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''Nota: não confundir com [[receção]], que é onde se recebe as pessoas, à luz do novo acordo ortográfico (Portugal).''
 
== Em [[economia]], e mais precisamente em econometria, segundo Mario Henrique Simonsen a '''recessão''' é uma fase de contração no [[ciclo econômico]], isto é, de retração geral na [[atividade econômica]] por um certo período de tempo, com queda no nível da [[produção]] (medida pelo [[Produto Interno Bruto]]), aumento do [[desemprego]], queda na [[renda familiar]], redução da taxa de [[lucro]] e aumento do número de [[falência]]s e [[concordata]]s, aumento da [[capacidade ociosa]] e queda do nível de [[investimento]], caracterizada pela chamada "elasticidade preço - custo" (considerando ai o chamado custo - benefício, econômico - financeiro), o sendo época em que o único que se beneficia e o fabricante da moeda, que é o governo, uma vez que a moeda aumenta e o dinheiro diminui, demonstrado em cálculos econométricos por derivadas e integrais dos agregados econométricos, vide econometria<ref>[[Paulo Sandroni|SANDRONI, Paulo]] (org.) [http://www.scribd.com/doc/6965717/Paulo-Sandroni-NOVISSIMO-DICIONACIRIO-DE-ECONOMIA''Novíssimo Dicionário de Economia'']. São Paulo: Abril Cultural, 1985.]</ref><ref>[[Dicionário Houaiss]]</ref><ref>{{cite web |url= http://www.merriam-webster.com/dictionary/recession|title=Recession |accessdate=19 November 2008 |publisher= ''Merriam-Webster Online Dictionary''}}</ref><ref>{{cite encyclopedia |url= http://encarta.msn.com/encnet/features/dictionary/DictionaryResults.aspx?refid=1861699686|title= Recession definition|accessdate=19 November 2008 |work= Encarta World English Dictionary [North American Edition]|publisher= Microsoft Corporation|year= 2007}}</ref><ref>{{cite web |url=http://www.bloomberg.com/invest//glossary/bfglosr.htm |title= Financial Check Glossary|accessdate=19 November 2008 |publisher= Bloomberg.com|year= 2000}}</ref><ref>{{cite web |url= http://www.businessdictionary.com/definition/recession.html|title= Recession definition |publisher= BusinessDictionary.com|date= 2007–2008}}</ref> ==
 
== De maneira um tanto simplista, costuma-se considerar que uma economia entra em recessão, "Matemática" ou "econômica - tecnicamente" ou "Econométrica", após dois trimestres consecutivos de queda no [[PIB]] - REAL, sem inflação, que costuma disfarçar e agravar esse fato, segundo Mario Henrique Simonsen. ==
 
== Tal ideário surgiu primeiramente a partir de um artigo de Julius Shiskin, publicado em [[1974]] pelo [[New York Times]].<ref>Shiskin, Julius (1974-12-01), "The Changing Business Cycle", New York Times: 222</ref> Entretanto, a "regra prática" mostrou-se falha devido a chamada INFLAÇO EMBUTIDA em Gradualismo e Tratamento de Choque publicado no Brasil desde 1955 e que segundo Mario Henrique Simonsen, uma vez que no Brasil se estuda o fenômeno desde 1955, nos chamados Planos Governamentais de Desenvolvimento Econométricos, nos Planos de soerguimento do Japão e Alemanha por exemplo. Ja recessão de [[2001]] (estouro da [[bolha]] das [[empresas ponto com]] e o surpreendente colapso da chamada "nova economia" sem o estudo da inflação - embutida), quando desapareceram 2,7 milhões de empregos - mais do que em qualquer recessão pós-guerra.<ref>[http://money.cnn.com/2008/05/05/news/economy/recession/index.htm The risk of redefining recession], por Lakshman Achuthan e Anirvan Banerji, do ''Economic Cycle Research Institute''. [[CNN|CNNMoney.com]], 7 de maio de 2008.</ref> Da mesma forma, acredita-se que a recessão seja causada por uma queda generalizada nos gastos, e, assim, os governos costumam responder à recessão com políticas [[macroeconômica]]s expansionistas - expansão da oferta de [[política monetária|meios de pagamento]] e do [[política fiscal|gasto público]]; redução de [[tributos]] - o que, entretanto, pode resultar em nova crise, a exemplo do que ocorreu após o colapso das ''pontocom'', quando uma grande expansão do crédito inflou uma outra bolha, a das [[hipoteca]]s, dando lugar à [[crise do subprime]],<ref>[http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u498118.shtml Recessão atinge economias europeias e recuperação só deve chegar no fim do ano]. [[Folha de São Paulo]], 3 de fevereiro de 2009.</ref> enquanto que a expansão do gasto público engendrou, algum tempo depois, a crise da [[dívida soberana]] na [[zona euro]], que geralmente se configuram erros sem a chamada de "Correção Monetária", usada em Planos de Desenvolvimento do Japão e Alemanha. ==
 
==Tipos de recessão==
 
== Informalmente, os economistas se referem a diferentes tipos de recessão, segundo a forma assumidas pela curva de evolução do PIB em cada caso. Assim, a alternância de períodos de queda e de crescimento define recessões em forma de '''V, U, L''' ou '''W'''. ==
 
