Kimigayo: diferenças entre revisões

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Pós-guerra e protocolo
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Escolas públicas e letras
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}}</ref> A Lei sobre a Bandeira e Hino Nacionais também não dita quando ou onde o "Kimigayo" deve ser tocado. O hino, no entanto, é normalmente tocado em eventos de esporte dentro do Japão, ou em eventos internacionais nos quais o Japão possui um time competindo. Em torneios de [[sumô]], o "Kimigayo" é tocado antes da cerimônia de premiação.<ref name="MOFA"/>
 
===Escolas públicas===
Desde o final da Segunda Guerra Mundial, o [[Ministério da Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia do Japão|Ministério da Educação]] emitiu declarações e regulações para promover o uso do ''Hinomaru'' e "Kimigayo" em escolas sob jurisdição. A primeira dessas declarações foi divulgada em 1950, afirmando que era desejável, mas não obrigatório, usar ambos os símbolos. Este desejo foi mais tarde expandido para incluir os dois símbolos em feriados nacionais e durante eventos cerimoniais para encorajar os estudantes sobre o significado dos feriados nacionais e para promover a defesa da educação. O Ministério não apenas tomou grandes medidas para explicar que ambos os símbolos não são formalmente estabelecidos em lei, mas eles também se referiam ao "Kimigayo" como uma canção e rejeitavam chamá-lo de hino nacional. Somente em 1977 que o Ministério se referiu ao "Kimigayo" como o hino nacional (国歌, kokka) do Japão.<ref name='Goodman'/> Em uma reforma das diretrizes da educação em 1989, o governo controlado pelo PLD demandou pela primeira vez que a bandeira ''Hinomaru'' devesse ser usada em cerimônias escolares e que ele e o "Kimigayo" deveriam ser tratados com o devido respeito.<ref>{{Harvnb|Trevor|2001|pp=78.}}</ref> Punishments for school officials who did not follow this order were also enacted with the 1989 reforms.<ref name='Goodman'>{{harvnb|Goodman, Neary|1996|pp=81–83.}}</ref>
A [[diretriz do currículo]] de 1999 emitido pelo Ministério da Educação após a aprovação da ''Lei sobre a Bandeira e o Hino Nacionais'' decreta que "nas cerimônias de entrada e formatura, as escolas devem levantar a bandeira do Japão e instruir os estudantes para cantar o "Kimigayo" (hino nacional), dada a importância da bandeira e da canção."<ref>{{vcite web|url=http://www.pref.hiroshima.lg.jp/kyouiku/hotline/02zesei/sankou/kokkikokka.htm |title=学習指導要領における国旗及び国歌の取扱い |trans_title= Handling of the flag and anthem in the National Curriculum |accessdate=08/12/2009|date=11/09/2001|publisher=Hiroshima Prefectural Board of Education Secretariat |language={{ja icon}} }}</ref> Adicionalmente, o comentário do Ministério na diretriz do currículo de 1999 para as escolas fundamentais aponta que "dado o avanço da internacionalização, além da promoção do patriotismo e a consciência de ser japonês, é importante nutrir nas crianças nas escolas uma atitude respeitosa pela bandeira do Japão e o "Kimigayo", para que elas cresçam para cidadãos japoneses respeitosos em uma sociedade internacionalizada."<ref name="mext2">{{vcite web |url=http://cebc.jp/data/education/gov/jp/tsuuchi/19990917hatauta/data-02.htm |title=小学校学習指導要領解説社会編,音楽編,特別活動編 |trans_title= National Curriculum Guide: Elementary social notes, Chapter music Chapter Special Activities |publisher=Ministry of Education |language={{ja icon}} |year=1999}}</ref> O Ministério também afirmou que se os estudantes japoneses não podem respeitar seus próprios símbolos, então eles não podem ser capazes de respeitar os símbolos de outras nações.<ref>{{Harvnb|Aspinall|2001|pp=125.}}</ref>
