Estação Ferroviária de Alcácer do Sal: diferenças entre revisões

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|estação=Alcácer do Sal
|inauguração=25 de Maio de 1920
|encerramento=1 de Dezembro de 2011
|concelho=[[Alcácer do Sal]]
|coordenadas={{coord|38|22|22.34|N|8|31|29.8|W|region:PT}}
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|serviços=[[Ficheiro:Wheelchair.svg|25x25px|Estação sem barreiras arquitectónicas]]
}}
A '''Estação Ferroviária de Alcácer do Sal''', originalmente conhecida por '''Estação de Alcácer - Norte''', é uma interface encerrada da [[Linha do Sul]], que serveservia a localidade de [[Alcácer do Sal]], no [[Distrito de Setúbal]], em [[Portugal]].
 
== Caracterização ==
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== História ==
[[File:Estação de Alcácer do Sal, 2008.10.21 (3994661940).jpg|thumb|left|Vista de rua da estação.]]
===Antecedentes===
Até cerca de meados do Século XIX, o transporte rodoviário em Portugal foi muito deficiente, sendo preferencialmente utilizados os transportes marítimo e fluvial, quando era possível.<ref name=Serrao/> Até ao desenvolvimento da rede ferroviária no Sul do país, Alcácer do Sal era um dos principais portos na região e um ponto de convergência das estradas, sendo o local onde se fazia o transbordo de passageiros e mercadorias para os barcos com destino e origem em [[Lisboa]].<ref name=Serrao/><ref>SANTOS, p. 47-48</ref> Por exemplo, a chamada Rota do Trigo ligava [[Évora]] a Alcácer do Sal, sendo o transporte de cereais feito por carros de tracção animal, lentos e morosos.<ref name=Serrao>SERRÃO, p. 447-449</ref>
Em 1844, o [[Ministro da Fazenda]], [[João Gualberto de Oliveira]], defendeu a construção de um caminho de ferro entre o Alentejo e Alcácer do Sal, com ligação pelas vias fluvial e marítima a [[Lisboa]].<ref>{{Citar periódico|autor=AGUILAR, Busquets de|paginas=383-393|titulo=A Evolução História dos Transportes Terrestres em Portugal|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|numero=1475|volume=62|local=Lisboa|data=1 de Junho de 1949|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1949/N1475/N1475_master/GazetaCFN1475.pdf|acessodata=23 de Outubro de 2014}}</ref>
 
Em 1844, o [[Ministro da Fazenda]], [[João Gualberto de Oliveira]], defendeusugeriu aque construçãoo detraçado umpor caminho de ferroterra, entredesde o Alentejo eaté Alcácer, dofosse Sal,substituído compor ligaçãoum pelascaminho viasde fluvialferro<ref ename=Serrao/>, marítimadefendendo que seria a [[Lisboa]]única linha em Portugal que poderia ter algum lucro.<ref>{{Citar periódico| autor= AGUILAR, Busquets de| paginas= 383-393|titulo=A Evolução História dos Transportes Terrestres em Portugal|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro| numero=1475 |volume= 62|local=Lisboa|data=1 de Junho de 1949|url= http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1949/N1475/N1475_master/GazetaCFN1475.pdf|acessodata=23 de Outubro de 2014}}</ref><ref>{{Citar periódico|autor=[[Frederico Abragão|ABRAGÃO, Frederico]]| paginas= 393-400|titulo=A ligação de Lisboa com o Porto por Caminho de Ferro|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro| numero=1561 |volume= 65|data=1 de Janeiro de 1953|url= http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1953/N1561/N1561_master/GazetaCFN1561.pdf|acessodata=10 de Fevereiro de 2015}}</ref>
 
Em 1894, existia uma carreira de diligências desde [[Santiago do Cacém]] até à [[Estação de Poceirão]], que passava por Alcácer do Sal.<ref>SILVA, p. 164</ref>
 