== A curva em '''V''' expressa uma curta e aguda contração, seguida de recuperação acelerada e sustentada, tal como a que ocorreu em [[1990]], a partir da Guerra do Golfo, com a resultante alta dos preços do [[petróleo]], aumento da [[inflação]], elevado desemprego, aumento do [[deficit público]] e lento crescimento do [[PIB]], pelo menos até [[1992]] ou [[1993]].<ref>[http://news.bbc.co.uk/onthisday/hi/dates/stories/april/26/newsid_2503000/2503271.stm 1993: Recession over - it's official]. BBC - On this day.</ref> ==
 
== A curva em forma de '''U''' (recessão prolongada) ocorreu em [[1973]] com a [[guerra do Yom Kipur]] e o [[primeiro choque do petróleo]], logo após a [[Revolução Iraniana]]. A recessão do Japão em 1993-1994 foi do tipo '''U''' e a de 1997-1999 foi do tipo '''L'''. Já os [[tigres asiáticos]] experimentaram recessões do tipo '''U''' entre 1997 e 1998, exceto a Tailândia, que se afundou em uma recessão tipo '''L'''.<ref>{{cite web|url=http:<//www.adb.org/Documents/Books/Key_Indicators/2001/default.aspref> |title=Key Indicators 2001: Growth and Change in Asia and the Pacific |publisher=ADB.org |date= |accessdate=2010-07-31}}</ref>
 
== A recessão em forma de '''L''' ocorre quando a economia não volta a crescer por muitos anos (a chamada "década perdida"). Pode ser considerada como o tipo mais severo de recessão ou, mais apropriadamente, como depressão. ==
 
== Já a curva em '''W''' caracteriza a chamada recessão ''double-dip'', como a que ocorreu em 1980, durante o [[segundo choque do petróleo]], quando a economia entra em recessão, emerge por um curto período em que há algum crescimento, mas rapidamente volta a cair em recessão. ==
 
==Recessão e depressão==
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{{AP|Depressão (economia){{!}}Depressão}}
 
== Caracterizada por uma redução expressiva do nível de atividade econômica, a recessão é todavia considerada como uma fase normal dos [[ciclo econômico|ciclos econômicos]] próprios da [[capitalismo|economia capitalista]], sendo bem menos severa que a [[Depressão Económica|depressão]]. Uma queda acentuada do PIB (cerca de 10%), por um período relativamente longo (três ou quatro anos) já caracteriza uma depressão<ref name="Eslake">[http://clubtroppo.com.au/2008/11/23/what-is-the-difference-between-a-recession-and-a-depression/ "What is the difference between a recession and a depression?"], por Saul Eslake. Nov. 2008</ref> ==
 
== A [[crise econômica de 2008]] afetou particularmente os [[EUA]], o [[Japão]] e a [[Europa Ocidental]], que, desde então, entraram em um período recessivo. Tecnicamente, entretanto, ainda não se configura uma depressão econômica nesses países. ==
 
== Em [[Portugal]], no início de Janeiro de 2009, o jornalista Sérgio Aníbal comentava as perspectivas da economia do país: ==
 
''"Recessão forte e rápida ou depressão prolongada e dolorosa: na actual conjuntura económica as escolhas não são muitas para Portugal e para o resto do mundo ocidentalizado, e o melhor que se pode esperar é mesmo que, depois de um ano de 2009 negativo, com crescimento abaixo de zero e subida do desemprego, se possa iniciar logo a seguir uma recuperação. Neste momento, este cenário é mais um desejo do que uma previsão. Em ocasiões anteriores, como a da [[Grande Depressão]] dos anos 30, uma [[crise financeira]] de grandes proporções levou a uma década de estagnação económica. Os mais pessimistas, como o [[Nobel]] [[Paul Krugman]], dizem que o mais provável é que o mesmo aconteça agora. Os mais optimistas defendem que os governos e os bancos centrais já aprenderam com os erros do passado e estão a resolver a situação. Para uma economia pequena como Portugal, a dependência em relação ao exterior é quase total. Por isso, por muitos estímulos económicos que o Governo apresente, se Portugal conseguir travar a recessão a partir de 2009 será porque, no resto do Mundo, já se iniciou uma recuperação."'' <ref>Análise do jornalista Sérgio Aníbal, publicada no jornal "Público" em 3 de Janeiro de 2009.</ref>
 
== ''"Recessão forte e rápida ou depressão prolongada e dolorosa: na actual conjuntura económica as escolhas não são muitas para Portugal e para o resto do mundo ocidentalizado, e o melhor que se pode esperar é mesmo que, depois de um ano de 2009 negativo, com crescimento abaixo de zero e subida do desemprego, se possa iniciar logo a seguir uma recuperação. Neste momento, este cenário é mais um desejo do que uma previsão. Em ocasiões anteriores, como a da [[Grande Depressão]] dos anos 30, uma [[crise financeira]] de grandes proporções levou a uma década de estagnação económica. Os mais pessimistas, como o [[Nobel]] [[Paul Krugman]], dizem que o mais provável é que o mesmo aconteça agora. Os mais optimistas defendem que os governos e os bancos centrais já aprenderam com os erros do passado e estão a resolver a situação. Para uma economia pequena como Portugal, a dependência em relação ao exterior é quase total. Por isso, por muitos estímulos económicoseconomicos que o Governo apresente, se Portugal conseguir travar a recessão a partir de 2009 será porque, no resto do Mundo, já se iniciou uma recuperação."'' <ref>Análise do jornalista Sérgio Aníbal, publicada no jornal "Público" em 3 de Janeiro de 2009.</ref> ==
Dois dias depois, numa entrevista dada à [[SIC]], o [[Primeiro-ministro de Portugal|Primeiro-Ministro]] [[José Sócrates]] admitiu que Portugal provavelmente entraria em recessão.