Conde de Alpedrinha: diferenças entre revisões

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'''Conde de Alpedrinha''' foi um título criado por decreto de [[30 de Agosto]] de [[1854]] e por carta de [[26 de Dezembro]] de [[1860]] do rei D. [[Pedro V de Portugal]] a favor de [[José Sebastião de Saldanha de Oliveira e Daun]], filho segundo do Conde de Rio Maior, neto do Marquês de Pombal e irmão do Duque de Saldanha. Foi 12.º Senhor de Pancas pelo casamento e Juiz Conselheiro do Conselho Ultramarinho, do CSMF, aposentado com Honras de Conselheiro de Estado. Recebeu no seu Palácio de Arroios (Vila Flor) S.A.R. o duque de Sussex, irmão do Rei de Inglaterra e Grão-Mestre da Maçonaria, durante largos meses.
 
O título foi criado em memória da representação por parte de sua mulher dos Senhores de Pancas e da Atalaya da Beira, Senhorio instituido em 1475, como Couto (trasnmissão por D. João II do couto conferido a D. Pedro de Menezes) sobre Morgadio constituido com bens dados como dote pelo Cardeal Alpedrinha para o casamento de sua sobrinha. Trata-se de Senhorio que abrangia o Couto das Herdades de Pancas (que na sua máxima extensão chegou a ter 15.000 hectares), casas em Lisboa, a Quinta de Marvilla que depois passou aos Marqueses de Abrantes, e os morgadios de Alpedrinha, de Santa Catarina, das Donas, etc. Eram Senhores do Couto de Pancas e dos lugares da Atalaya e da Orca, usando habitualmente Senhor de Pancas e da AtalyaAtalaya. Na família Costa tinha ainda recaído a representação dos Senhores das Donas (igualmente Costa Freire) e dos Senhores de Sandomil e Loriga (Machado) de juro e herdade, mercê de D. Afonso V, de 1450.
 
A família é procedente da sobrinha herdeira do referido Cardeal Alpedrinha, D. Jorge da Costa, que foi Carmelengo, Cardeal Bispo, Decano do Sacro-Colégio Cardinalício, "Primeiro-Ministro" de Portugal e Co-regente, Arcebispo de Lisboa, e Primaz de Braga, Bispo de Ceuta, Abade de Alcabaça e de mais 14 Abadias, documentadamente o cardeal mais rico do seu tempo, e várias vezes votado para Papa nos conclaves que elegeram o Papa Bórgia e o Papa della Rovere, de quem era apoiante e de quem foi candidato oficial ao Papado, etc., e de quem se diz ter recusado o Papado. Certo é que foi um dos negociadores de Tordesilhas, facilitou a criação das Misericórdias, viveu em Roma na via del Corso no Palácio Fiano-Almagiá (Ottoboni) e que abriu as Portas de São João de Latrão no Jubileu de 1500. Está enterrado em Santa Maria del Populo.
 
Um dos Senhores de Pancas esteve na aclamação de D. João IV. Outro Senhor de Pancas (Cristóvão da Costa Freire) foi Governador do Estado do Grão-Pará e Maranhão (Brasil do Norte com capital em São Luis, quando existiam dois Estados no Brasil) no tempo de D. João V e Governador interino do Brasil. De outro, anterior, em finais de XVII, sabe-se que se bateu em duelo com o Marquês de Marialva. Francisco da Costa Freire, foi General e Governador da Madeira e D. Francisco da Costa e Noronha, também Senhor de Pancas, foi Estribeiro-Mor temporário do Rei D. José. Os Senhores de Pancas tinham Palácio em Santa Apolónia, o Palácio Pancas-Palha, hoje do Município. Tinham também um Solar em Pancas, onde receberam o Rei D. José, um Solar em Alpedrinha contíguo à Capela do Leão (atribuida a Chanterenne) e o Paço das Donas. Actualmente os bens Alpedrinha já não estão na posse da família que detém apenas bens Vila Flor e Azarujinha
Pela morte de D. Franciso da Costa e Noronha, passou o senhorio, após longa demanda com a viúva D. Maria Balbina de Sousa Coutinho, irmã do Conde de Linhares e do Principal Souza, para D. Maria Leonor Manuel de Vilhena da Costa Freire, Senhora da Zibreira, e Condessa de Alpedrinha, pelo casamento com José Sebastião de Saldanha Oliveira e Daun, filho do Conde de Rio Maior, irmão do Duque de Saldanha e neto do Marquês de Pombal. Esta senhora veio a ser a 12.ª Senhora de Pancas. O seu filho D. Cristóvão, legitimista, ajudante de campo de D. Miguel, herdeiro da Casa e títulos Alpedrinha e da Casa e títulos Vila Flor e Terceira pela morte do Duque da Terceira, seu primo, usou apenas e sempre Senhor de Pancas.
Os Senhores de Pancas tinham Palácio em Santa Apolónia, o Palácio Pancas-Palha, hoje do Município. Tinham também um Solar em Pancas, onde receberam o Rei D. José, um Solar em Alpedrinha contíguo à Capela do Leão (atribuida a Chanterenne) e o Paço das Donas. Actualmente os bens Alpedrinha já não estão na posse da família que detém apenas bens Vila Flor e Azarujinha
== Titulares ==
1. [[José Sebastião de Saldanha de Oliveira e Daun]] (1778-1855)