===Planeamento, construção e inauguração===
A construção de uma estação, inserida na Linha do Sado, que servisse Alcácer do Sal, foi primeiro referida no Plano da Rêde ao Sul do Tejo, documento datado de 6 de Outubro de 1898 que devia orientar todos os empreendimentos ferroviários nesta região.<ref>{{Citar periódico|ultimo=SOUSA|primeiro=José Fernando de|datapaginas=16 de Outubro de 1903345|titulo=A Linha do Sado|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro| volume=16 |numero=380|paginasdata=34516 de Outubro de 1903|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1903/N380/N380_master/GazetaCFN380.pdf | acessadoem=16 de Julho de 2010}}</ref> Nessa altura, foi organizado um inquérito administrativo, para a apreciação do público sobre os projectos ferroviários dos Planos das Redes Complementares ao Norte do Mondego e Sul do Tejo; entre os projectos listados, estava a Linha do Valle do Sado, ligando [[Estação de Setúbal|Setúbal]] a [[Apeadeiro de Garvão|Garvão]], passando por [[Estação de Grândola|Grândola]] e Alcácer do Sal.<ref>{{Citar periódico|paginas=112|titulo=Há 50 anos|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|numero=1466|volume=61|local=Lisboa|data=16 de Janeiro de 1949|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1949/N1466/N1466_master/GazetaCFN1466.pdf|acessodata=10 de Fevereiro de 2015}}</ref> Em Junho de 1918, previa-se que a linha entre [[Estação de Grândola|Grândola]] e Alcácer do Sal seria aberto ainda nesse ano<ref>{{citar jornal|titulo=Efemérides |paginas=221-223 | data=16 de Abril de 1939|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|volume=51|numero=1232|local=Lisboa |url= http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1939/N1232/N1232_master/GazetaCFN1232.pdf|acessodata=4 de Março de 2014}}</ref>; com efeito, este troço abriu no dia 14 de Julho de 1918, tendo a primeira estação a servir esta localidade sido um edifício provisório na margem Sul do [[Rio Sado]]<ref name=Gazeta1684/>, denominado de Alcácer - Sul.<ref>{{Citar periódico| paginas= 528-530|titulo=Troços de linhas férreas portuguesas abertas à exploração desde 1856, e a sua extensão|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|volume=69|numero=1652|data=16 de Outubro de 1956|local=Lisboa|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1956/N1652/N1652_master/GazetaCFN1652.pdf|acessodata=4 de Março de 2014}}</ref>
 
O concurso público para a estação definitiva foi aberto em 16 de Janeiro de 1917, pelos [[Caminhos de Ferro do Estado]]<ref>{{Citar periódico|paginas=31|titulo=Arrematações|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|volume=30|numero=698|data=16 de Janeiro de 1917|local=Lisboa |url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1917/N698/N698_master/GazetaCFN698.pdf| acessadoem=4 de Março de 2014}}</ref>; esta interface foi inaugurada em 25 de Maio de 1920, junto com o troço até [[Estação de Setúbal|Setúbal]], completando, assim, a Linha do Sado.<ref name=Gazeta1684>{{Citar periódico|autor=[[Carlos Manitto Torres|TORRES, Carlos Manitto]]|paginas=91, 92|titulo=A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário|data=16 de Fevereiro de 1958|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|volume=70|numero=1684|local=Lisboa|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1958/N1684/N1684_master/GazetaCFN1684.pdf|acessadoem=4 de Março de 2014}}</ref><ref>{{citar web| url=http://comboios.home.sapo.pt/hist_p.html#hist|título=A História e as Linhas: Breve História dos Caminhos de Ferro Portugueses|acessodata=16 de Julho de 2010|autor=COSTA, André| publicado=ADCosta Website}}</ref>
 