As [[Educação no Japão|escolas]] foram o centro da controvérsia sobre o hino e a bandeira nacionais.<ref name='Wesiman'>{{vcite news |author=Weisman, Steven R. |author.= | title=For Japanese, Flag and Anthem Sometimes Divide | date=29/04/1990| publisher= | url =http://www.nytimes.com/1990/04/29/world/for-japanese-flag-and-anthem-sometimes-divide.html#end_copy | work =The New York Times | pages = | accessdate = 02/01/2010| language = inglês}}</ref> O Conselho de Educação de Tóquio exige o uso do hino e da bandeira em eventos sob sua jurisdição. A ordem exige que os professores das escolas respeitem os dois símbolos ou corram o risco de perder seus empregos.<ref name="guardian060605">{{vcite news |url=http://www.guardian.co.uk/world/2006/jun/05/worlddispatch.japan |title=A touchy subject |work=Guardian Unlimited |publisher=The Guardian |author=McCurry, Justin |date=05/06/2006|accessdate=14/01/2008}}</ref> Alguns protestaram que tais regras violam a [[Declaração Universal dos Direitos Humanos]] das [[Nações Unidas]] e a cláusula de "liberdade de pensamento, crença e consciência" da [[Constituição do Japão]],<ref name='Grossman'>{{cite book | last1 = Grossman | last2 = Lee | first2 = Wing On | last3 = Kennedy | first3 = Kerry | title = Citizenship Curriculum in Asia and the Pacific | publisher = Springer | year = 2008 | page = 85 | url = http://books.google.com/?id=btkuYUgXLRIC&pg=PA85&dq=kimigayo#v=onepage&q=kimigayo&f=false | accessdate = 12/10/2010| isbn = 978-1-4020-8744-8}}</ref> mas o Conselho argumentou que, como as escolas são agências do governo, seus empregados têm uma obrigação de ensinar seus estudantes como serem bons cidadãos japoneses.<ref name="japantimes"/> Os professores não tiveram sucesso em propor reclamações criminais contra o Governador de Tóquio [[Shintarō Ishihara]] e oficiais do governo por exigir que os professores honrassem o ''Hinomaru'' e o "Kimigayo".<ref name="ishihara">{{vcite web |url=http://search.japantimes.co.jp/cgi-bin/nn20060105b2.html |title=Ishihara's Hinomaru order called legit |work=The Japan Times Online |publisher=[[The Japan Times]] |date=05/01/2006|accessdate=04/12/2007}}</ref> Após a oposição inicial, a [[União dos Professores do Japão]] aceitou o uso da bandeira e do hino. A União dos Empregados e Professores de Todo o Japão, menor que a primeira, ainda se opõe aos símbolos e seu uso dentro do sistema escolar.<ref>{{Harvnb|Heenan|1998|pp=206.}}</ref>
Em 2006, Katsuhisa Fujita, um professor aposentado de Tóquio, foi ameaçado de prisão e multado em 200 000 [[iene]]s após ser acusado de distúrbio em uma cerimônia de formatura no Colégio [[Itabashi]] ao exortar os participantes a permanecerem sentados durante a apresentação do hino.<ref>{{cite web
|author=Kyodo News
|date=2006-05-24
|url=http://home.kyodo.co.jp/modules/fstStory/index.php?storyid=248658
|title=FEATURE: Upcoming verdict on retired teacher draws attention
|work=[http://home.kyodo.co.jp/ KYODO NEWS ON THE WEB]
|publisher=Published by Kyodo News
|accessdate=29/07/2006
}}</ref> Na época da sentença de Fujita, 345 professores foram punidos por se recusarem a participar de eventos relacionados ao hino, embora Fujita fosse o único homem a ser condenado por isto.<ref>{{cite news | title = Japanese teacher fined for anthem protest | date = 31/05/2006| publisher = AFP | url = http://www.taipeitimes.com/News/world/archives/2006/05/31/2003310932 | work = [[The Taipei Times]] | accessdate = 14/10/2010}}</ref> Em 21 de setembro de 2006, a Corte do Distrito de Tóquio ordenou o Governo Metropolitano de Tóquio a pagar uma compensação aos professores que haviam recebido punições sob a diretriz do Conselho de Educação de Tóquio. O então [[Primeiro-Ministro do Japão|Primeiro-Ministro]] [[Junichiro Koizumi]] comentou que "é uma ideia natural tratar o hino nacional como algo importante". A decisão foi recorrida pelo Governo Metropolitano.<ref>{{cite web
|date=23/09/2006
|url=http://search.japantimes.co.jp/cgi-bin/nn20060923a2.html
|title=City Hall to appeal 'Kimigayo' ruling
|work=The Japan Times Online
|publisher=[[The Japan Times]]
|accessdate=25/10/2007
}}</ref> Desde 23 de outubro de 2003, 410 professores e empregados de escolas foram punidos por se recusarem a ficar de pé e cantar o hino como foi exigido pelos diretos das escolas.<ref>{{cite news | title = 2 teachers punished for refusing to stand up, recite 'Kimigayo' | date = 24/05/2008| url = http://www.japantoday.com/category/national/view/2-teachers-punished-for-refusing-to-stand-up-recite-kimigayo | work = Kyodo News | publisher = Japan Today | accessdate = 14/10/2010}} {{Dead link|date=Abril de 2012|bot=H3llBot}}</ref> Os professores também podem ser punidos se seus estudantes não ficarem de pé enquanto o "Kimigayo" é tocado durante as cerimônias escolares.<ref name="Grossman"/>
