História do Afeganistão: diferenças entre revisões

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{{AP|República do Afeganistão}}
[[Imagem:Kabul downtown.jpg|thumb|[[Kabul]] (1970s)]]
Em meio a acusações de [[corrupção]] e [[prevaricação]] contra a família real e as más condições econômicas criadas pela grave seca de [[1971]]-[[1972]], o ex-primeiro-ministro Mohammad Sardar Daoud Khan, que era primo do [[Mohammed Zahir Xá|Rei Zahir]] tomou o poder em um [[golpe de Estado]] sem violência em 17 de julho de [[1973]]<ref name="thirdworld">[http://www.thirdworldtraveler.com/Afghanistan/Afghanistan_CIA_Taliban.html Afghanistan, the CIA, bin Laden,
and the Taliban], em inglês, acesso em 02 de outubro de 2014.</ref>, enquanto Zahir Shah estava recebendo tratamento para problemas oculares e terapia para a lombalgia na [[Itália]].<ref name=NYTobit>Barry Bearak, [http://www.nytimes.com/2007/07/23/world/asia/23cnd-shah.html Former King of Afghanistan Dies at 92], ''The New York Times'', July 23, 2007.</ref> Daoud aboliu a monarquia, revogou a Constituição de 1964, e declarou que o Afeganistão uma república com ele como seu primeiro presidente e primeiro-ministro. Suas tentativas de realizar as reformas económicas e sociais necessárias reuniram-se com pouco sucesso, e a nova Constituição promulgada em fevereiro de [[1977]] não conseguiu acabar com a instabilidade política crônica. As modificações manifestadas na sociedade afegã também ajudaram ao golpe de Estado: a família real tinha, insolitamente, estabelecido relações de colaboração com a esquerda contrária à monarquia tradicional, apoiada nos chefes das tribos mais influentes (principalmente, os Pashtuns). Daud prosseguirá uma política de aproximação aos países muçulmanos, principalmente com a [[Arábia Saudita]] e com o [[Mohammad Reza Pahlavi|Xá do Irã]]<ref name="thirdworld"/>, o que não será visto com agrado pela União Soviética e levará ao fim do seu governo.
 
Como a desilusão, em conjunto, em [[1978]], um proeminente membro do Partido Democrático Popular do Afeganistão (PDPA), [[Mir Akbar Khyber]] (ou "Kaibar"), foi morto pelo governo. Os dirigentes do PDPA aparentemente temiam que Daoud estava planejando exterminá-los, especialmente porque a maioria deles foram presos pelo governo logo depois. No entanto, [[Hafizullah Amin]] e um número de oficiais militares da ala da facção do Khalq do PDPA conseguiu manter-se em geral e organizar um golpe militar,- no que ficaria conhecido como a "[[Revolução de Saur]]" (período que vai de [[22 de Abril]] a [[22 de Maio]]).