Maílson da Nóbrega: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 24:
 
==== O Plano Verão ====
O pacote econômico conhecido como "Plano Verão" foi o quarto e último do governo Sarney, e tinha como objetivo principal controlar a escalada inflacionária num ano eleitoral.<ref>{{citar web|url=http://www.country-data.com/cgi-bin/query/r-1736.html|título=Brazil: The 1985-89 Period|língua=inglês|editor=Country Listing|data=abril de 1997|acessodata=26-05-2013}}</ref> Para isso, foi criada uma nova moeda, o ''[[cruzado novo]]'' (que valia 1.000 [[Cruzado (BRC)|cruzados velhos]]), houve uma [[Desvalorização interna da moeda|desvalorização]] de 14% da moeda nacional perante o dólar, e preços e salários foram [[Congelamento de preços|congelados]].<ref name="Verano"/><ref>{{citar web|url=http://ich.ufpel.edu.br/economia/professores/mpassos/planoscruzadobressereverao.pdf|título=Planos Cruzado, Bresser e Verão|editor=[[Universidade Federal de Pelotas]]|formato=pdf|autor=Marcelo de Oliveira Passos|língua=português|acessodata=10-11-2013}}</ref> Como os seus antecessores, o Plano Verão revelou-se um quase completo fracasso. Maílson da Nóbrega admite que seus objetivos não foram atingidos, mas que outras medidas que deveriam ter sido adotadas para que o plano obtivesse êxito, não foram aprovadas pelo [[Congresso Nacional do Brasil|Congresso brasileiro]]. Entre elas, a demissão de funcionários públicos sem estabilidade, extinção de órgãos públicos e um amplo programa de privatizações.<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u490114.shtml|título=Mailson admite fracasso do Plano Verão, mas questiona correção na poupança|língua=português|autor=Ygor Salles|editor=[[Folha de S. Paulo]]|data=15-01-2009|acessodata=26-05-2013}}</ref> Estas medidas foram posteriormente adotadas nos governos [[Neoliberalismo|neoliberais]] de [[Fernando Collor de Mello]] e [[Fernando Henrique Cardoso]], embora não tenham se revelado particularmente eficazes na redução do [[Deficit público|déficit público]].<ref>{{citar web|url=http://elpais.com/diario/1989/03/30/economia/607212011_850215.html|título=El 'plan verano' contra la inflación en Brasil fracasa tras dos meses de vigencia|editor=[[El País]]|autor=[[William Waack]]|língua=castelhano|data=30-03-1989|acessodata=26-05-2013}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.teoriaedebate.org.br/materias/economia/plano-verao-e-neoliberalismo?page=full|título=Plano Verão e neoliberalismo|editor=Teoria e Debate|autor=[[Guido Mantega]]|língua=português|data=01-04-1989|acessodata=26-05-2013}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.nytimes.com/1990/01/07/business/bad-times-bold-plans-for-brazil.html?pagewanted=all&src=pm|título=Bad Times, Bold Plans for Brazil|língua=português|autor=James Brooke|editor=[[The New York Times]]|data=07-01-1990|acessodata=26-05-2013}}</ref>
 
Além de sua inocuidade como instrumento de controle da inflação, alega-se que o Plano Verão e similares ([[Plano Bresser]] de 1987 e os [[Plano Collor|Planos Collor 1]], de 1990, e Collor 2, de 1991),<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/economia/noticia/2012/09/planejado-contra-hiperinflacao-plano-collor-deu-inicio-abertura-comercial.html|título=Planejado contra hiperinflação, plano Collor deu início à abertura comercial|autor=Anay Cury|coautores=Gabriela Gasparin|editor=g1.com|língua=português|data=10-11-2012|acessodata=26-05-2013}}</ref> teriam causado prejuízos às pessoas que na época possuíam [[Caderneta de poupança|cadernetas de poupança]], pois os índices de correção monetária foram alterados. No caso do Plano Verão, as perdas foram estimadas em cerca de 20,37% sobre os rendimentos em fevereiro de 1989.<ref>{{citar web|url=http://www.abradec.com.br/planoverao89.html|título=O que foi o Plano Verão '89?|editor=ABRADEC|língua=português|ano=2010|acessodata=26-05-2013}}</ref> Todavia, a Confederação Nacional do Sistema Financeiro brasileiro não somente contesta a ideia de que os poupadores teriam sido prejudicados, como afirma que as instituições financeiras não se apropriaram do dinheiro expurgado das contas dos clientes, já que qualquer excesso de liquidez é recolhido compulsoriamente ao [[Banco Central do Brasil|Banco Central]].<ref>{{citar web|url=http://www.consif.org.br/index.asp|título=Planos Econômicos|editor=Confederação Nacional do Sistema Financeiro|língua=português|acessodata=26-05-2013}}</ref> Em 2013, o [[Supremo Tribunal Federal]] (STF) começou a avaliar o caso, para definir se houve prejuízos - e quem pagará por eles.<ref>{{citar web|url=http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/03/130315_brasil_poupancas_confisco_pai.shtml|título=Após 23 anos do Plano Collor, 'trauma de confisco' sobrevive|língua=português|editor=BBC Brasil|autor=Paula Adamo Idoeta|data=20-03-2013|acessodata=26-05-2013}}</ref>