Micareta: diferenças entre revisões

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Feira de santana
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Como sabemos a origem do Carnaval no Brasil está associado ao entrudo. Até que o termo Carnaval passou a ser utilizado pelas autoridades para designar as festas realizadas pelas grandes sociedades com bailes, desfiles e batalhas de confetes, em detrimento do entrudo, que passara a ser visto como algo rude e inculto. Essa festividade que consistia em uma batalha de líquidos nas ruas das cidades foi trazida pelos portugueses e espalhou-se pelos centros urbanos oitocentistas.
 
No Rio de Janeiro, a imprensa pôs-se contra o entrudo os limões-de-cheiroscheiro e todo tipo de molhaceira na cidade. Durantes os anos 1880 ate 1910, eram inúteis as críticas dos jornalistas e literatos, e frágil a ação da polícia para desanimar os foliões de suas brincadeiras de molhar. Em Salvador, o entrudo foi oficialmente proibido em 1853, pois era visto como jogo sujo, anárquico e incivilizado. Tanto no Rio como em Salvador, a imprensa insistia em tecer elogios esfuziantes aos carnavais elegantes de Nice e Veneza, dando destaque aos bailes à fantasia, desfiles de cordões com bandas de música e carros alegóricos ricamente ornamentados.
 
Qual a relação entre Carnaval e micareta? Mi-carême é uma palavra de origem francesa que significa literalmente “meio da quaresma”. Em Paris, o primeiro mi-carême foi comemorado por estudantes, comerciantes, açougueiros, comerciantes e lavandeiras, entre as quais elegiam a rainha. A festa da mi-carême acontecia em Paris desde o século XV. Interessante notar que até o século XIX tinha ainda aspecto popular. No meio da quaresma, o povo fazia a Queima do Judas e a Serração da Velha.