===Ligações propostas a Vendas Novas e Casa Branca===
[[File:Flickr - nmorao - Areia, Estação de Alcácer, 2008.10.31 (1).jpg|thumb|Estação de Alcácer do Sal, em 2009.]]
No Plano Geral da Rede Ferroviária, publicado pelo Decreto n.º 18.190, de 28 de Março de 1930, estavam incluídas os projectos para duas novas ligações ferroviárias a Alcácer do Sal; a primeira, denominada de Transversal de Santa Susana, devia terminar em [[Estação de Casa Branca|Casa Branca]], e servir as Minas de carvão de Santa Susana.<ref name=Gazeta1235/><ref>{{Citar periódico| titulo=Os caminhos de ferro e a camionagem|paginas=33-34|local=Lisboa|data=1 de Janeiro de 1940|volume=52| numero=1249| jornal= Gazeta dos Caminhos de Ferro|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1940/N1249/N1249_master/GazetaCFN1249.pdf| acessodata=26 de Março de 2014}}</ref><ref name=Decreto18190/> A segunda linha, com o nome de Transversal de Vendas Novas, seria uma continuação da [[Linha de Vendas Novas]] até Alcácer do Sal<ref name=Decreto18190>PORTUGAL. [http://dre.pt/pdf1sdip/1930/04/08300/06580665.pdf Decreto n.º 18.190], de 28 de Março de 1930. ''Ministério do Comércio e Comunicações - Direcção Geral de Caminhos de Ferro - Divisão Central e de Estudos - Secção de Expediente'', Publicado no [http://dre.pt/pdfgratis/1930/04/08300.pdf Diário do Governo n.º 83, Série I, de 10 de Abril de 1930].</ref>; este caminho de ferro, proposto em 1928 pela [[Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses]], possibilitaria a ligação directa entre o [[Algarve]] e a [[Linha do Norte]].<ref name=Gazeta1235>{{citar jornal | paginas=281-284 |titulo=Efemérides|data=1 de Junho de 1939|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro| volume=51 |numero=1235|url= http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1939/N1235/N1235_master/GazetaCFN1235.pdf|acessodata=4 de Março de 2014}}</ref>
 
===Expansão da estação===
Em finais de 1926, a comissão administrativa da [[Câmara Municipal (Portugal)|Câmara Municipal]] de Alcácer do Sal pediu ao Conselho de Administração dos Caminhos de Ferro do Estado para que esta lhe entregasse a estrada de acesso à estação.<ref>{{Citar periódico| paginas=335|titulo=Linhas Portuguesas|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|volume=39|numero=934|data=16 de Novembro de 1926|url= http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1926/N934/N934_master/GazetaCFN934.pdf|acessadoem=16 de Julho de 2010}}</ref>
 
Em 1933, a Comissão Administrativa do Fundo Especial de Caminhos de Ferro aprovou obras para o abastecimento de água<ref>{{Citar periódico|paginas=602|titulo=Direcção Geral de Caminhos de Ferro|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|volume=46|numero=1102|data=16 de Novembro de 1933|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1933/N1102/N1102_master/GazetaCFN1102.pdf|acessadoem=16 de Julho de 2010}}</ref> e a instalação de uma báscula de 40 toneladas nesta estação.<ref>{{Citar periódico|paginas=29| titulo= Direcção Geral de Caminhos de Ferro|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|volume=47|numero=1105|data=1 de Janeiro de 1934|url= http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1934/N1105/N1105_master/GazetaCFN1105.pdf|acessadoem=16 de Julho de 2010}}</ref> Em finais de 1937, o [[Ministério das Obras Públicas e Comunicações]] expropriou uma parte dos terrenos desta estação, para ser utilizada pela Federação Nacional dos Produtores de Trigo.<ref>{{Citar periódico|titulo=Parte Oficial|paginas=568|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|volume=49|numero=1199|data=1 de Dezembro de 1937|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1937/N1199/N1199_master/GazetaCFN1199.pdf|acessadoem=1 de Setembro de 2013}}</ref>
 
===Século XXI===
[[File:Estação de Alcácer do Sal, 2011.11.06 (6333567818).jpg|thumb|left||Vista geral da estação, em 2011.]]
====Abertura da Variante de Alcácer====
Em 19 de Dezembro de 2012, foi inaugurada a Variante de Alcácer<ref name=Publico2010/>, um desvio no traçado da Linha do Sul que melhorou as ligações ferroviárias ao [[Porto de Sines]] e permitiu um aumento da velocidade dos comboios<ref>{{citar web|url= http://expresso.sapo.pt/nova-ponte-ferroviaria-no-sado-aproxima-sines-e-madrid=f604285|autor=PALMA - FERREIRA, J. F.|título= Nova ponte ferroviária no Sado aproxima Sines e Madrid|acessodata=10 de Fvereiro de 2015|data=17 de Setembro de 2010|publicado=Expresso}}</ref>; este troço já tinha sido aberto provisoriamente em 28 de Outubro<ref name=Expresso2010/>, devido a um descarrilamento que provocou a interrupção do tráfego em Alcácer do Sal.<ref name=Publico2010>{{citar web|url= http://www.publico.pt/economia/jornal/comboio-vazio-para-inauguracao-de-variante-ferroviaria-20876837|autor=CIPRIANO, Carlos|título=Comboio vazio para inauguração de variante ferroviária|acessodata=10 de Fvereiro de 2015|data=21 de Dezembro de 2010|publicado=Público}}</ref> Os comboios de passageiros [[Comboio Regional|regionais]] e [[Intercidades (CP)|Intercidades]] iriam continuar a utilizar o antigo troço, de formar a servir as mesmas paragens, incluindo a estação de Alcácer do Sal.<ref name=Expresso2010>{{citar web|url=http://expresso.sapo.pt/alfa-pendular-mais-rapido-para-o-algarve=f615669|autor=LINO, Mário|título=Alfa Pendular mais rápido para o Algarve|acessodata=10 de Fvereiro de 2015|data=17 de Novembro de 2010|publicado=Expresso}}</ref>
 
