Máquina de Wimshurst: diferenças entre revisões

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A máquina possui dois discos feitos com materiais isolantes que giram em sentidos opostos. Nesses discos são fixados diversos setores [[metal|metálicos]] cujas bordas são arredondadas a fim de amenizar perdas de energia por [[efeito corona]]. Os setores são mais largos nas bordas que no seu interior, o que permite um espaçamento constante entre eles ao redor do disco.
 
Em frente a cada disco existe uma barra metálica, que são cruzadas uma em relação à outra num ângulo de aproximadamente 60°. Essas barras, chamadas de barras neutralizadoras, possuem em suas extremidades escovas feitas com fios metálicos que tocam os setores da máquina enquanto os discos giram. Quando um setor metálico passa por uma escova ocorre uma influência pelo disco oposto, e por indução eletrostática cargas elétricas opostas às do disco oposto são atraídas para ele. A estrutura gera cargas crescentes nos setores, e as tensões sobem até que ocorra [[faísca|faiscamento]].
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Uma importante variação da máquina de Wimshurst é a [[máquina de Bonetti]] (1894), que, com a mesma estrutura básica, usa discos limpos, sem setores, e escovas múltiplas nos neutralizadores, ou pentes com pontas.<ref name="queiroz"/>
 
As cargas elétricas induzidas são coletadas por barras metálicas em forma de "U", que rodeiam as partes laterais dos discos. Estas barras são os coletores de carga da máquina, e possuem algumas pontas ou dentes metálicos dispostos à frente dos setores da máquina. Pelo efeito do "[[poder das pontas]]" grande parte da carga nos setores é "puxada" para os coletores. As cargas são levadas aos terminais da máquina, que possuem um faiscador. Nas extremidades do faiscador são colocadas esferas metálicas, a fim de que a cargas elétricas se concentrem antes de atingir a tensão de faiscamento, formando descargas elétricas vísíveis.
 
[[File:Maquina wimshurst.jpg|thumb|Máquina de Wimshurst pertencente ao acervo de experimentos do Espaço interCiências - Universidade Federal de Itajubá (MG)]]
 
Uma Máquina de Wimshurst com discos de 30 cm de diâmetro produz até 100.000 volts, com uma [[corrente elétrica]] de aproximadamente 20 uA. É comum encontrar conectados aos terminais da máquina pares de [[capacitores]] do tipo [[garrafa de Leyden]], com a intenção de se conseguir descargas elétricas maiores e mais intensas devido à carga acumulada neles. A corrente é proporcional à velocidade de rotação e a área dos discos ocupada pelos setores, sendo portanto proporcional ao quadrado do diâmetro dos discos para mesma [[velocidade angular]] de rotação. A acumulação de cargas parasitas no lado oposto de placas carregadas é um problema com todas as máquinas eletrostáticas anteriores à de Wimshurst, com apenas um disco rotativo, causando reversões periódicas de polaridade, inexistentes na máquina de Wimshurst.<ref name="queiroz"/>