João II de Aragão: diferenças entre revisões

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Dominado por sua segunda esposa [[Juana Enríquez]], maltratou os filhos de [[Branca I de Navarra]]. Quando em [[1452]] nasceu seu filho Ferran (depois [[Fernando II de Aragão|Fernando II]]), Joana passou a pressionar o rei para deserdar o primogênito, príncipe [[Carlos de Viana]], filho de Branca, e nomear seu filho como sucessor.
 
A oposição a este rei se deve a seus pleitos com o filho Carlos de Viana que, despojado do reino, se refugiou na corte de seu tio [[Afonso IV de Aragão|Afonso IV]] em Nápoles, o qual o nomeara, em seu testamento, sucessor de João. Morto o rei Afonso, Carlos refugiou-se em Maiorca. João II desejava casá-lo com [[Isabel de Castela]], mas o desembarque de Carlos em Barcelona, entusiasticamente recebido, fez com que o pai o mandasse prender em [[1460]]. Foi tal a indignação na [[Catalunha]] que a ''[[Generalitat de Catalunha|Generalitat]]'', dado que o rei não cumprira as leis, exigiu do rei a nomeação de Carlos de Viana como herdeiro. A ''Generalitat'' se enfrentou militarmente ao rei, que capitulou em fevereiro de 1461, deixando o filho em liberdade e assinando seu reconhecimento em [[21 de junho]] de [[1461]]. Em [[23 de setembro]] de [[1461]], porém, o príncipe Carlos de Viana morreu de um "mal de costado" (nome dado à [[pleurisia]]). Os catalães, indignados, ofereceram a coroa ao rei francês [[Luís XI]], que a recusou.
 
Em [[1462]] aconteceu a revolta dos ''remençes'' ou agricultores em terras de propriedade alheia. A ''Generalitat'' enfrentou a revolta e o rei se posicionou contra a ''Generalitat'', solicitando ajuda ao rei francês mediante pagamento de 200.000 escudos e a cessão dos direitos reais sobre o [[Rossilhão]] e a [[Cerdaña]]. As tropas francesas invadiram, tendo início uma guerra civil entre o rei e a ''Generalitat''. A ''Generalitat'' ofereceu a coroa ao rei de Castela [[Henrique IV de Castela|Henrique IV]], que a conservou um ano (1462-1463). As cortes catalãs elegeram então rei de Aragão [[Pedro, Condestável de Portugal|D. Pedro de Portugal]], [[Condestável de Portugal]], filho do regente, infante [[Pedro, duque de Coimbra|D. Pedro]] e neto do [[Condado de Urgel|Conde de Urgel]], que partencia à família real aragonesa por sua mãe Dona Isabel de Aragão, filha de Don Jaume ou [[Jaime II, Conde de Urgel]], pretendente ao trono. Pedro de Portigal tomou posse do condado em [[21 de janeiro]] de [[1464]] mas morreu em [[Granollers]] em [[29 de junho]] de [[1466]] de modo suspeito, antes de ter consolidado a sua posição. A comitiva fúnebre que transportou o corpo para Barcelona era presidida por [[Mossen Francesc Colom]]. Pedro de Portugal era escritor de mérito, a quem se atribui a autoria de muitas obras.