Anéis de Urano: diferenças entre revisões

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O anel λ foi um dos descobertos pela ''Voyager 2'' em 1986.<ref name=Stone1986 /> É um anel estreito e brilhante localizado no interior do anel ε entre este e o satélite Cordélia.<ref name=Smith1986 /> Este satélite vai na realidade limpando uma pista obscura dentro do anel λ. Quando se vê em iluminação traseira,{{#tag:ref|A iluminação traseira ou ''back-scattered light'' é quando o ângulo entre o observador e a luz proveniente do sol que ilumina os anéis é próximo a 180°, ou seja, os anéis estão iluminados por detrás.|name="notab"|group="N"}} o anel λ é extremamente estreito; aproximadamente 1–2 km— e tem uma profundidade óptica equivalente de 0,1–0,2 km à comprimento de onda de 2,2 μm.<ref name=dePater2006 /> A profundidade óptica normal é de 0,1–0,2.<ref name=Smith1986 /><ref name=Holberg1987>{{Citar periódico|sobrenome=Holberg |nome=J.B. |co-autores=Nicholson, P. D.; French, R.G.; Elliot, J.L. |título=Stellar Occultation probes of the Uranian Rings at 0.1 and 2.2 μm : A comparison of Voyager UVS and Earth based results |publicação=The Astronomical Journal |ano=1987|volume=94|páginas=178–188| url=http://adsabs.harvard.edu/abs/1987AJ.....94..178H |doi=10.1086/114462}}</ref> A profundidade óptica do anel λ mostra uma forte dependência de comprimento de onda, o que é atípico dentro do sistema anular de Urano. A profundidade equivalente é tão grande quanto 0,36 km na parte ultravioleta do espectro, o que explica porquê o anel λ foi inicialmente detectado em ocultações estelares sob ultravioleta pelo ''Voyager 2''.<ref name=Holberg1987 /> A detecção durante a ocultação estelar no comprimento de onda de 2,2 μm foi unicamente anunciada em 1996.<ref name=dePater2006 />
 
A aparência do anel λ mudou drasticamente quando se observou em iluminação frontal em 1986.<ref name=Smith1986 /> Sob esta geometria o anel torna-se o rasgo mais brilhante do sistema anular de Urano, mais do que o anel ε.<ref name=Burns2001 /> Esta observação, com a dependência de comprimento de onda da profundidade óptica, indica que o anel λ contém quantidades significativas de poeira de tamanho [[Micrômetro (unidade de medida)|micrométrico]].<ref name=Burns2001 /> A profundidade óptica normal desta poeira é 10<sup>−4</sup>–10<sup>−3</sup>.<ref name=Ockert1987 /> As observações levadas a cabo em 2007 pelo [[telescópio Keck]] durante a mudança de plano dos anéis confirmaram esta conclusão, porque o anel λ tornou-se num dos elementos mais brilhantes do seu sistema anular.<ref name=dePater2007 />
 
A análise detalhada das imagens do ''Voyager 2'' revelaram variações azimutais no brilho do anel λ.<ref name=Ockert1987 /> As variações parecem ser periódicas, lembrando uma [[onda estacionária]]. A origem desta estrutura fina no anel λ continua sendo um mistério.<ref name=Burns2001 />