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''Nota: não confundir com [[receção]], que é onde se recebe as pessoas, à luz do novo acordo ortográfico (Portugal).''
== Em [[economia]], e mais precisamente em econometria, segundo Mario Henrique Simonsen a '''recessão''' é uma fase de contração no [[ciclo econômico]], isto é, de retração geral na [[atividade econômica]] por um certo período de tempo, com queda no nível da [[produção]] (medida pelo [[Produto Interno Bruto]]), aumento do [[desemprego]], queda na [[renda familiar]], redução da taxa de [[lucro]] e aumento do número de [[falência]]s e [[concordata]]s, aumento da [[capacidade ociosa]] e queda do nível de [[investimento]], caracterizada pela chamada "elasticidade preço - custo" (considerando ai o chamado custo - benefício, econômico - financeiro), o sendo época em que o único que se beneficia e o fabricante da moeda, que é o governo, uma vez que a moeda aumenta e o dinheiro diminui, demonstrado em cálculos econométricos por derivadas e integrais dos agregados econométricos, vide econometria<ref>
== De maneira um tanto simplista, costuma-se considerar que uma economia entra em recessão, "Matemática" ou "econômica - tecnicamente" ou "Econométrica", após dois trimestres consecutivos de queda no [[PIB]] - REAL, sem inflação, que costuma disfarçar e agravar esse fato, segundo Mario Henrique Simonsen. ==
== Tal ideário surgiu primeiramente a partir de um artigo de Julius Shiskin, publicado em [[1974]] pelo [[New York Times]].<ref>
==Tipos de recessão==
== Informalmente, os economistas se referem a diferentes tipos de recessão, segundo a forma assumidas pela curva de evolução do PIB em cada caso. Assim, a alternância de períodos de queda e de crescimento define recessões em forma de '''V, U, L''' ou '''W'''. ==
== A curva em '''V''' expressa uma curta e aguda contração, seguida de recuperação acelerada e sustentada, tal como a que ocorreu em [[1990]], a partir da Guerra do Golfo, com a resultante alta dos preços do [[petróleo]], aumento da [[inflação]], elevado desemprego, aumento do [[deficit público]] e lento crescimento do [[PIB]], pelo menos até [[1992]] ou [[1993]].<ref>
== A curva em forma de '''U''' (recessão prolongada) ocorreu em [[1973]] com a [[guerra do Yom Kipur]] e o [[primeiro choque do petróleo]], logo após a [[Revolução Iraniana]]. A recessão do Japão em 1993-1994 foi do tipo '''U''' e a de 1997-1999 foi do tipo '''L'''. Já os [[tigres asiáticos]] experimentaram recessões do tipo '''U''' entre 1997 e 1998, exceto a Tailândia, que se afundou em uma recessão tipo '''L'''.<ref>
== A recessão em forma de '''L''' ocorre quando a economia não volta a crescer por muitos anos (a chamada "década perdida"). Pode ser considerada como o tipo mais severo de recessão ou, mais apropriadamente, como depressão. ==
== Já a curva em '''W''' caracteriza a chamada recessão ''double-dip'', como a que ocorreu em 1980, durante o [[segundo choque do petróleo]], quando a economia entra em recessão, emerge por um curto período em que há algum crescimento, mas rapidamente volta a cair em recessão. ==
==Recessão e depressão==
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{{AP|Depressão (economia){{!}}Depressão}}
== Caracterizada por uma redução expressiva do nível de atividade econômica, a recessão é todavia considerada como uma fase normal dos [[ciclo econômico|ciclos econômicos]] próprios da [[capitalismo|economia capitalista]], sendo bem menos severa que a [[Depressão Económica|depressão]]. Uma queda acentuada do PIB (cerca de 10%), por um período relativamente longo (três ou quatro anos) já caracteriza uma depressão<ref name="Eslake">
== A [[crise econômica de 2008]] afetou particularmente os [[EUA]], o [[Japão]] e a [[Europa Ocidental]], que, desde então, entraram em um período recessivo. Tecnicamente, entretanto, ainda não se configura uma depressão econômica nesses países. ==
== Em [[Portugal]], no início de Janeiro de 2009, o jornalista Sérgio Aníbal comentava as perspectivas da economia do país: ==
''"Recessão forte e rápida ou depressão prolongada e dolorosa: na actual conjuntura económica as escolhas não são muitas para Portugal e para o resto do mundo ocidentalizado, e o melhor que se pode esperar é mesmo que, depois de um ano de 2009 negativo, com crescimento abaixo de zero e subida do desemprego, se possa iniciar logo a seguir uma recuperação. Neste momento, este cenário é mais um desejo do que uma previsão. Em ocasiões anteriores, como a da [[Grande Depressão]] dos anos 30, uma [[crise financeira]] de grandes proporções levou a uma década de estagnação económica. Os mais pessimistas, como o [[Nobel]] [[Paul Krugman]], dizem que o mais provável é que o mesmo aconteça agora. Os mais optimistas defendem que os governos e os bancos centrais já aprenderam com os erros do passado e estão a resolver a situação. Para uma economia pequena como Portugal, a dependência em relação ao exterior é quase total. Por isso, por muitos estímulos económicos que o Governo apresente, se Portugal conseguir travar a recessão a partir de 2009 será porque, no resto do Mundo, já se iniciou uma recuperação."'' <ref>Análise do jornalista Sérgio Aníbal, publicada no jornal "Público" em 3 de Janeiro de 2009.</ref>▼
▲== ''
Dois dias depois, numa entrevista dada à [[SIC]], o [[Primeiro-ministro de Portugal|Primeiro-Ministro]] [[José Sócrates]] admitiu que Portugal provavelmente entraria em recessão.
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