====Suspensão dos serviços====
Em 1 de Dezembro de 2011, a operadora [[Comboios de Portugal]] suspendeu os comboios Regionais entre Setúbal e [[Estação de Tunes|Tunes]], e retirou as paragens dos Intercidades em Alcácer do Sal<ref name=Rostos2012/>, deixando assim a cidade de ser servida por comboios, forçando os habitantes a se deslocar a [[Estação de Grândola|Grândola]] ou a Setúbal para utilizar os serviços ferroviários.<ref name=Regiao2012/> Em Janeiro do ano seguinte, o [[Bloco de Esquerda (Portugal)|Bloco de Esquerda]] apresentou na [[Assembleia da República]] um projecto de resolução para que fossem repostos os serviços regionais e anuladas as alterações no trajecto dos comboios Intercidades.<ref name=Rostos2012>{{citar web|url=http://www.rostos.pt/inicio2.asp?cronica=24988|título=BE exige reposição das paragens do Intercidades em Setúbal e Alcácer do Sal|acessodata=10 de Fvereiro de 2015|data=5 de Janeiro de 2012|publicado=Rostos}}</ref> A Câmara Municipal de Alcácer do Sal também protestou contra esta decisão, tendo enviado um baixo-assinado ao governo em Março, exigindo o retorno dos comboios.<ref name=Regiao2012>{{citar web|url=http://www.regiao-sul.pt/noticia.php?refnoticia=125483| título=Serviço ferroviário de passageiros - Município de Alcácer do Sal entrega abaixo-assinado|acessodata=10 de Fvereiro de 2015|data=6 de Março de 2012|publicado=Diário Online}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.rostos.pt/inicio2.asp?cronica=145458&mostra=2| título=Município de Alcácer do Sal Resiste na luta pelo serviço ferroviário de passageiros|acessodata=10 de Fvereiro de 2015|data=9 de Abril de 2012|publicado=Rostos}}</ref> Nesta altura, a estação tinha sofrido recentemente obras de remodelação e modernização, num valor superior a 12 milhões de euros.<ref>{{citar web|url=http://www.rostos.pt/inicio2.asp?cronica=96455|título=Comboios intercidades em Setúbal e Alcácer do Sal: ação pública de protesto|acessodata=10 de Fvereiro de 2015|data=9 de Fevereiro de 2012|publicado=Rostos}}</ref>
 
==Ver também==
*[[História da Linha do Alentejo]]
 
{{Referências|Referências|col=2}}
 
== Bibliografia ==
*{{Citar livro|nome=Luís Filipe Rosa|sobrenome=SANTOS|título=Os Acessos a Faro e aos Concelhos Limítrofes na Segunda Metade do Séc. XIX|local=Faro|editora=Câmara Municipal de Faro|ano=1995|páginas=213}}
*{{Citar livro|nome=Joel|sobrenome=SERRÃO|título=Dicionário de História de Portugal|local=Porto|editora=Livraria Figueirinhas|ano=1985|páginas=520|volumes=9|volume=1}}
*{{Citar livro|nome=Manuel João da|sobrenome=SILVA|título=Toponímia das Ruas de Santiago do Cacém|subtítulo=Breve História|local=Santiago do Cacém|editora=Câmara Municipal|ano=1992|páginas=207|id=ISBN 972-95159-4-8}}
{{commonscat|Alcácer do Sal train station|a Estação de Alcácer do Sal}}
== Ligações externas ==