A Flauta Mágica: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:Papageno.jpg|thumb|250px|Papageno é uma personagem da ''Flauta Mágica'' (''Die Zauberflöte'').]]
 
'''A Flauta Mágica''' '''(original em [[língua alemã|alemão]] ''Die Zauberflöte'') <small>[[Catálogo Köchel|KV 620]]</small> é uma [[ópera]] em dois atos de [[Wolfgang Amadeus Mozart]], com [[libreto]] [[língua alemã|alemão]] de [[Emanuel Schikaneder|Emanuel]]'''[[Emanuel Schikaneder| S'''chikaneder''']]'''.<ref>Sadie, 1988, p.138</ref> Estreou no [[Theater auf der Wieden]] em [[Viena]], no dia [[30 de setembro]] de [[1791]].<ref>Pahlen, 1991, p.286</ref>'''
 
'''Schikaneder era companheiro de loja [[maçonaria|maçônica]] de Mozart. À época, por influência da [[Revolução Francesa]], a maçonaria adquiria simpatizantes ao mesmo tempo que era perseguida.'''
 
'''A ópera mostra a filosofia do [[Iluminismo]]. Algumas de suas [[ária]]s tornaram-se muito conhecidas, como o dueto de Papageno e Papagena, e as duas árias da Rainha da Noite. Os conceitos de liberdade, igualdade e fraternidade da RevolouçãoRevolução Francesa transparecem em vários momentos na ópera, por exemplo quando o valor de Tamino, protagonista da história, é questionado por ser um [[príncipe]], e que por tal motivo talvez não conseguisse suportar as duras provas exigidas para entrar no templo. Em sua defesa, Sarastro responde: "mais que um príncipe, é uma''' pessoa".<ref>No original, em alemão, „Mehr noch – er ist Mensch!" (Ato II, cena 1)</ref>
 
== Contexto histórico ==
* '''''A Flauta Mágica'' foi produzida no século XVIII, período histórico em que a linha de pensamento do homem sofria uma mudança radical através do Iluminismo,''' '''conjunto de ideais filosóficos que defendia o fim das superstições medievais cultivadas pela Igreja durante a [[Idade Média]] e a valorização de uma visão de mundo racional, em que a sabedoria aparece como única possibilidade de justiça e igualdade entre os homens, o que imediatamente coloca em xeque as relações de poder e subordinação da sociedade da época e a legitimidade dos aristocratas e das tiranias.'''
'''Nesse contexto, ''A Flauta Mágica'' apresenta-se como uma ópera de formação e como uma alegoria para as provações pelas quais o homem precisa passar para sair das trevas do pensamento medieval em direção da luz iluminista. Assim, as principais personagens Tamino e Pamina enfrentam os obstáculos impostos pelos membros do Templo da Sabedoria para juntos, ao final da ópera, encontrarem a realização plena e a união ideal.<ref>Sadie, 1988, p.160</ref>'''
 
'''Nesse contexto, ''A Flauta Mágica'' apresenta-se como uma ópera de formação e como uma alegoria para as provações pelas quais o homem precisa passar para sair das trevas do pensamento medieval em direção da luz iluminista. Assim, as principais personagens Tamino e Pamina enfrentam os obstáculos impostos pelos membros do Templo da Sabedoria para juntos, ao final da ópera, encontrarem a realização plena e a união ideal.<ref>Sadie, 1988, p.160</ref>'''
'''Em sua jornada, o casal conta com a ajuda de Sarastro, soberano que simboliza o homem racional que detém o poder por sua sabedoria – não pela força – e que é capaz de ser sempre justo com qualquer cidadão que busque seus conselhos. Sarastro não é a resposta para a sabedoria, mas o caminho para se chegar até ela, ao guiar o homem em sua jornada pessoal em busca da autonomia e liberdade de pensamento. Nesse sentido o personagem entra em contraste direto com a Rainha da Noite, a vilã da história que figura como tudo aquilo condenado pelo Iluminismo: a superstição, a irracionalidade, a aristocracia, a tirania e a subordinação tanto social quanto intelectual, ao ditar tudo o que seus inferiores devem ou não pensar e fazer.'''
 
'''Em sua jornada, o casal conta com a ajuda de Sarastro, soberano que simboliza o homem racional que detém o poder por sua sabedoria – não pela força – e que é capaz de ser sempre justo com qualquer cidadão que busque seus conselhos. Sarastro não é a resposta para a sabedoria, mas o caminho para se chegar até ela, ao guiar o homem em sua jornada pessoal em busca da autonomia e liberdade de pensamento. Nesse sentido o personagem entra em contraste direto com a Rainha da Noite, a vilã da história que figura como tudo aquilo condenado pelo Iluminismo: a superstição, a irracionalidade, a aristocracia, a tirania e a subordinação tanto social quanto intelectual, ao ditar tudo o que seus inferiores devem ou não pensar e fazer.'''
'''A ópera também apresenta influência dos ideais da sociedade maçônica(maçonaria- religião) – da qual se sabe que Mozart e Schikaneder faziam parte –, principalmente no que diz respeito ao ritual de iniciação pela qual passam Tamino e Pamina, composto de diversas provas (tal qual o ritual de iniciação maçônico) que testam o amor e a persistência do casal, recebido sob as bênçãos de toda a fraternidade do Templo da Sabedoria ao final da história.'''
 
'''A ópera também apresenta influência dos ideais da sociedade maçônica(maçonaria- religião) – da qual se sabe que Mozart e Schikaneder faziam parte –, principalmente no que diz respeito ao ritual de iniciação pela qual passam Tamino e Pamina, composto de diversas provas (tal qual o ritual de iniciação maçônico) que testam o amor e a persistência do casal, recebido sob as bênçãos de toda a fraternidade do Templo da Sabedoria ao final da história.'''
 
== Criação ==