Federação do Mali: diferenças entre revisões

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Após a [[Segunda Guerra Mundial]], as colônias da [[África Ocidental Francesa]] começaram a exercer significativa pressão sobre a Metrópole no sentido de uma maior [[autodeterminação]] e de uma redefinição de suas relações com a França. Após a [[Crise de Maio de 1958]], foi dada às colônias da África Ocidental Francesa a oportunidade de votarem pela independência imediata ou pelo ingresso em uma nova [[Comunidade Francesa]] (um arranjo que garantiria às colônias alguma autonomia, porém sem o rompimento dos laços com a França). Apenas a [[Guiné]] optou pela independência completa; as demais colônias votaram pela adesão à Comunidade Francesa.{{sfn|Kurtz|1970|p=405}}
 
No referendo de 1958, dois grandes partidos políticos dividiram os países da África Ocidental: a [[Assembleia Democrática Africana]] (em francês: ''Rassemblement Démocratique Africain'', RDA) e o [[Partido do Reagrupamento Africano]] (em francês: ''Parti du Regroupement Africain'', PRA). Os dois grupos regionais discutiam entre si acerca de questões como a independência e a extensão dos laços com a França. O RDA era o partido governista na Costa do Marfim, no Sudão Francês e na Guiné, enquanto que o PRA era o principal partido governista no Senegal, além de deter maiorias consideráveis em outros países. Os dois partidos também eram parte dos [[governo de coalizão|governos de coalizão]] no Alto Volta, no Níger e em Daomé. <!-- Enquanto os dois partidos lutavam um com o outro para moldar o futuro político da região, a Mauritânia tornou-se muitas vezes uma parte neutra que iria quebrar quaisquer impasses. --> A votação de 1958 revelou uma série de divisões internas em ambos os partidos.{{sfn|Foltz|1965|pp=85-87}} O RDA realizou um congresso em 15 de novembro de 1958 para discutir os resultados eleitorais recentes. Nele, a divisão ficou clara, com [[Modibo Keïta]] do Sudão Francês e [[Doudou Gueye]] do Senegal defendendo primeiramente a federação (uma federação que abrangeria a França e as colônias em um sistema unificado) e [[Félix Houphouët-Boigny]] da Costa do Marfim descartando a proposta. O impasse resultante foi tão grave que a reunião oficialmente nunca aconteceu.{{sfn|Foltz|1965|p=98}}
 
== Formação ==
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;Livros
*{{citar livro|sobrenome=Foltz|nome=William J|titulo=From French West Africa to the Mali Federation|ano=1965|local=New Haven|editora=Yale University Press|ref=harv}}
*{{citar livro|sobrenome=Hodgkin|nome=Thomas|coautor=; Morgenthau, Ruth Schacter. ''Mali''|titulo=Political Parties and National Integration in Tropical Africa|editor=James Scott Coleman (ed.)|página=216–258|ano=1964|editora=University of California Press|local=Berkeley, CA|url=http://books.google.com.br/books?id=JpNYxFmTjC4C&printsec=frontcover&hl=pt-BR|ref=harv}}
*{{citar livro|sobrenome=Imperato|nome=Pascal Jame|titulo=Mali: A Search for Direction|local=Boulder, CO|editora=Westview Press|ano=1989|ref=harv}}
*{{citar livro|sobrenome=Pedler|nome=Frederick|titulo=Main currents of West African history, 1940-1978|editora=MacMillan Press|local=Londres|ano=1979|ref=harv}}