira marca mais vendida nos Estados Unidos. O sucesso, porém, não fez com que os Dodge diminuíssem o ritmo, e em 1917 a empresa passou a oferecer veículos comerciais, como furgões para entregas urbanas.
 
Mas, quando tudo parecia correr bem, a desgraça se abateu sobre a família Dodge. No dia 14 de janeiro de 1920, John morreu devido uma gripe. Como se não bastasse, Horace falece em dezembro do mesmo ano, pelo mesmo motivo.
 
Os negócios seguiram bem, mas as viúvas dos irmãos (que haviam assumido o comando) decidiram vender a companhia para um consórcio de investidores de Nova York por US$ 146 milhões, em 1925. No mesmo ano, a Dodge alcançou a marca de 1 milhão de veículos produzidos. Pouco depois, em 1928, a Chrysler adquiriu a Dodge por US$ 170 milhões. Naquela época, a marca ocupava a sétima posição entre as mais vendidas no mercado americano.
 
A quebra da Bolsa de Nova York, em 1929, e o período da Grande Depressão (que se estendeu por toda a década de 1930) obrigou as fabricantes a reduzirem suas estruturas e a serem criativas a fim de manterem suas fábricas em atividade. Foi o período em que a produção caiu drasticamente, mas, em compensação, várias novidades foram implantadas, como a proteção anticorrosão nas carrocerias, a suspensão com molas helicoidais, o controle automático da ignição etc.
 
A entrada dos Estados Unidos na II Guerra Mundial, em dezembro de 1941, resultou no decreto que ordenava a todas as fabricantes que participassem do esforço de guerra. Assim, em 1942 a Dodge deixou de produzir automóveis convencionais para construir veículos e equipamentos que seriam enviados ao front.
 
Passado o conflito, a Dodge (assim como as demais fabricantes americanas) precisou de algum tempo para retomar o ritmo de produção normal. Assim, foi a partir da década de 1950 que a empresa voltou a lançar produtos inovadores, que refletiam o otimismo da época. Não por coincidência, em 1952 é lançado o motor que faria história na indústria: o V8 Hemi (com câmaras de combustão hemisféricas) de 140 cv, que estreou na linha do ano seguinte.
 
Outra grande inovação surgiu em 1955 com o lançamento do LaFemme, o primeiro modelo exclusivo para o público feminino, que era oferecido com pintura “saia-e-blusa” rosa e branca e ainda trazia um kit de maquiagem, um guarda-chuva e uma capa de chuva, entre outros mimos. A iniciativa causou rebuliço na época, mas não foi muito bem-sucedida. Tanto que o modelo deixou de ser produzido no ano seguinte.
 
A década posterior viu a “corrida pela potência”. Maior era sinônimo de melhor, e todas as fabricantes procuravam oferecer motores grandes e potentes. Em 1960 o Dart chegou às revendas como um inovador sedã médio e um igualmente novo motor de 6 cilindros inclinado (Slant Six). Em 1966, o Charger chegou às lojas, e no ano seguinte, o V8 Hemi de 7,2 litros e 375 cv foi incorporado à gama, que passou a contar com os modelos Dart, Coronet, Charger, Polara e Monaco.
 
Aproveitando a febre dos muscle-cars, a marca lançou o Super Bee, uma versão “anabolizada” do Coronet com decoração exclusiva e motor V8 Hemi com 335 cv que custava menos que o R/T (até então, o mais “bravo” da linha). Em meados dos anos 1970, porém, a crise do petróleo atingiu em cheio a indústria automotiva americana e decretou o fim dos “musculosos”. Mais uma vez, as fabricantes foram obrigadas a se reinventar, e a ordem passou a ser eficiência. O negócio era economizar combustível.
 
Nos anos 1990, a Dodge se destacou graças a duas novidades: o mítico esportivo Viper (que acabou ganhando status próprio) e o subcompacto — para o mercado local — Neon. Ambos foram muito bem recebidos pelo público (embora o segundo tenha deixado de ser produzido).
 
Hoje, graças ao acordo com a Fiat (que originou o grupo FCA), a Dodge está com fôlego renovado e concentra suas atividades em modelos com apelo mais esportivo (Dart, Avenger, Charger, e Challenger), embora também ofereça os crossovers Durango e Journey e até a minivan familiar Caravan em seu portfólio.
 
“Carros que foram feitos para serem dirigidos” é o slogan atual da marca, e a frase faz todo sentido para uma empresa consagrada por produzir e oferecer automóveis que se tornaram ícones entre os fãs de desempenho ao redor do mundo.
 
Instalada no Brasil em 1967, a Chrysler produziu apenas automóveis Dodge por aqui. O primeiro foi o Dart, um sedã grande que se posicionou entre o Chevrolet Opala e o Ford Galaxie. Depois, com o Charger (principalmente o R/T), a Dodge tornou-se sonho de consumo dos jovens da época. Mas a marca também teve um compacto, o 1800, depois chamado de Polara, que foi concebido pela Hillman, marca inglesa que pertencia ao grupo Chrysler. Por conta dos “irmãos maiores” ele ganhou o apelido de “Dodjinho”.
 
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