Em 30 de maio de 2011 e 6 de junho de 2011, dois painéis da [[Suprema Corte do Japão]] definiram que era constitucional exigir dos professores que ficassem de pé em frente do [[Hinomaru]] e cantassem o "Kimigayo" durante as cerimônias escolares. Ao tomar a decisão, os painéis ratificaram a decisão da [[Alta Corte de Tóquio]] contra 13 professores que haviam solicitado à corte a absolvição depois de serem condenados em 2003 e 2005 por se recusarem a ficarem de pé e cantarem o hino.<ref>{{cite web|author=Kyodo News|title=Top court again backs 'Kimigayo' orders|url=http://search.japantimes.co.jp/cgi-bin/nn20110608b1.html|work=The Japan Times Online|publisher=[[The Japan Times]]|accessdate=15 de outubro de 2011}}</ref>
==Percepção nos dias de hoje==
De acordo com pesquisas conduzidas por veículos da mídia, a maioria dos japoneses consideravam o "Kimigayo" como o hino nacional mesmo antes da aprovação da Lei sobre a Bandeira e o Hino Nacionais em 1999.<ref name="asahi990718">{{vcite web |url=http://www.tv-asahi.co.jp/n-station/research/990717/index.html |archiveurl=http://web.archive.org/web/20080523125535/http://www.tv-asahi.co.jp/n-station/research/990717/index.html |archivedate=23/05/2008|title=国旗・国歌法制化について |trans_title=About the Law of the Flag and Anthem |home=Asahi Research |publisher=TV Asahi |language={{ja icon}} |date=18/07/1999|accessdate=11/03/2008}}</ref> Apesar disso, ainda permanecem controvérsias sobre o uso do hino em eventos escolares.
Fora do sistema escolar, havia uma controvérsia em relação ao "Kimigayo" logo após a aprovação da lei em 1999. Um mês depois da aprovação de lei, uma gravação contendo uma apresentação do "Kimigayo" pelo roqueiro japonês [[Kiyoshiro Imawano]] foi removida pela Polydor records de seu próximo álbum, Fuyu no Jujika. A Polydor não desejava gerar controvérsias no Japão. Em resposta, Imawano relançou seu álbum por um selo independente com a faixa em questão.<ref name='billboard'>{{cite news | first=Steve | last=McClure |authorlink= | title=Polydor Censors Japanese Rocker | date=1999-09-25 | publisher=Billboard | url =http://books.google.com/books?id=cAgEAAAAMBAJ&pg=PA73&dq=Kimigayo&lr=&as_brr=1&client=firefox-a#v=onepage&q=Kimigayo&f=false | work =Billboard Magazine | page =73 | accessdate = 25/08/2009 | language =inglês }}</ref>
==Letra==
{| cellpadding=6
===Em [[língua japonesa|japonês]]===
!Oficial<ref name="law">{{Harvnb|国旗及び国歌に関する法律}}</ref>
:君が代は
![[Kana]] ([[Hiragana]])<ref name="law"/>
:千代に
![[Romaji]]<ref name="MOFA"/>''
:八千代に
!Tradução para português<ref>{{citar web|URL = http://www.nihongobrasil.com.br/hino-nacional-do-japao.php|título = Kimi ga yo - Hino do Japão|data = |acessadoem = 26/07/2014|autor = |publicado = }}</ref>''<nowikibr />''
:さざれ石の
|- style="vertical-align:top; white-space:nowrap;"
:巌となりて
| lang="ja" |
:苔の生すまで
:君が代は<br />
:千代に八千代に<br />
さざれ(細)石の<br />
いわお(巌)となりて<br />
:こけ(の生すまで
| lang="ja" |
きみがよは<br />
ちよにやちよに<br />
:さざれいし<br />
:巌いわおとなりて<br />
こけのむすまで
|
Kimigayo wa<br />
Chiyo ni yachiyo ni<br />
:''Sazare -ishi no''<br />
:''Iwa oIwao to narite''<br />
:''Koke no musu made''
|
:Que a monarquia do Imperador <br />
dure por milhares e milhares de gerações, <br />
Até que o pedregulho <br />
se torne um rochedo <br />
E os musgos venham a cobrí-lo.
|}
 
===Em japonês romanizado===
:''Kimi ga yo wa''
:''Chiyo ni''
:''Yachiyo ni''
:''Sazare ishi no''
:''Iwa o to narite''
:''Koke no musu made''
 
=== Tradução em [[língua portuguesa|português]] ===
:Que a monarquia do Imperador
 
dure por milhares e milhares de gerações,
 
Até que o pedregulho
 
se torne um rochedo
 
E os musgos venham a cobrí-lo.
<ref>{{citar web|URL = http://www.nihongobrasil.com.br/hino-nacional-do-japao.php|título = Kimi ga yo - Hino do Japão|data = |acessadoem = 26/07/2014|autor = |publicado = }}</ref>''<nowiki/>''
== {{Ver também}} ==
{{correlatos